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Date Posted: 12:08:56 07/06/04 Tue
Author: Ana Carolina
Subject: TAREFA 13: Autonomia

TAREFA 13: AUTONOMIA

PARTE 01: TEXTOS TEÓRICOS

REVISITANDO ALGUMAS ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) defendem a formação de um cidadão participativo e autônomo. Cabendo ao professor o papel de mediador do conhecimento a ser trabalhado e construído pelo aluno. Deixando, assim, o professor de assumir um papel autoritário de detentor da palavra e dos saberes para deixar o aluno participar no seu processo de aprendizagem.
Cada aluno é sujeito de seu processo de aprendizagem, enquanto o professor é o mediador na interação dos alunos com os objetos de conhecimento.
Ao professor cabe criar situações de aprendizagem que dinamizem a interação e, conseqüentemente, a aprendizagem, uma vez que na interação e através dela, o aluno constrói, modifica, interpreta e enriquece significados.
O processo de aprendizagem compreende também a interação dos alunos entre si, essencial à socialização.
Para Vygotsky, a interação é também responsável pelo desenvolvimento do indivíduo.
Ao se privilegiar a interação contínua em sala, o conhecimento prévio do aluno e suas experiências, o professor estará, ao mesmo tempo, estimulando a autonomia de seu aluno. Nos PCN, a autonomia é definida como capacidade a ser desenvolvida pelos alunos e como princípio didático geral, orientador das práticas pedagógicas.
O aluno autônomo é capaz de se posicionar frente a uma situação de aprendizagem, elaborar projetos pessoais.
Isto é, a autonomia fala de uma relação emancipada, íntegra com as diferentes dimensões da vida, o que envolve aspectos intelectuais, morais, afetivos e sociopolíticos.
O professor interessado em ajudar seus alunos a serem autônomos proverá situações que propiciem a participação e a interação deles frente a conflitos, problemas, perguntas que estimulem o raciocínio, reflexão e a expressão. Agindo assim, o professor será mediador e fomentador da autonomia desses alunos.
Vale ressaltar que o aluno pode ter autonomia para atuar em determinada situação e em outra não.
Ao permitir a interação, o professor estará dando voz e estimulando a autonomia do aluno. Mas isso não significa que é o aluno quem controla todas as ações e decisões em aula. Cabe ao professor organizar os trabalhos. Cabe ao professor, ainda, detectar as dificuldades de seus alunos e orientá-los no sentido de superá-las. Também, cabe ao professor analisar como um determinado assunto pode ser apresentado aos alunos, respeitando seus conhecimentos prévios e experiências.
O professor pode ouvir seus alunos nas decisões a serem tomadas pela classe, pois isso estimula a autonomia deles. É necessário que o professor decida o que será de maior benefício para seus alunos e dialogar com eles. Percebe-se que estimular a reflexão, a autonomia dos alunos e dar-lhes voz estimula a formação do aluno como sujeito pensante, reflexivo e atuante em seu processo de aprendizagem, sem, no entanto, diminuir a autonomia de atuação do professor.

QUANDO MENOS É MAIS A AUTONOMIA NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS

