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Subject: Os bruxos estão bem e recomendam-se


Author:
António Vilarigues (Público, 31.10.2008)
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Date Posted: 1/11/08 17:10:24



1. No artigo de 3 de Outubro «A teoria de Pavlov aplicada à política» recordei a Resolução Política aprovada, em Novembro de 2004, no XVII Congresso do PCP: «No mercado imobiliário, cujos preços têm vindo a subir a níveis demasiado elevados, subsistem riscos de um ajustamento abrupto com consequências de expressão mundial.» E acrescentei que como se costuma dizer «O PCP previu e preveniu» …

A propósito desta citação um leitor escreveu-me insinuando que a mesma era falsa. E, ironizando, questionava se os comunistas eram bruxos. Continuando no mesmo tom diria que não sei se os comunistas são bruxos ou não, mas lá que parece, parece.

Que dizer desta referência na Resolução Política do XV Congresso, em Dezembro de 1996: «Pelo seu volume desmedido, pela tendência a empolar-se cada vez mais, pelo risco aleatório do seu movimento, esse capital fictício financeiro-especulativo faz pairar sobre a economia dos países e do mundo a instabilidade monetária e o perigo de colapsos bolsistas devastadores.» E assistimos à crise «asiática» de 1997/98.

De novo em Dezembro de 2000, no XVI Congresso, o PCP afirmava: «Os constantes fluxos de capital-dinheiro, especialmente de curto prazo e de alto risco, provocam uma acrescida instabilidade no funcionamento do sistema financeiro e monetário internacional (…). Mercados bolsistas e imobiliários irracionalmente inflacionados são alimentados por uma insustentável expansão do crédito que potencia o perigo e a dimensão de desastres. (…)». E veio a crise económica de 2001/03.

Mas a «bruxaria» já vem de há 160 anos, quando dois «feiticeiros» alemães, de seu nome Karl Marx e Friedrich Engels, escreveram um livrinho intitulado «O Manifesto do Partido Comunista». Aí se fala de mercado mundial, desenvolvimento da burguesia, multiplicação dos seus capitais, necessidade da destruição de forças produtivas excedentárias como condição de sobrevivência do sistema, crise económica como realidade inerente ao capitalismo, o socialismo como sociedade alternativa, etc., etc., etc. É esta validade das análises e das propostas propiciadas pelo marxismo-leninismo que dói aos «críticos».
2. Confesso, caros leitores, que por estes dias ando com o ego em alta. Há pouco mais de um ano referi nesta coluna que não tinha aderido à «revolução» semântica dos conservadores e neo-conservadores. Nos anos oitenta do século XX eles «revolucionaram», com sucesso, a terminologia política e económica. O capitalismo passou a ser designado como «economia de mercado». Mais recentemente trocaram o imperialismo por «globalização». É sempre gratificante verificar como os conceitos por nós identificados e apreendidos voltam a ganhar significado. E como por estes dias todos escrevem e falam sobre a palavra pretensamente deitada para o caixote do lixo da história: «capitalismo».

Capitalismo esse responsável, só nas últimas semanas, pela supressão de mais de 200 mil postos de trabalho em Wall Street e outros centros financeiros. São sempre os mesmos a pagar a factura…

3. Em 21 Junho de 2005 escrevi neste espaço (mais um exercício de «memórias» …) que: «O Vasco Valente Correia Guedes, depois do seu artigo “Crescer com o Álvaro” [14 de Junho], (que me recuso a comentar por o considerar inqualificável do ponto de vista ético e moral) deveria, em coerência, deixar de assinar Vasco Pulido Valente. A memória de resistente antifascista e intelectual de vulto do seu avô assim o exige.».

Mais de três anos passados não alteraram a minha opinião. O artigo de 19 de Outubro sobre José Saramago é mais uma confirmação. Aí se repetem quase ipsis verbis os chavões e as falsidades de 2005. Já agora: no ano de 1940 não se publicou nenhum número do jornal «Avante!» como se pode confirmar no sítio do PCP na Internet…

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