Subject: Re: MANIFESTAÇÃO EM BELÉM ontem |
Author:
Fernando Antunes
|
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
Date Posted: 23:31:15 06/28/04 Mon
In reply to:
Luis Blanch
's message, "Re: MANIFESTAÇÃO EM BELÉM HOJE 19:00 HORAS" on 11:18:07 06/28/04 Mon
Apreciei as palavras que me dirigiu. Vou-me esforçando por compreender o mundo que nos rodeia, acredite.
Mas neste intervalo fui espreitar os sites que o dotecome recomenda e partilho consigo o que descobri:
No site do PCP está uma declaração do Secretário-geral de hoje, 28 de Junho, além da Nota do Gabinete de Imprensa de 25 de Junho.
No site do MRC, sob o título “Durão não, Santana nunca” está uma fotografia da manif de Belém e a convocatória para nova manifestação. Tem ainda o artigo do engenheiro Edgar Correia, “Às urnas!”.
No site do BE está um apanhado de frases do Durão sob o título “Mais uma vez Durão esquece as promessas”. Tem ainda o artigo do Público de hoje sobre a manif (não é preciso ser nenhuma águia para perceber porque não meteram os artigos do DN e do JN) e o comunicado da Mesa Nacional de 26 de Junho. Este, se puder, leia, porque começa com a exigência de novas eleições e acaba com um enigmático “A rejeição institucional da convocação de eleições constituiria uma absolutamente inaceitável expropriação do poder democrático”.
No site do PS ainda lá está o comunicado de 15 de Junho. Segundo li na Lusa só se pronunciam depois do Durão falar, amanhã...
Entretanto deixo-lhe duas peças de jornais de hoje. A reportagem do DN sobre a manif e um comentário sobre a charla do Marcelo ontem na TVI.
«Santana, ó meu, São Bento não é teu»
JOANA HORTA, DN, 28/06/04
Entre a estátua de Afonso de Alburquerque e o Palácio de Belém manifestaram-se ontem ao fim da tarde cerca de 2500 pessoas contra a substituição de Durão Barroso por Santana Lopes, sem a realização de eleições antecipadas. A iniciativa surgiu espontaneamente e foi divulgada, num espaço de 24 horas, por SMS. Para amanhã já há outra concentração marcada.
A manifestação enquadrava-se bem no ambiente eufórico do futebol. Bandeiras de Portugal, palavras de ordem, mãos no ar, chaves a tilintar: «Não queremos a golpada, a porta está fechada.» Carros apitavam e a PSP tentava o controlo da situação formando um cordão policial. Uns falavam em terramoto político, outros diziam estar no país das bananas.
Houve mesmo quem comparasse o antigo Titanic ao Estado actual do País: «Começou a meter água e ele agora vai fugir.» Cartazes ilustravam que o túnel do Marquês e o Parque Mayer são os lugares próprios para Santana, ainda presidente da Câmara de Lisboa, em vez de São Bento.
A concentração contou com a presença de Miguel Portas, dirigente do Bloco de Esquerda, João Soares, ex-presidente do município alfacinha, e Helena Roseta, deputada socialista. Esta, também de chave empunhada, gritou com os manifestantes. Disse que a ida de Durão para Bruxelas é uma fuga às responsabilidades.
Todos os presentes gritavam palavras de ordem. Alguns apelos tinham como destinatário o Chefe de Estado: «Sampaio, tens de ouvir, o Santana é de fugir.» Mas havia outras mensagens dirigidas ao próprio vice-presidente do PSD: «Santana, ó meu, São Bento não é teu.»
JN, 28/06/04
Marcelo lembra ao PSD ser preciso bom senso
Sem falar em nomes de possíveis candidatos à liderança do PSD ou à chefia do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa aconselhou, ontem, na TVI, o seu partido a ter bom senso e a escolher um sucessor de Durão Barroso que "seja o melhor para Portugal e não o que consiga mais apoios num congresso".
E lembrou uma frase de Sá Carneiro, que dizia que primeiro estava o país e só depois a social-democracia.
O antigo líder do PSD deixou também implícita uma crítica à opção de Durão em abandonar o Governo para ir para Bruxelas, lembrando que "quando um primeiro-ministro sai a meio do mandato é sempre mau para a estabilidade do país".
Adiantou que " quem tem legitimidade eleitoral formalmente é o partido, mas substancialmente é Durão Barroso e não outro qualquer". Neste sentido, Marcelo sublinhou que, na escolha entre dissolver o Parlamento ou aceitar manter o actual quadro político, Sampaio terá de pesar qual das opções garantirá mais estabilidade, lembrando que o chefe de Estado é também avaliado pela "luz verde" que dá ao Executivo.
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
| |