O professor nada tem a ver com a aquisição de uma língua, seja ela a materna, ou uma língua estrangeira.
A teoria de Vygotsky, da mente social diz que o ser humano adquire uma língua porque interage, em sociedade, com os outros seres humanos. Todo conhecimento, incluindo a língua, é construído socialmente através da interação.
A aprendizagem para ocorrer não precisa necessariamente da presença do professor; pode dar-se através da mediação de um artefato cultural, socialmente situado.
A idéia de um processo que envolve, ao mesmo tempo, quem ensina e quem aprende não se refere necessariamente a situações em que haja um educador fisicamente presente. A presença do outro social pode se manifestar por meio dos objetos, da organização do ambiente, dos significados que impregnam os elementos do mundo cultural que rodeia o indivíduo. Dessa forma, a idéia de alguém que ensina pode estar concretizada em objetos, eventos, situações, modos de organização do real e na própria linguagem, elemento fundamental nesse processo.
Ainda que o desempenho do aluno tenha que ser assistido durante um certo período, há pelo menos a previsão de que no futuro o aluno será capaz de executar a tarefa por conta própria; a autonomia é um estágio a que se chega.
Eu não tenho autonomia para falar sobre autonomia. Em primeiro lugar eu não tenho voz própria. Eu tenho que me submeter a outros discursos, ao que outras pessoas já escreveram sobre o tópico que eu vou falar. Em segundo lugar, eu tenho que me submeter ao meu interlocutor. Produzir um texto, para ser falado ou para ser lido, mas principalmente para ser falado, é uma aprendizagem sobre a arte de se submeter. Quando envio um artigo para publicação, eu submeto o artigo.
A ciência, à medida que avança, vai mostrando um homem cada vez mais submisso e menos autônomo. Isso é percebido não só nas ciências, de um modo geral, mas também nas ciências da linguagem, de modo particular, desde o inatismo de Chomsky até as idéias de aniquilamento do sujeito na Análise do Discurso. Teoricamente parece que a autonomia do sujeito é apenas uma ilusão.
Além dos questionamentos teóricos, a autonomia parece também enfrentar algumas restrições de ordem prática. Entre essas, gostaria de destacar as seguintes: Restrições relacionadas ao aluno; Restrições relacionadas ao professor; Restrições relacionadas à escola.
Para as restrições relacionadas ao aluno falta de interesse no estudo da língua estrangeira.
Os pouquíssimos alunos que conheci pessoalmente e que foram capazes de adquirir um conhecimento funcional da língua estrangeira foram alunos autônomos, alunos que por conta própria foram muitos além do que lhes foi exigido na sala de aula. Isso me leva a pensar que, excetuados os casos de imersão, só é possível aprender uma língua estrangeira se o aluno for autônomo. Se não for assim, ele vai ficar apenas no que é dado na sala de aula, e isso não basta para adquirir o domínio de uma língua.
Em relação ao aluno pode haver também problemas de estilo de aprendizagem. Aprender uma língua estrangeira requer algumas aptidões que alguns alunos não têm.
A facilidade de camuflar a falta de empenho em aprender na aula tradicional não existe, a meu ver, quando se trata da aprendizagem autônoma. Aí o empenho, o desejo de aprender é fundamental. Se ele não existe não dá para disfarçar. Como na sala de aula tradicional as coisas são muitas vezes impostas, há necessidade de justificar a não-consecução dos objetivos, tapando o sol com a peneira. Na aprendizagem autônoma, a responsabilidade está no aluno. Se ele aprendeu, o mérito é dele.
Para que haja autonomia, tem que haver também empenho do professor e, pelo que se vê na literatura sobre autonomia, esse empenho não está de maneira nenhuma garantido. Há uma estrutura de poder bem definida na sala de aula tradicional onde o controle normalmente é exercido pelo professor. É o professor que estabelece os objetivos a serem atingidos, que escolhe as atividades a serem desenvolvidas, que decide quem vai ser promovido ou não no fim do ano, dentro de limitações maiores ou menores, é claro; o professor, por sua vez, também está inserido dentro de uma estrutura de poder, da qual ele absolutamente não é o topo. Em relação à sala de aula, no entanto, pode-se dizer que as decisões são normalmente tomadas pelo professor. Durante os anos de sua formação ele foi preparado justamente para tomar essas decisões, para assumir o controle da sala de aula e não está disposto a abrir mão desse controle.
Em primeiro lugar, ao ser solicitado a implementar um programa de autonomia, o professor sente-se ameaçado em sua autoridade.
Quando se passa o controle da aprendizagem para o aluno, está-se dando a ele a liberdade de escolher.
Na aula autônoma, o professor precisa aprender que ele deixa de ser a autoridade máxima, tanto em termos de controle com em termos de conhecimento. Não é mais o dono do saber, que tipicamente só faz as perguntas que ele mesmo sabe responder. Na aula autônoma qualquer pergunta pode aparecer e o professor obviamente não tem a obrigação de saber todas as respostas.
Língua é fala e aprende-se a falar uma língua falando, interagindo, movimentando-se e naturalmente produzindo ruído.
Não existe ensino autônomo. Pode-se talvez ensinar a autonomia, ou seja, ensinar alguém a ser autônomo, mas não ensinar autonomamente.
O conflito entre aprender e ensinar tem que ser resolvido a favor do aluno. O professor precisa aprender a ensinar menos para que o aluno possa aprender mais.

ESTRATÉGIAS INDIVIDUAIS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA
Estratégias de aprendizagem e de uso da língua estrangeira são passos ou ações selecionados pelos aprendizes para melhorar a aprendizagem ou o uso da língua, ou ambos, são pensamentos e comportamentos conscientes que os alunos utilizam para facilitar as tarefas de aprendizagem e personalizar o processo de aprendizagem da língua.
O’Malley e Chamot dividem as estratégias em 3 grupos: Metacognitivas, Cognitivas e Socio/afetivas. Rebecca Oxford divide as estratégias em dois grandes grupos que, também, se subdividem em três grupos cada. Assim, temos um grupo de estratégias diretas e outro de estratégias indiretas. O grupo das diretas se divide em estratégias de memória, cognitiva e compensação e o das indiretas em metacognitivas, sociais e afetivas.
ESTRATÉGIAS DIRETAS: Estratégia de memória: armazenagem e recuperação de informações novas; Estratégias cognitivas: compreensão e produção de novos enunciados através da manipulação e da transformação da língua alvo pelo aprendiz; Estratégias de compensação: auxílio na compreensão e produção da nova língua apesar das limitações no conhecimento.
ESTRATÉGIAS INDIRETAS: Estratégias metacognitivas: planejamento, controle e avaliação da aprendizagem; Estratégias afetivas: regulagem de emoção, atitudes, valores e motivação; Estratégias sociais: interação e cooperação com os outros.

