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Subject: Gastos inúteis na Saúde


Author:
Cristina Bernardo Silva
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Date Posted: 4/07/07 8:59:04

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é como uma barraca com uma antena parabólica topo de gama. O Estado tem falta de dinheiro para a Saúde, mas compra tecnologia cara que serve para tratar um número cada vez menor de doentes.

Especialistas ligados ao sector, contactados pelo Expresso, garantem que as melhores máquinas e medicamentos têm sido um dos principais sorvedouros de dinheiro no SNS. A poupança passa por gerir melhor a aquisição de inovação tecnológica. “Gastamos mal em tecnologias terapêuticas e do medicamento. Receitamos exageradamente”, diz o presidente da Associação Nacional de Administradores Hospitalares, Manuel Delgado. São precisas “normas de orientação de diagnóstico e terapêutica”, acrescenta o coordenador da Missão para a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, Luís Pisco.

A crítica vem também do bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes: “A investigação médica é sempre mais rápida do que o crescimento da economia e é preciso ter coragem para fazer escolhas explícitas. O poder político não pode continuar a dizer que vai dar tudo a todos”. A mesma opinião é partilhada pelos bastonários dos Farmacêuticos, Aranda da Silva, e dos Enfermeiros, Maria Augusta Sousa, que defendem ser preciso tratar bem e barato. Como? Racionalizando a prescrição, com mais informação para os médicos, e combatendo o desperdício com doses ajustadas às necessidades dos doentes.

O controlo da despesa passa ainda por financiar as unidades de saúde através dos serviços efectivamente prestados. Para Pedro Lopes Ferreira, do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra, há que “explorar mais a contratualização em que as partes se comprometem em obter o maior valor para o dinheiro investido”. A medida é defendida também pelo director da Escola Nacional de Saúde Pública, Constantino Sakellarides.

Os privados gerem para ter lucros e asseguram que a solução está num “sistema misto. Urge que os hospitais públicos e privados possam ser objecto da livre escolha do cidadão”, diz o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, Teófilo Ribeiro Leite. O economista Pedro Pita Barros simplifica a questão: “São sempre os cidadãos que pagam, de uma forma ou de outra. O problema é definir como e quanto”.

A resposta consta do relatório final da Comissão para a Sustentabilidade do Financiamento do SNS, de que Pita Barros fez parte, tornado público esta semana. A receita está na mão do ministro da Saúde, Correia de Campos, há quatro meses, mas foi mantida em segredo.

Diminuir o número de utentes isentos, aumentar as taxas moderadoras, reduzir os benefícios fiscais, retirar o financiamento público aos subsistemas e, em último recurso, criar um imposto para a Saúde são algumas das medidas polémicas preconizadas e que, pela contestação esperada, foram mantidas em segredo. Mas um canal televisivo antecipou-se e publicou o documento. Correia de Campos teve de ceder, justificando o silêncio com “o interesse em não suscitar uma discussão quando não se tinha uma noção da situação orçamental”. Contas feitas, o ministro garante agora que “não haverá mais medidas de contenção até ao final do mandato”.

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