| Subject: movimento da Renovação Comunista não apoia nenhuma candidatura |
Author:
paulo fidalgo
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Date Posted: 08:00:07 06/14/04 Mon
In reply to:
Luis Silveira
's message, "Re: Renovadores do PCP Apoiam Sem Reservas Lista da CDU à Europa" on 09:00:13 06/12/04 Sat
1- a posição definida em encontro nacional sobre as eleições europeias foi a de apelar ao voto na esquerda mas, como movimento, não tomar posição sobre nenhuma das candidaturas.
2 - em nome individual, é natural que comunistas tomem iniciativas em torno de várias candidaturas que calculam melhor colocadas para obter uma viragem política. Camaradas houve que manifestaram mais atracção pelo BE, inclusivé um comunista foi nas listas do Bloco. Outros houve, alguns aqui o manifestaram, mais inclinados à CDU e outros haverá que votaram no PS.
3 - a notícia aqui mencionada não deve ser lida como sendo a posição do movimento da Renovação mas como posição dos subscritores, alguns bem envolvidos na Renovação outros menos.
4 - os resultados eleitorais são muito bons para colocar a direita em minoria, e exprimem uma realidade com elevado potencial: 14% dos eleitores mobilizados para votar fizeram-no à esquerda do PS. Mesmo admitindo que em mobilização mais normal, para autárquicas ou legislativas, esse montante seja menos expressivo, a verdade é que o crescimento da esquerda se faz, porventura mais rapidamente à esquerda do próprio PS.
5 - é também um sério motivo de preocupação que a ideia comunista, o seu projecto transformar, tenha perdido nitidez. Mas se pensarmos bem a nitidez do projecto do PCP há muito que se perdeu. O Eleitorado à esquerda do PS é instável, e carece de uma força que lhe dê estrutura e pensamento com sentido histórico. Esse é o maior problema dos comunistas. Penso que esta é a questão a discutir.
6 - o PCP perdeu votos (50000 e baixa 1% na posição) quando toda a esquerda sobe. A abstenção e a natureza de eleições europeias ainda atenuaram porventura a magnitude das perdas. É o que eu sinto. Mas não dá qualquer margem de tricot analítico à Soeiro. Quem recuou nesta eleições foi a direita e o PCP, embora este tenha perdido pouco. As perdas do PCP parecem-me muito relevantes no distrito de Setúbal - 5 pontos percentuais - em Lisboa e Porto. Perdeu onde social e historicamente deveria ter crescido. No essencial, o tipo de reflexão e debate crítico reclamado pela ala renovadora dos comunistas justifica-se ainda com maior veemência agora do que no passado.
HÁ QUE DAR A VOLTA A ISTO
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