Em Honra de Pan -- A Comunh�o da Revolta

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Date Posted: 15:54:28 04/08/05 Fri
Author: HornedWolf
Subject: Em Honra de Pan

Pan! Pan! Surgiu para mim nos bosques do desespero que o trouxeram no silencio amargurado das estrelas, e que trouxe ele, rei entre a febre dos astros! Tu amea�avas tudo e tu tudo levaste � loucura do pavor enquanto contemplei a tua cinzenta face. Da minha habita��o fizeste o escuro devorador e dos seus contornos o devorado branco. No meio de mil homens mergulhados na penumbra e na insanidade do teu pavor eu disse "n�o desesperarei". E tudo cessou, como num sonho. Em mim ficou a tua estranha furia, a raiva com que dan�as no mundo e dan�as o mundo e dan�a em ti o mundo. Ent�o contemplei de novo a Tua face, alegre, como antigamente, subi o Abismo, passei pelos teus portais e tu vieste a meu encontro, branco-dourado com a imaculada for�a dos teus chifres, emprenhando o mundo. E n�o tendo eu perecido perante aquele anterior terror, construiu, em seu nome e comigo, um ceptro, coroado de esferico cristal negro sombra violeta, seguro em quatro pegas. E ensinou-me, na sua luz, a vencer no jardim selvagem das suas trevas.
� Pan! Pan!
Espirito Jubilante! Para sempre Pan!

Jubilante espirito dos bosques
tu �s a f�ria de um c�o raivoso
e estas na multid�o de insectos que devora o escaravelho,
mas o escaravelho devora o mundo!
Tu est�s nos ritos de fertilidade e nos olhos de todos os amantes,
�s o fogo suspenso nos seus dedos enterla�ados,
e o esplendor do c�u estrelado.
Nos teus olhos mil deuses pag�os respiram,
ergues a lan�a de Cerunnos a que todos ex�rcitos aspiram,
da qual todos os poetas se inspiram,
e manchas de sangue a Lua
e deixas �brios os profetas, na Sua menstrua��o.
Est�s presente em toda a Vida
e segues o homem no seu Cora��o.
Todos os deuses, sacerdotes e sacerdotizas te admiram
e em contempla��o se quedam
na dan�a do mundo, revira,
pois tu �s a soma de todas as suas esperan�as,
de toda a sua paix�o!
A Ti, Pan! a Ti!
Pan! Pan!
Jubilante eterno Pan!

E todos o viram, pois estava em tudo,
mas ninguem o viu, excepto aquele que n�o podia ver mais nada,
pois ele � TUDO.

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