Subject: Re: A melhor garantia e Voto em Branco |
Author:
Luis Blanch
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Date Posted: 09:52:01 03/26/04 Fri
In reply to:
Vítor Dias, Avante!, 25/03/04
's message, "A melhor garantia" on 20:26:06 03/25/04 Thu
Pois é , José Saramago perante a desmoblização cívica de grande número de cidadãos e pelo facto de "vivermos numa esquizofrenia sistemática em que se fala de democracia nas páginas dos jornais, um pouco por toda a parte, mas a realidade é que , apesar de podermos eleger os nossos governos, não chegamos nem mais alto nem mais longe, porque os governantes são comissários políticos do poder económico ... " ele assinala mais à frente que "as pessoas ainda não se deram conta que o sistema democrático contém em si uma bomba que pode explodir a qualquer momento:o voto em branco"; mais adeante remata : "Não se abstenham,votem em branco!" E ,noutro passo da entrevista ao DN ,dia 25, diz que "gostaria de viver o momento em que, nalgum lugar, pudéssemos assistir a uma vontade política maioritária em que os cidadãos pudessem dizer - isto não presta; precisamos de algo melhor! - "
>
>A melhor garantia
>
>Há quinze dias, escrevendo noutro jornal a propósito
>de uma sondagem sobre as próximas eleições para o
>Parlamento Europeu saída no «CM» e que tinha revelado
>uma predisposição para a abstenção de 70% dos
>eleitores, chamámos a atenção para o risco evidente de
>as intenções de voto nas diversas forças resultantes
>dessa sondagem terem muito pouca segurança ou
>fiabilidade.
>
>Na verdade, está tudo dito se dissermos que aquelas
>intenções de voto foram à escala de 70% manifestadas
>por cidadãos que, antes ou depois de perguntados sobre
>votos, declararam que não tencionavam deslocar-se às
>urnas.
>
>Como é costume, quem podia ou devia ligar alguma coisa
>à advertência fez-se desentendido e sairiam pelo menos
>mais duas sondagens, uma na «Visão» e outra no
>«Expresso» (aliás com alguns resultados gritantemente
>dispares, mas a isso também ninguém liga), que
>padeciam da mesma crucial condicionante.
>
>Entretanto, uma coisa não deve ser esquecida: há quase
>cinco anos, mais concretamente no dia 5 de Junho de
>1999, ou seja a oito dias da votação para o Parlamento
>Europeu, uma sondagem do «Expresso» cotava a CDU em
>5,2%, acontecendo porém que a CDU veio a obter 10,3%
>nessa eleição.
>
>Podemos nós garantir, de ciência certa, que em 2004 a
>história se repetirá tal e qual? Não, honestamente não
>estamos em condições de garantir isso como também, com
>igual honestidade, ninguém estará em condições de
>garantir que não se repetirá.
>
>O que podemos garantir, apenas por convicção pessoal e
>experiência colectiva, é que por cima da alegria (mais
>rara) ou da preocupação (mais frequente) induzidas
>pelas sondagens há outro caminho e outra atitude.
>
>O caminho que nos faça sair do estatuto de
>espectadores ou consumidores de sondagens e nos
>fortaleça no mais nobre estatuto de cidadãos
>intervenientes que se batem com ambição, confiança e
>audácia por aquilo em que acreditam.
>
>A atitude que apela à mais vasta mobilização de
>energias e de capacidades voltadas para o contacto
>directo com a população e sustentando com clareza e
>vivacidade a intervenção passada e presente, as ideias
>e as propostas que, em 13 de Junho, fazem do voto na
>CDU de longe o voto de esquerda verdadeiramente mais
>útil para os eleitores.
>
>O caminho e a atitude próprias de quem, não aceitando
>ficar paralisado ou entorpecido por opiniões e
>profecias preconceituosas feitas sobre alegadas
>intenções de voto, confia sobretudo na arma
>insubstituível do seu esforço, vontade e trabalho para
>conquistar muitos mais portugueses para o voto, real e
>em boletim oficial, na CDU.
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