PARTE 02: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O MEU GRAU DE AUTONOMIA

Ao longo de minhas tentativas de aprender inglês, espanhol, francês, latim e até grego, tive a conclusão de que a autonomia é mais importante do que a própria sala de aula.
Devo confessar que não aprendi, efetivamente, nenhuma das línguas que comecei a fazer. Com o inglês estive sempre as voltas, digo as voltas por que devo ter voltado a fazer e parado umas quatro vezes, mas percebi que aprendia mais quando pegava livros para ler em inglês, obviamente com o nível indicado a minha proficiência, assim, as palavras que eu não sabia marcava e depois olhava no dicionário, não ao mesmo tempo, pois, assim se perde o enredo do texto.
Com o espanhol não me apliquei muito e sai não sabendo nada, mas consigo ler, claro que sempre apoiada ao dicionário.
O francês, na verdade fiz um semestre por algumas colegas minhas faziam também e como tinha uma vaga na minha grade resolvi experimentar, gostei, porém não fiz mais depois por falta de tempo. Percebia durante o curso que mais uma vez a leitura me ajudava bastante, tanto que logo depois que parei de fazer, durante um bom tempo lia textos fáceis e conseguia entender bastante coisa, porém alguns meses depois por falta de prática e estudo já tinha esquecido muita coisa. O que me faltou aqui foi mais empenho.
Quando fiz latim, um módulo apenas também, tive problemas com o professor, na época muito doente faltou muito até que foi substituído, posso dizer que se tive dois meses e meio de aula foi muito e sempre tinha que ficar relembrando o que tinha aprendido antes, e posso dizer, apoiada nos textos teóricos, que optei por não aprender latim.
Por último veio o grego, como faço lingüística ele é obrigatório. Tive professores fantásticos, o Jacyntho e a Tereza Virginia, da primeira vez fiz com o Jacyntho que é ótimo professor, rigoroso até certo ponto e você se diverte muito nas aulas com as viajadas que ele faz, sempre voltando com a frase “onde é que nós estávamos mesmo?”, porém suas aulas são muito boas, os alunos interagem entre si e com o professor. Mas mais uma vez não me apliquei, não estudei autonomamente e assim não tive coragem de fazer a prova final. Acredito que se a tivesse feito teria passado, porém não quis enganar a mim mesma, não quis fingir que sabia.
Na segunda vez, é onde usei de maior autonomia e encontrei resultados. Fiz todos os exercícios, só não li dessa vez por que não tinha dicionário para me apoiar, mas escrevia todas as lições gramaticais, lia e relia as unidades e os tópicos de enfoque das unidades, e percebi que dessa vez consegui pelo menos entender alguma coisa em grego e acabei gostando, sinceramente, da matéria.

PARTE 03: PROJETO AUTONOMIA

Não sei se seria um projeto, mas talvez possa chamar de técnicas de autonomia.
Sugiro para aqueles que estão aprendendo uma língua estrangeira ou ensinado-a que sigam ou passem aos alunos os seguintes passos.
1) Se empenhar em tudo que propuserem a fazer: pois sem empenho nenhuma atividade ira para frente;
2) Ter real interesse em aprender, por que se seu interesse for passageiro, seu empenho também será efêmero e aprendizagem mais árdua;
3) Fazer as atividades por querer fazer, não por obrigação, e por conseqüência aprender por prazer de aprender;
4) Não ter pressa, acima de tudo, deve-se ter calma e paciência ao tentar aprender uma língua;
5) Usar sua melhor capacidade de assimilar alguma coisa. No meu caso é a leitura, portanto leio muito para melhor aprender. Se você assimila melhor ouvindo, leia a matéria em voz alta e grave para depois escutar ou escute músicas e veja filmes na língua escolhida, você perceberá como começará a entender e aprender melhor as coisas que objetiva.
6) Procurar sempre materiais interessantes por conta própria, sem se preocupar com o aprender em si, mas com o conhecer, assim o aprender será mera conseqüência.
Como disse esses passos são meras sugestões, cabe ao meu ver, a nós professores incentivar os alunos a aprender, até mesmo estimula-los.
Fiz uma matéria onde o professor simplesmente pediu que a gente o ajudasse a montar a bibliografia do curso, afinal era a primeira vez que ele dava aquela matéria, todos estavam ali por interesse, a matéria não era obrigatória, dessa forma sem nenhuma obrigação o curso flui de forma tranqüila e agradável e a cada aula um material novo era incluído na bibliografia do curso (livros, sites, matérias etc.). Todos aprenderam muito e adoraram o curso, havia agora sei muita autonomia.
O professor pode indicar livros, filmes e cantores ou bandas para os alunos de língua estrangeira aprenderem mais e melhor, mas sem impor isso obrigatoriamente.

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Replies:

[> Re: TAREFA 13: Autonomia -- Ana Carolina, 12:10:59 07/06/04 Tue [1]

Vera desculpe por ter mandado só agora, mas não tinha visto que tinha que colocar aqui, assim só mandei para o e-mail da Vânia.
Um Abraço,
Ana Carolina

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