�O Quieto Animal da Esquina� -- LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPOR�NEA

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Date Posted: 13:18:15 04/29/07 Sun
Author: Oziane Barbosa
Subject: �O Quieto Animal da Esquina�

A obra de Jo�o Gil Berto Noll �O Quieto Animal da Esquina� Nara a hist�ria de um jovem que mora com a m�e desde que o pai desaparecera, desempregado se v� obrigado a morar em um pr�dio invadido e inacabado.
O narrador vaga nas ruas de Porto Alegre n�o a procura de emprego, mas de aventuras que fizesse o tempo passar, pois parecia solit�rio e desajustado.
Nada, por�m o evita seu jeito malandro tendo rea��es por vezes violentas e inesperadas. Isso pode ser afirmado quando o mesmo tem um envolvimento amoroso for�ado com sua vizinha que o leva a pris�o. Talvez essa seja uma caracter�stica aos narradores de Noll.
Na pris�o, o narrador ouvira chacota dos amigos de sela quando os sabem do que acontecera. Resgatado por um homem desconhecido vai morar numa ch�cara pr�ximo a cidade de Porto Alegre, onde o narrador possa a conviver com a personalidade forte do tal amigo e da esposa do amigo e mais outro amigo que ali morava tamb�m.
Percebe-se que o narrador � de um car�ter bem malandro. V�rios ind�cios apontam para tal afirma��o: ainda no inicio tem um relacionamento for�ado pensou em roubar a pr�pria m�e e teve um envolvimento com a empregada do amigo que o acolheu.
Vivendo na zona rural, passou a fazer servi�os t�picos daquele lugar: ordenhar entre outras. A esposa de Kurt, seu amigo sofre um C�ncer. Ent�o partem os tr�s ao Rio de Janeiro � procura de tratamento para a jovem.
A esposa do amigo morre. Muito tempo se passa os dois de volta a Porto Alegre. Kurt, velho de cabelos brancos, a empregada por sua vez gorda. O narrador volta � cidade onde numa noite resolve sair e depara com uma mulata com quem tem um envolvimento r�pido nos moldes de seus relacionamentos habituais.
O relato finaliza com o narrador tomando um banho no lago propriedade, nadando em dire��o � margem onde Kurt sorrindo como quem se sente pequeno diante de uma situa��o.
O Quieto Animal da Esquina, o sentido se projeta pelas frestas do comportamento dos personagens.
Assim como nas obras de Noll, a citada acima possui caracter�stica do autor: O narrador sempre sem, nome, aus�ncia do pai, sexo...
A linguagem, como o cinema e a m�sica, dos quais toma emprestados uma gram�tica da imagem e os andamentos e ritmos a obra de Noll n�o se recusa � interlocu��o com a pr�pria literatura.
O narrador lembra �O estrangeirismo� de Cameus, no qual o protagonista agia aos acontecimentos a sua volta com indiferen�a e frieza.
O estrangeirismo, ele recebe como um acontecimento normal � morte da sua m�e. Frieza essa notada na obra de Noll, o narrador longe da sua m�e resolve escreve � l�, mas n�o quer endere�ar a carta para que ela n�o saiba seu paradeiro. Ou seja, s� quer falar que est� bem e s�.
A compuls�o pelo movimento, pelo deambular, pelo perder � se na cidade � outra caracter�stica que Noll compartilha com outros escritos contempor�neos: Que fazem dos peda�os urbanos uma express�o como as m�quinas do cinema do car�ter inumano das constru��es humanas.

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COMENT�RIO -- Ivan Cupertino, 11:31:46 05/03/07 Thu