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Subject: Comunicado


Author:
Partido Comunista da Bolívia
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Date Posted: 29/11/07 11:25:11

Comunicado do Partido Comunista da Bolívia

Neste comunicado de dia 26 de Novembro, o Partido Comunista da Bolívia analisa a presente escalada fascista apoiado pelo imperialismo e propõe a procura urgente dos «caminhos da pacificação, apesar do barulho da direita procurar urgentemente os caminhos da pacificação, apesar do barulho da direita».

Partido Comunista da Bolívia - 29.11.07

O processo político boliviano está a atravessar um dos seus momentos mais difíceis. É necessário analisar serena e objectivamente as suas causas:

Desde a posse do governo presidido por Evo Morales, que o PCB preveniu que a direita, humilhantemente derrotada em Outubro de 2003 e nas urnas em 2005 ia reagrupar-se e empreender tenaz resistência ao processo de mudanças que se anunciava.

Esta resistência – que se converteu numa escalada mais ou menos aberta e brutal – utilizou todos os métodos ao seu alcance. O que é já uma franca conspiração conta com o apoio do imperialismo e das classes possidentes, dos ricos do país. Os seus foram desde as armadilhas «legais» até à preparação de grupos de esquadrões para o exercício de violência armada.

Os acontecimentos de Sucre mostraram o verdadeiro rosto regressivo e fascista desta escalada. Naturalmente, seu objectivo final é o derrube do governo popular para instalarem uma ditadura que não apenas desvie mas anule as medidas progressistas tomadas e restaure o modelo neoliberal. Na realidade, trata-se de uma contra-revolução preventiva destinada a preservar a presença das transnacionais, do grande latifúndio e dos privilégios das classes exploradoras. Trata-se também de excluir a Bolívia da cadeia de países latino-americanos que participaram da guinada à esquerda que aconteceu na região. Esta guinada, sobretudo, é a preocupação máxima do imperialismo estadunidense que vê gravemente ameaçados o seu domínio e interesses espúrios.

Apesar da prevenida opinião pública estar atenta aos acontecimentos de Sucre, face à esmagadora desinformação dos meios de comunicação é necessário recordar o vandalismo dos esquadrões fascizantes de Sucre. Começaram por impedir a reunião da Constituinte. Perante chegada de camponeses pacíficos reagiram mostrando as piores facetas do seu racismo e intolerância, e recorreram à pressão física que obrigou à transferência da Constituinte para instalações mais seguras. Estas estão na região de Sucre e trata-se de um liceu e não de infra-estruturas militares como a direita mentirosa. Nem aqui nem sob a protecção da polícia, militares e camponeses a Assembleia pôde funcionar regularmente. A pressão de esquadrões violentos e cidadãos ofuscados pela agitação reaccionária tornou-se mais agressiva e chegou ao uso de armas de fogo. Os confrontos provocaram numerosos feridos e por fim a morte de 3 cidadãos. No entanto ainda não há uma investigação balística séria que determine a origem dos projécteis. Os militares não dispararam e a polícia afirma só ter utilizado balas de borracha e agentes químicos não letais.

É preciso lembrar que de forma quase pública chegaram a Santa Cruz tanto gente contratada como armas que se somaram às que foram subtraídas das instalações policiais. Dia 24 foram atacados, saqueados e depois incendiados instalações policiais e propriedades privadas. Sucre converteu-se numa cidade sem lei nem ordem, presa do furor fascista. Paradoxalmente, a teve de retirar de Potosi e os constituintes de abandonar a cidade ou refugiar-se para evitar o ataque e preservar a sua integridade física. A pior ideia destes acontecimentos estriba-se no facto de junto da opinião pública nacional e internacional se ter propalado uma informação totalmente distorcida, falsa, ao pior estilo nazi. Os agressores querem apresentar-se como defensores da democracia e da liberdade, como se a opinião pública fosse incapaz de distinguir a mentira deliberada da verdade.

Também houve idiotices indigenistas como em Achacachi.

O resultado da Assembleia Constituinte e a sua marcha, adicionados ao bloqueio, à perturbação e o fracasso final foram as componentes propícias à criação das condições que tornaram possível o rebentar da contra-revolução. A reacção converteu o tema da localização capital num cavalo de batalha da reacção. A agitação de paixões reivindicativas do povo provocaram a assunção por este assumisse o tema da capital como um assunto de vida ou de morte. Essa foi a habilidade da propaganda dos Maios de comunicação, esmagadoramente dominados pela direita, e que conta com o apoio hipócrita e manipulador da oligarquia de Santa Cruz. É evidente que o tema da capital não constitui, por múltiplas razões, um imperativo nacional, sem falar, nas actuais condições, das dificuldades da sua aplicação prática. Isto não significa que os responsáveis oficiais tivessem actuado devidamente perante um assunto que se tornou de extrema sensibilidade e explosivo. Depois das concessões inauditas a uma direita manhosa, cometeu-se o erro de tratar re rectificar compulsivamente os defeitos de funcionamento da Assembleia Constituinte. O erro foi ter aceite uma ordem do dia e a agenda para a reabertura das sessões e depois tê-lo descartado. Os responsáveis estavam a par dos planos da direita que se desenrolaram nos sangrentos acontecimentos do passado fim-de-semana.

Face à grave situação, primeiro é preciso procurar urgentemente os caminhos da pacificação, apesar do barulho da direita. Abrir espaços de diálogo para tornar claro o que procura em benefício do povo e da Pátria.

Reabrir a Assembleia Constituinte depois de criar as condições necessárias que tornem possível a aprovação do novo projecto de Magna Carta, de acordo com os comportamentos universalmente estabelecidos e sair da armadilha que significam as maiorias numéricas como os 2/3.

A conduta popular em defesa do processo, simultaneamente com a firmeza e decisão tem de demonstrar uma elevada disciplina e consciência. Deve evitar cair-se nas provocações, exercer uma grande vigilância revolucionária que evite a infiltração de elementos desagregadores e divisionistas que procuram desprestigiar o processo e a acção de massas. Tudo deve estar dirigido à preservação da unidade nacional, do processo democrático e da aplicação das medidas que signifiquem o aprofundar do processo de mudanças.

Há que ter muito claro que o objectivo principal é, antes de mais, a aplicação do processo de mudança. Um processo de mudança – por maioria de razão um mudança revolucionária – exige disposições baseadas na legitimidade do que o povo adoptou como programa mínimo. Se se pode fazê-lo com uma nova Magna Carta, tanto melhor, mas nas condições actuais isso não é o imprescindível. A Constituição Política vigente tem uma enorme margem para levar por diante essas medidas.

Finalmente, chegou a hora inadiável compactação de forças populares e de esquerda, a hora da organização e planificação das acções e movimentos populares. Deve superar-se o sectarismo, os sentimentos hegemónicos e as posições exclusivistas, que tão mal fizeram ao processo de mudanças no país.

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Subject Author Date
Deve superar-se o sectarismo, os sentimentos hegemónicosAnónimo30/11/07 18:54:18


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