| Subject: Re: Uma mão ajuda a outra |
Author:
Luis Blanch
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Date Posted: 10:32:44 03/11/04 Thu
In reply to:
Fernando Antunes
's message, "Uma mão ajuda a outra" on 20:45:30 03/10/04 Wed
>Claro que a direita e os seus instrumentos de poder mediático exploram ,onde quer que existam condições para dividir a esquerda, as pequenas contradições ,os remoques , os sectarismos e toda a panóplia de ambições pessoais .
Eu ,no que a mim me toca , prescindo de atacar amigos ,companheiros e camaradas.
>Por acaso reparei que no dia 8 de Março, no Público,
>houve dois textos alusivos à mulher – esse de que a
>Teresa Pereira da Fonseca falou e um assinado pela
>Graça Franco, (directora-adjunta da Rádio Renascença,
>e conhecida pelas simpatias com a Opus Dei) a
>queixar-se de que tinham estado poucas mulheres...no
>Beato!
>
>Quando vi os dois artigos lado a lado, lembrei-me da
>cobertura que as televisões deram à guerra há um ano,
>em que para contraporem ao Nuno Rogeiro, Vasco Rato e
>quejandos os bloquistas andaram numa roda-viva entre
>os três estúdios. Raríssimas vezes convidaram os
>comunistas e mesmo a presença de socialistas foi muito
>inferior à dos bloquistas. Às tantas reclamei e recebi
>e-mails dalgumas direcções de informação a dizerem-me
>que tinham respeitado os critérios de pluralismo.
>
>De facto, dá muito jeito a alguns directores de
>jornais, semanários e televisões, particularmente aos
>mais afectos à coligação poderem recorrer aos
>bloquistas, evitando assim dar palco à restante
>oposição. Aliás basta ver o último Expresso. O
>agendamento potestativo foi pedido pelo PCP, mas
>conseguiram em quase duas páginas de notícias sobre o
>aborto não falar de nenhum deputado do PCP, muito
>menos das posições que o PCP lá defendeu mas as tricas
>Louçã-Portas tiveram destaque.
>
>Assim se vão ajudando uns aos outros: o bloco dá a
>cobertura do “pluralismo” para que esses media estejam
>mais à vontade para convidar os representantes da
>direita. E esses media dão palco aos bloquistas para
>que eles pareçam maiores do que são.
>
>E viva o “pluralismo” à portuguesa! (Que não é muito
>diferente do francês, inglês, etc,).
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