Subject: obsessão pelo trabalho excedentário |
Author:
paulo fidalgo
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Date Posted: 10:19:37 06/29/04 Tue
In reply to:
Guilherme Statter
's message, "Capitalismo, Transições, Resnick & Cª" on 00:41:45 06/29/04 Tue
eu sou a favor de um conceito de classe baseado na apropriação dos excedentes. A definição de classe é bastante escorregadia. Outros critérios serão os do rendimento, algo que devide as classes consoante alguem seja rico ou pobre e o dos talentos - carpinteiro, marceneiro, etc. Em diversos ambientes pode ser útil usar A B ou C. Mas o núcleo mais ofensivo e que maislonge nos pode levar é sem dúvida a que deriva do conceito de relações de produção capitalistas desenhado por Marx e que precisamente coloca o maquinismo social de produção de excedentes e da sua apropriação.
Nestes pressuposto absolutamente clássico, em termos de marxismo, os autores, de novo, são fieis ao original.
E mais nos dizem que, operacionalmente, a vanguarda bochevique nunca desenvolveu conceitos e estratégia pegando precisamente neste ponto de vista. Os autores criticam e a meu ver bem, o facto de os bolcheviques terem andado mais a nevegar em conceitos diversos de classe como seja o binómia dos proprietários e não proprietários e no binámio dos que têm poder e dele estão despossuídos.
Os autores dizem e eu não tenho motivo para discordar, que os critérios do poder e da propriedade, na definição de classe, são pré-marxistas na sua essência. isto é, já eram património do pensamento anterior. Com Marx, o salto que foi dado foi na definição de um motor (modo) de produção onde se produzem excedentes de uma dada maneira e nesse processo alguem produz excedentes para que outros deles se apropriem. E lógicamente adquiram por via disso hegemonia na organização social da produção, na decisão de distribuição e condicionem também o consumo.
Eu subscrevo portanto o essencial do ponto de vista do livro
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