Subject: 8=)? |
Author:
Tolentino
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Date Posted: 13:47:41 07/08/03 Tue
In reply to:
Guilherme Statter
's message, "Ainda o Centralismo Democrático" on 19:53:35 07/07/03 Mon
Percebi tudo menos 8=).
>Com tantas personagens virtuais começo a ficar com a
>sensação que o melhor é ir escrevinhando como se
>"isto" fosse o meu pessoalíssimo diário de reflexões.
>Pode ser que um arqueólogo ainda venha a descobrir
>esta trakha e se pergunte quem é quem. E o que é que
>cada um pensa ou pensava... 8=)
>Sobre o Centralismo Democrático, há muito, mas mesmo
>muito, a discutir. O problema é "com quem" e "para
>quê".
>Uma coisa é certa, tal como muitas outras expressões,
>também esta serve para encobrir e justificar coisas
>que nem são "centrais" nem são "democráticas".
>Mesmo assim, sendo o Centralismo Democrático o nó
>górdio da organização do PCP, parece-me que é
>indispensável discutir e clarificar aquilo que uns e
>outros entendem por “Centralismo Democrático”. Desde
>logo há aqueles para quem a própria expressão é um
>contrasenso. Ou seja, para esses senhores, se é
>“centralista” não é “democrático”. Se é "democrático"
>não é "centralista". Por mim não faço perder tempo a
>ninguém a dissecar e rebater a patetice de tal
>argumentação.
>Por outro lado, o Centralismo Democrático, quer na sua
>aplicação por Lenine antes da resolução de 1921
>((interdição TEMPORÁRIA (!!!) de facções organizadas
>dentro do Partido)), quer na sua aplicação (por
>exemplo) em Portugal durante a ditadura, implica
>basicamente “discussão alargada a todos, livre e
>exaustiva e UNIDADE na acção”.
>Ou seja, dirigentes de um partido comunista (qualquer
>um) que neguem a possibilidade de facções (mesmo que
>temporárias e conjunturais) dentro desse partido, só
>porque isso seria “contrário ao Centralismo
>Democrático”, das duas uma: ou não conhecem a
>História, ou falseiam o pensamento de Lenine (apesar
>de se reclamarem do “leninismo”).
>Claro que a organização de um partido (como aliás de
>qualquer grupo que se queira funcional, interveniente,
>eficaz e eficiente) deve estar de acordo com as
>circunstâncias do meio social em que se movimenta. Uma
>coisa é ter que estar e lutar na clandestinidade, em
>que a possibilidade de prisão de um membro e da sua
>eventual fraqueza física e psíquica pode pôr em risco
>toda uma estrutura do partido, outra coisa é lutar
>para mobilizar os grupos sociais que se propõe
>representar e levá-los à acção e participação política.
>No caso português, quer-me parecer que pessoas que
>estão no Bloco de Esquerda ou no PS (quando poderiam
>estar no PCP) estão lá (nesses outros partidos) porque
>o PCP parece continuar a adoptar um sistema de
>organização que na sua, (deles) opinião já não é
>adequado às exigências da realidade.
>Aquilo que me parece (ou melhor, de que suspeito) é
>que, de uma discordância quanto à forma organizativa
>(os meios) acabámos por ter (e aprofundar)
>discordâncias quanto à substância (os fins a
>alcançar). À mistura com ressentimentos a lembrar
>divórcios conflituosos.
>Entretanto o sr. Durão Barroso continua empolgado a
>anunciar "amanhãs que cantam" (parece que a retoma é
>já em 2004... E desculpem lá a ironia amarga),
>enquanto Carlos Carvalhas procura explicar a
>auditórios cada vez mais reduzidos como o PPD chumbou
>a colecta mínima em tempos de governação PS, para
>agora impor o PEC.
>E cá vamos nesta vil e apagada tristeza...
>Cordiais saudações.
>Guilherme Statter
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