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Guilherme Statter
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Date Posted: 12:36:44 08/13/03 Wed
In reply to:
Fernando Redondo
's message, "A TENDÊNCIA DECRESCENTE DA TAXA DE LUCRO" on 17:48:07 08/11/03 Mon
Caríssimos,
Gostaria de alertar para "meia-duzia" de factos incontornáveis (sem entrar aqui na sua demonstração...)
1. Se na lógica do funcionamento do capitalismo não houver de facto uma tendencia inerente para a queda da taxa de lucro, pode assumir-se a perenidade do sistema capitalista.
2. São muitos os economistas "marxistas" (ou "marxianos")que "reconhecem" que afinal não existe essa tal "tendencia decrescente da taxa de lucro". Dizem eles que a função matemática expressa pelas fórmulas aqui apresentadas, resulta numa "indeterminação".
3. Ou seja, são muitos os economistas "marxianos" que assumem como "natural" (está na natureza das coisas...)aquela perenidade do sistema capitalista.
4. Cada vez mais a crítica "radical" do sistema capitalista é feita abordando questões "periféricas" como o "economicismo" da abordagem neo-clássica ou liberal, assim como o seu caracter ahistórico, dizendo que esta abordagem ignora os factos da histórica. A Teoria do Caos ou da Complexidade, por exemplo, fala da "dependência em relação às condições de partida".
5. Quando se procura fazer a demonstração da tendencia decrescente da taxa de lucro tem que se ter presente que UMA TAL DEMONSTRAÇÃO SÓ TEM SENTIDO SE CONSIDERARMOS O MAIS ELEVADO NÍVEL DE AGREGAÇÃO POSSÍVEL. Ou seja, a sociedade humana como um todo. Os 6 ou 7 biliões...
É por isso é que simpático (mas estúpido) atacar a "globalização".
Ou seja, tal como os físicos para determinar ps pêsos atómicos dos elementos levam em linha de conta os "quatriliões" de átomos a que têem acesso (para os pesar...), assim como as perturbações quânticas todas que possam imaginar, também os sociologos e economistas que queiram discutir a "tendencia decrescente da texa de lucro" têem que fazer abstracção de todas as MNC's e PME's de todos os países do mundo e incluir também nos seus raciocínios os milhões de indivíduos que participam em toda a economia dita informal, paralela, escondida e mesmo a criminosa...
6. Em relação aos problemas já levantados pelo Fernando Redondo das "quantidades" e da "realização" (a venda ou não venda do que se produz...), terá sempre que se raciocinar em termos do resultado líquido final, quer para cada empresário ou empresa em articular, quer para a Sociedade como um todo.
Cordiais saudações.
Guilherme Statter
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