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Date Posted: 14:32:49 11/29/04 Mon
Author: Fabiano Leite
Subject: Semana 15 - Pré-Projeto

PROJETO DE CRIAÇÃO DE CENTROS DE AUTO-ACESSO TEMPORÁRIO EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE BAIXA RENDA

Entre as dificuldades do ensino de inglês nas escolas públicas no Brasil, estão a falta de preparação e treinamento dos professores, falta de incentivo por parte do governo, falta de material didático e de recursos materiais da escola, posição desprivilegiada da língua inglesa em relação a outras disciplinas, baixa renda dos alunos, falta de preparo dos alunos em outras disciplinas e em habilidades básicas, grande número de alunos em sala de aula, violência na sala de aula, problemas familiares, etc.

Em meio a esse contexto caótico, o professor, sem recursos e sem ajuda, deve muitas vezes preparar o próprio material didático e ao mesmo tempo controlar um grupo grande de em média 50 alunos.

Considerando também que a carga horária reduzida, de em média uma hora e quarenta minutos por semana, limita o contato com a língua inglesa, torna-se necessária uma maior autonomia do aluno, para que ele possa expandir o seu ensino para além da sala de aula. Outro problema surge, então, a falta de recurso do aluno em suas casas: a falta de Internet, livros ou TV a cabo, que são recursos que ajudariam muito no aprendizado. Chamamos de autonomia aqui o que Dickinson (1987:5) chama de auto-instrução, ou seja, situações nas quais o aprendiz trabalha, sozinho ou em grupo, sem o controle direto do professor. Assim como Benson, vamos chamar de autonomia também a capacidade do aluno de adquirir controle sobre o aprendizado. Entre outras razões, essa habilidade é importante pelo fato de desenvolver o senso crítico do aluno, tornando-o mais independente, além de atender às diversas diferenças existentes entre os aprendizes.

O que proponho aqui, para o encorajamento da autonomia do aluno da rede pública, é a criação de um centro de auto-acesso na própria sala de aula. Por centro de auto-acesso entenda-se um local físico onde os alunos podem trabalhar sem a ajuda do professor, desenvolvendo autonomia e independência. Um centro de auto-acesso precisa de um espaço físico adequado e de certos equipamentos, o que seria difícil numa escola com poucos recursos. Há uma alternativa, entretanto. Pode-se criar, na própria sala de aula, um centro de auto-acesso temporário com material simples criado pelo próprio professor, com a ajuda da Internet (não na escola, mas para a preparação do material pelo professor).

Vamos então às características específicas desse centro de auto-acesso temporário.

1. Espaço físico – Numa escola sem um espaço próprio para isso, as atividades seriam conduzidas na própria sala de aula, para onde o material seria levado.
2. Material – Caixas contendo os materiais a serem trabalhados, organizadas por tipo de atividade. Uma caixa conteria contos simplificados com exercícios, outra com letras de música com exercícios, outra com jogos e outra com atividades de produção oral para ser feito em duplas. Além disso, um ou dois gravadores seriam necessários, com os fones de ouvido e as fitas com as músicas dos exercícios.
3. Tempo – Quatro aulas seriam suficientes para toda a atividade.
4. Função do professor – O professor teria as seguintes funções: preparador, pois ele seria responsável pela criação do material; instrutor, para dizer o que deve ser feito; guia e facilitador, para ajudar caso haja dúvidas; e avaliador, pois avaliaria o resultado final.
5. Atividade – Uma sala tendo de 40 a 50 alunos seria dividida em grupos de no máximo quatro pessoas. Cada grupo teria que desenvolver uma atividade por dia, sendo uma de cada uma das quatro caixas. Dentro de cada caixa, no entanto, teriam várias opções. Nos contos, por exemplo, eles poderiam escolher o estilo que mais os agradassem: comédia, aventura, terror ou suspense. Os alunos então trabalhariam em grupo com esses contos, usando dicionários para descobrir as palavras desconhecidas e resolvendo as questões de vocabulário e compreensão de texto. No dia que escolhessem usar as músicas, cada um ouviria a música escolhida separadamente para tentar completar exercícios de ‘fill in the blanks’, de compreensão oral. Após esses exercícios, haveria também alguns exercícios de compreensão. Atividades alternativas podem existir, como ordenar os versos de uma música. Os jogos seriam conduzidos da mesma forma que as outras atividades: os alunos escolhem o que acharem melhor. A atividade oral, feita em duplas, consistiria em duas folhas para cada dupla, com ‘information gaps’ diferentes que devem ser mutuamente completados. O importante é que a ordem das caixas a serem trabalhadas são escolhidas por cada grupo, assim como qual das atividades dentro de cada caixa. Além do trabalho escrito entregue ao professor, esse também monitoraria todo o trabalho, verificando a participação efetiva de cada aluno.

Parece que os alunos precisam do professor o tempo inteiro, mas na verdade as atividades são feitas de forma que possam ser feitas independentemente do professor, esse só irá instruir e verificar. Dessa forma, os alunos aprenderão a trabalhar em equipe, a escolher o que for mais conveniente, a descobrir a melhor forma de aprender, e, conseqüentemente, terão um pensamento mais crítico em relação ao aprendizado.

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