Subject: Cada passo dado justificou, sempre mas sempre, o passo seguinte |
Author:
João Luís
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Date Posted: 26/05/05 19:53:08
In reply to:
Visitante irónico
's message, "Porque então eram só 6 e agora são 25..." on 26/05/05 17:47:56
Como estou com um ataque de preguicite aguda (e também porque não adianta andar a inventar a roda todos os dias), dito mão ao que o Jerónimo disse numa entrevista aí em cima, mas que penso sintetiza bem a questão que levantou: "Cada passo dado justificou, sempre mas sempre, o passo seguinte. Depois da adesão, ratificou-se o tratado de Maastricht, que impôs pesadas restrições orçamentais, impedindo a realização de políticas de investimento público. Seguiu-se a adesão ao euro, privando-se o país da sua moeda, que é um instrumento fundamental para incrementar as exportações, controlar as importações, em função da situação concreta da nossa economia. Hoje, são os outros que determinam a política monetária, consoante os seus próprios interesses. O resultado está à vista: o fosso que nos separa dos países mais desenvolvidos não parou de aumentar nos últimos anos.
A eventual ratificação da constituição europeia seria mais um passo para a sujeição do país aos interesses do capital transnacional."
É que o capital transnacional, o mercado, o neoliberalismo, tem uma união com seis, não descansou enquanto não a teve a doze, depois a 15, agora já vai em 25 com mais três à espera e entretanto já anda a tentar que também a Turquia e a Ucrânia... e não irão ficar por aí!
E nós os trabalhadores de todos estes países a ver a vida a ficar para trás, a ver as promessas a irem-se com uma velocidde estonteante e por cá foi-se primeiro a agricultura, depois as pescas e a indústria nem se fala!
Num tenso debate há pouco na TV5, dizia um dos defensores do "Não" que a parte III do TCE tem por objectivo gravar no mármore uma política neoliberal e que se o "Não" ganhar no referendo pelo menos permite retomar a discussão. E acrescento eu fazer uma pausa.
Mas para que as pessoas possam decidir em consciência requere-se esclarecimento aprofundado e fazer-se o referendo em Outubro seria mais uma golpaça antidemocrática do bloco central de interesses. Mas já hoje vem nos jornais que pensam despachar a revisão constitucional qur possibilite a coincidência com as autárquicas em três reuniões!
Primeiro nunca nos ouviram, agora querem tudo aceleradamente! Há que denunciar! Há que questionar para o que é que queremos a Europa, para ir para onde e lembrar que não há constituição sem constituintes, que não há o povo europeu mas que o que há são vários povos europeus!
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