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Subject: "Não posso assumir-me como comunista porque fui expulsa"


Author:
São José Almeida
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Date Posted: 29/11/07 11:24:53

Luísa Mesquita não quer ser confundida com a direcção do PCP, que acusa de prepotência. E assume que estava consciente e disposta a desrespeitar os estatutos



A Expulsa do PCP na terça-feira, Luísa Mesquita explica ao PÚBLICO que as suas divergências com a direcção do PCP são por causa dos métodos usados em relação a si e não por causa da ideologia ou da orientação política.

Quando aceitou ser candidata, não conhecia as regras do PCP?
Exactamente porque conhecia as regras e conheço os estatutos, estava disponível para não os cumprir. Deixei claro, sempre que fui convidada desde 1983 até ao ano de 2005, que nunca estava disponível para bocados de mandatos, nunca estive disponível para outra coisa que não fosse cumprir os anos que a AR funcionasse.
Mas assinou a declaração apresentada por Jerónimo?
Este documento é assinado por todos os candidatos. É um compromisso que se assume em concordância com os estatutos. A questão que se levanta é a do convite. Eu fui convidada pela comissão política e acordei as condições da minha candidatura.
Avisou que não cumpriria os estatutos?
Sim, sim, exactamente. Por conhecer os estatutos, em 2005 deixei isso claro. E o PCP sempre me respondeu. Recordo que, em 1999, a resposta foi: "Então por que carga de água não havias de ficar os quatro anos?" Mas, em 2005, levaram semanas a responder-me. E deixei claro que, enquanto não me respondessem, não estaria disponível para ser cabeça de lista e que poderiam encontrar quem quisessem. Se alguém rasgou o compromisso, foi a direcção do PCP, que me convenceu de que aceitava o meu compromisso dos quatro anos..
Sempre foi uma deputada técnica e não é conhecida da sua parte nenhuma discordância de orientação política ou ideológica. O seu problema com o PCP é apenas de cumprimento de mandato ou há alguma questão política ou ideológica por detrás desta ruptura?
Se há, será da parte da direcção política do PCP, e eu desconheço. Sempre disse, no seio do PCP, aquilo que pensava relativamente a todas as questões. E quero-lhe dizer que a minha opinião nem sempre foi convergente nos milhares de reuniões em que participei. Mas sempre opinei sobre todas as matérias que achei que deveria dar. Daí que também nunca tomei, nem na Assembleia da República, nem na câmara municipal, nem na Assembleia Municipal de Santarém, nenhuma decisão contra aquilo que eu pensava ser a posição correcta. Há uma atitude que nunca tomei, que é a de votar mesmo sabendo e tendo a certeza de que aquela não é a decisão correcta. Não. Sempre discuti as questões nos termos e nos moldes em que achava que deviam ser discutidas e sempre tentei argumentar e explicar as minhas posições, com os argumentos que eu própria tinha em questões mais específicas como a ciência, a educação, a cultura, os negócios estrangeiros, as comunidades portuguesas.
Mas na ideologia, no modelo de sociedade, no projecto político, nada a divide em relação à direcção e ao programa do PCP?
Em relação a esta direcção, tudo me divide. Porque é uma direcção que tem tido comportamentos que não considero democráticos, complexos de arrogância e de prepotência, portanto, tudo me afasta desta direcção. Já quanto ao que eu penso hoje, depois da minha expulsão, no que refere a princípios e causas, a leituras do mundo e da sociedade, são exactamente os mesmas que eu tinha ontem e anteontem e no mês passado, antes da minha expulsão.
Portanto, continua a assumir-se como comunista?
Não posso assumir-me como comunista, porque fui expulsa do PCP. Posso assumir-me como uma cidadã independente, que naturalmente é capaz de continuar a ter muitas convergências com aquilo que é a posição, ou os valores, ou as causas daqueles que militam no PCP. Mas não quero nenhuma confusão entre mim e a actual direcção do partido.

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