RESUMO SEMANA 11 -- interesumo

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Date Posted: 04:10:21 11/01/04 Mon
Author: Ant�nio Carlos
Subject: RESUMO SEMANA 11

GUMPERZ, John J. Conven��es de contextualiza��o. In RIBEIRO, Branca & GARCEZ, Pedro (org.) Socioling��stica interacional. Porto Alegre: Editora Age, 1998. (cap�tulo 6) p.98-119

TANNEN, Deborah & WALLAT, Cynthia. Enquadres interativos e esquemas de conhecimento em intera��o: exemplos de um exame/consulta m�dica.In RIBEIRO, Branca & GARCEZ, Pedro (org.) Socioling��stica interacional. Porto Alegre: Editora Age, 1998. (cap�tulo 7) p.120-141

No texto �Discourse Strategies�, Gumperz (2002) discute as pistas que os participantes de uma conversa��o utilizam para sinalizar seus prop�sitos comunicativos e para inferir os prop�sitos comunicativos de seus interlocutores. Essas pistas, denominadas por ele de conven��es de contextualiza��o, s�o ling��sticas (altern�ncia de c�digo, dialeto ou estilo), paraling��sticas (pausas, tempo da fala, hesita��es) e/ou pros�dicas (entoa��o, acento, tom), ou ainda n�o verbais, como o olhar, os gestos as posturas, etc.
Gumperz utiliza-se de segmentos de conversas gravadas em �udio e/ou v�deo para demonstrar como as elocu��es trazem sinalizadas suas for�as ilocucion�rias e como elas s�o marcadas e inferidas pelos interlocutores atrav�s das pistas de contextualiza��o.
O autor destaca que, quando todos os participantes percebem e entendem essas pistas, �os processos interpretativos s�o tomados como pressupostos e normalmente t�m lugar sem ser percebidos� (Gumperz, 2002:153). No entanto, podem haver mal-entendidos quando um ouvinte n�o reage a uma das pistas ou n�o conhece sua fun��o.
Tannen & Wallat (2002) retomam e ampliam as discuss�es sobre enquadres e esquemas, utilizando-se, como demonstra��o, de um exemplo de uma consulta m�dica gravada em �udio. Retomando as discuss�es de Goffman sobre a no��o de �footing� e de Gumpers sobre a �atividade de fala�, Tannen & Wallat a partir da sinaliza��o realizada pelos participantes quanto ao que est� acontecendo em uma intera��o. O termo �esquema� � utilizado pelas autoras para referir-se aos sistemas de conhecimento dos participantes que definem suas expectativas sobre as pessoas, objetos, eventos e cen�rios do mundo. Elas refinam, portanto, as no��es de enquadre e esquemas, mostrando como os dois interagem e afetam a comunica��o.
As autoras demonstram como os enquadres e esquemas se estruturam numa intera��o de consulta/exame pedi�trico e como as pistas ling��sticas ou as maneiras de falar sinalizam as mudan�as de enquadres e esquemas. Elas afirmam que a import�ncia do estudo vai al�m do contexto de intera��o m�dico/paciente, argumentando que enquadres e esquemas operam de maneira semelhante em todas as intera��es face-a-face, embora enquadres e esquemas espec�ficos possam variar em diferentes cen�rios.

Ant�nio Carlos

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