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Subject: Não basta, mas ajuda....


Author:
Guilherme Fonseca Statter
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Date Posted: 26/11/07 15:31:31
In reply to: Fernando Penim Redondo 's message, "Não basta alguém opor-se aos maus para ter razão." on 26/11/07 11:39:38

Vamos por partes...

Basta ver uma conferência de imprensa de Chavez, em que só falta dar biberon ao neto,
Assinalo o teu impressionismo analítico (tens todo o direito) mas parece-me que não será muito eficaz para a compreensão das causas e dos efeitos da actuação de uma qualquer entidade, designadamente um líder político.

Faz esmola ao povo com as riquezas naturais do país como se se tratasse de uma magnanimidade pessoal que lhe desse o direito a presidir para sempre.
Bom.. aqui haverá que contrastar com a atitude ou comportamento de outros "senhores do petróleo".
Uns - como dizes do Chavez - fazem esmola ao povo. Outros preferem ir enchendo os cofres de alguns bancos na Suiça ou em outros paraísos fiscais.
Tal como em relação ao ponto anterior será mais eficaz observar as medidas objectivas da tal "esmola", em termos de coisas tão comezinhas como a saúde pública e a literacia.

Não basta alguém opor-se aos maus para ter razão
Pois... Mais uma vez estás no teu direito. Mas (isto há sempre um mas...) nestas coisas há aquela expressão da sabedoria popular portuguesa "dizes-me com quem andas..."
Por outro lado, o insuspeito Winston Churchill lá sabia por que terá afirmado que "para combater o Hitler, se fosse o preciso até se aliava ao Diabo (para os Conservadores britânicos, era o Estaline...)
Por outra palavras, não é certamente pelo "estilo pimba" da actuação do Chavez que a "nossa" (salvo seja...) "Esquerda" europeia não verá nele um bom "compagnon de route".
É preciso esgravatar mais fundo para perceber essas razões.

A tolerância perante Chavez é a demonstração mais cruel do desnorte em que a esquerda se encontra.
Aqui é que estamos mesmo em radical (ir às raízes...) desacordo.
Por mim acho que é preciso ver estas coisas à distância de séculos e como se fôssemos "antropólogos que viessem de outro planeta estudar a Humanidade".
É que não se trata de "desnorte da esquerda" (europeia...) por uma questão de "tolerância".
(tolerância?!... O que a Esquerda tem mesmo que fazer é apoiar).
Desnorte?!... Trata-se sobretudo é de falta de coragem para assumir o combate e apoiar, já não digo com "entusiasmo", mas com firmeza, as propostas concretas e objectivas anti-globalização neoliberal, do Chavez (e de outros... que serão menos "pimba" mas são igualmente "vocais").
Não é entrar numa de lições de boas maneiras.
É, por exemplo, apoiar o reforço do Mercosul e as medidas pró-comércio "equitável" (anti-OMC neoliberal).

Invocar a memória do Vasco Gonçalves não me parece que ajude muito...
A "invocação" do Vasco Gonçalves é feita no estrito contexto de uma comparação de "estilos".
Por um lado, Portugal não tinha - não tem - o maná do petróleo. Assim sendo, não "havia dinheiro a rodos" para "fazer esmolas aos pobres".
Por outro lado, espero que não estejas a sugerir que foi por causa do estilo do Vasco Gonçalves que o país português aderiu a CEE e que o Durão Barroso teve o percurso que teve.
Finalmente convém ter presente que algumas das medidas tomadas pelo Vasco Gonçalves foram historicamente exemplares, mesmo que as circunstâncias da globalização tenham vindo depois a ter o efeito que tiveram.
A dialéctica também é isso. Compreender que tudo muda...
Ou, como dizia o Poeta:

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

E que se o Allende foi à vida em "três tempos", hoje parece mais problemático ao Bush e ao Aznar arranjarem um Pinochet qualquer para "limpar o sebo" ao Chavez.
Não é que não tentem, claro.

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A revolução em númerosCampos26/11/07 16:32:36
    Reforma venezuelana em cursoCampos26/11/07 16:42:27
    Re: A revolução em númerosPois, pois26/11/07 19:10:25


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