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Subject: Assim dizem de nós


Author:
Gamado no Blog o Anónimo sec xxi
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Date Posted: 20/08/08 15:47:57

Quarta-feira, Agosto 20, 2008
Estamos sempre contra tudo e contra todos?
Assim dizem de nós.
Porque estivemos contra Soares, e contra Cavaco (e uns que houve pelo meio), e contra Guterres, e contra Durão, e contra Santana, e contra Sócrates.
E assim, agora, pensam calar o que justifica que estejamos contra Sócrates. Estaríamos contra Sócrates como teríamos estado contra Santana, e contra Durão, e contra Guterres, e contra Cavaco, e contra Soares (e uns que houve pelo meio). Contra tudo e contra todos. Sempre.
Pois bem, não estamos contra tudo e contra todos. Estamos contra o que sempre estivemos: estamos contra a política que, desde 1976, estes sucessivos governos têm prosseguido, com estes nomes como protagonistas.
Em 1976, no 1º governo constitucional, entre um caminho (difícil?, sim!, decerto) de independência e de soberania nacionais, de uma economia aproveitando recursos nossos numa estratégia de “emprego e necessidades essenciais”, no quadro de uma democracia avançada porque participada
e um caminho de sujeição aos ajustamentos estruturais, de cartas ao FMI, de “Europa connosco”, de recuperação da prevalência e domínio do económico-financeiros sobre o político-social,
foi este o que se escolheu.
Depois, sendo este o caminho, entre uma negociação com a CEE em que se defendessem os nossos interesses e especificidades, com os recursos marinhos e as potencialidades naturais a serem nossa “arma” e nossa “trincheira”,
e uma subserviência aos ditames da subordinação da sociedade e da economia portuguesas a um europeísmo e a um iberismo de cópia e imitação, com um papel subalterno e crescentemente dependente na divisão europeia e global capitalista do trabalho,
foi esta via que se prosseguiu. Antes e depois da adesão, de Maastrich, da UEM e moeda única, da estratégia de Lisboa, da Jugoslávia, do Afeganistão, do Iraque, da “Constituição Europeia” (e seu tratado reformado). Sempre, sempre ao lado das posições politicamente mais recuadas, socialmente mais perniciosas. E, internamente, com a economia cada vez mais dependente, com os recursos nossos desaproveitados, quase sempre em desconvergência, com uma situação social dos trabalhadores e do povo sistematicamente na cauda e a ser ultrapassada por outros povos.

Por isso, não estamos sempre contra tudo e contra todos, estamos contra o que sempre estivemos. Porque as opções políticas serviram o contrário do que defendemos, e têm sido continuamente agravadas, numa euforia de optimismos balofos, numa sucessão de esperanças frustradas, num demissionismo inaceitável em termos pátrios.

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