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Date Posted: 19:36:23 03/13/02 Wed
Author: Neinfo
Subject: Combate à exclusão digital

FERNANDO XAVIER FERREIRA

A exemplo do que ocorre em todo o mundo, a exclusão digital no Brasil é consequência de uma combinação de fatores que inclui principalmente desigualdades socioeconômicas, escassez de infra-estrutura tecnológica, custos elevados de acesso e falta de conhecimentos básicos para a utilização de conteúdo de internet.
O número de incluídos digitais no Brasil tem crescido nos últimos anos, mas ainda é pequeno diante das nossas dimensões e necessidades. Segundo estimativas, o total de internautas no país deve chegar, no decorrer deste ano, aos 13 milhões -é um crescimento expressivo quando comparado aos 250 mil de 1995, mas é ainda um resultado modesto em relação aos 173 milhões de brasileiros ou mesmo aos 49 milhões de telefones fixos instalados no país.
De uma maneira geral, os efeitos positivos da revolução digital e de seus subprodutos ficaram até agora restritos a uma parcela relativamente pequena da população mundial, fortemente concentrada nos países ricos. Enquanto isso, pelo menos um terço da população do mundo nunca fez sequer uma chamada telefônica. Segundo pesquisa da Giic (Global Information Infrastructure Commission), organização não-governamental que pesquisa a exclusão digital, somente a educação básica e ao mesmo tempo específica em habilidade da própria tecnologia de informação será eficiente na solução desse problema. Outra conclusão da Giic é que só políticas governamentais feitas em parceria com a iniciativa privada serão capazes de enfrentar o problema com êxito.
No Brasil temos muitas iniciativas, todas positivas e bem-intencionadas, que tentam combater a exclusão digital em várias esferas: o governo eletrônico, em nível federal e estadual, que disponibiliza na internet os diversos serviços públicos; programas financiados pelo Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), que pretendem conectar as escolas públicas do país à internet; os Telecentros da Prefeitura de São Paulo; as redes universitárias de pesquisas; e os quiosques eletrônicos dos Correios. A iniciativa privada também contribui com esses programas, como é o caso do projeto da Telefônica para levar internet em banda larga às escolas públicas estaduais paulistas.
Mas tudo isso são ações pontuais, isoladas, que representam muito pouco se comparadas às reais necessidades do país. Para que a massa de excluídos digitais seja efetivamente atendida, é necessário um programa abrangente que reúna todas as iniciativas nesse campo e explore suas sinergias, propiciando o surgimento de idéias que a elas se agreguem. Para isso, é fundamental que governo, iniciativa privada e organizações não-governamentais unam-se para estabelecer, já, um projeto de política pública que ataque com eficiência o problema da exclusão digital no Brasil.


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A tecnologia é uma ferramenta fundamental no aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem
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Superar a exclusão digital não se resume simplesmente a dar um computador e uma conexão de internet a cada cidadão. Os componentes não-tecnológicos do problema (atitudes, conhecimento, educação) são tão ou mais importantes quanto os componentes tecnológicos (equipamentos, conectividade). Na construção de uma efetiva política para a questão devem ser analisadas propostas que compreendam o desenvolvimento do capital humano integrado à tecnologia da informação.
Com o objetivo de contribuir com essa tarefa, a Fundação Telefônica lançou na semana passada, em São Paulo, o Portal EducaRede, cujo Conselho Consultivo é formado por membros do Ministério da Educação e Cultura, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, além de pesquisadores e especialistas em educação e tecnologia.
Primeiro portal de educação totalmente gratuito, dirigido para o ensino fundamental e médio da escola pública brasileira, poderá beneficiar até 40 milhões de alunos, além de professores de 250 mil estabelecimentos desse tipo de instituição. É nossa expectativa que, reconhecendo seu alto padrão de qualidade, alunos e professores de escolas particulares também o adotem.
Elaborado por educadores e especialistas em Internet, o EducaRede baseia-se na perspectiva de que a tecnologia é uma ferramenta fundamental na melhoria da qualidade da educação e no aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem do país. Sua principal tarefa é apoiar o uso pedagógico da internet, estimulando a escola a utilizar as tecnologias disponíveis de comunicação e informação para ensinar e aprender.
Construído em parceria com o Cenpec (Centro de Pesquisas e Estudos em Educação, Cultura e Ação Comunitária), a Fundação Vanzolini e a Terra Lycos, empresa do Grupo Telefônica que hospedará o portal, o EducaRede foi desenvolvido com tecnologia brasileira e concebido de acordo com a realidade nacional.
Outras experiências bem-sucedidas foram desenvolvidas pela Fundação Telefônica da Espanha e a da Argentina. Embora façam parte de uma mesma família de portais educacionais, cada um desses projetos guarda sua identidade nacional. Mas todos estão pautados por um único princípio: ser um portal de educação que realmente contribua para o aprimoramento da qualidade do ensino, desenvolvendo e disponibilizando conteúdo que sirva como mais um instrumento no combate à exclusão digital.




Fernando Xavier Ferreira, 53, engenheiro em telecomunicações, é presidente do Grupo Telefônica no Brasil. Foi presidente da Telebrás (1995-98).


http://www.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1303200209.htm

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