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Subject: Só dois apontamentos... | |
Author: Guilherme da Fonseca-Statter |
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Date Posted: 14/07/08 23:44:11 In reply to: Fernando Penim Redondo 's message, "Do mal o menos ?" on 12/07/08 19:53:23 Primeiro apontamento: O "modelo social europeu" tem pouco (ou nada) a ver com o colonialismo. O chamado "contrato fordista" resultou quer do esforço de reconstrução do pós-guerra (os "Trinta Gloriosos" anos de crescimento económico, quer sobretudo da exigência de sindicatos e do medo do "perigo do papão comunista" por parte dos governos ocidentais. Os industriais americanos e o seu governo investiram em grande quer na Alemanha Ocidental, quer na Coreia do Sul. Mas se ali não houvessem já centenas de milhares de operários qualificados, engenheiros e outros quadros, não havia crescimento para ninguém. O "declínio" da Europa (e dos EUA) é antes o declínio do referido "estado social" (que até tem origens remotas nas medidas de Bismark - ainda a Alemanha não tinha quaisquer colónias - recomendadas pelos "socialistas de cátedra" de que falava Marx). Vejamos: o Estado Social funciona como re-distribuidor da riqueza social produzida. Para isso utiliza os impostos. Simples. Só que, em 1964 a taxa de impostos sobre os rendimentos mais altos era, nos EUA, de 91%. No Reino Unido, antes da Tatcher chegar ao poder em 1979, era de 83%. Em França, ainda no tempo do Raymond Barre (1980), era de 80%. Hoje nesses mesmos países ("comme partout ailleurs"...) as taxas de impostos sobre os rendimentos mais elevados rondam os 35% a 40%... De acordo com o FMI, nos países do G7, a parte dos salários no PIB desceu 5,8% entre 1983 e 2006. De acordo com dados da própria Comissão Europeia, a parte dos salários no PIB da UE, caiu 8,6%. No caso da França, por exemplo, essa queda da fracção que cabia aos salários corresponde a uma transferência liquida de riqueza social, dos trabalhadores para os detentores do capital, na ordem dos 150 mil milhões de euros, mais de 10 vezes o défice da respectiva Segurança Social... Segundo apontamento: "Os jornais e as TV's acabam de dar grande relevo a uma série de violentos motins, nos bairros periféricos de Bombaim e de Nova Deli - na sequência de motins semelhantes em Pequim e Shangai - onde milhares de trabalhadores imigrados, oriundos sobretudo da Europa e dos Estados Unidos (no caso das duas metrópoles chinesas parece que também haverá alguns japoneses e coreanos, mas nota-se menos...), reclamam pela legalização do seu estatuto de "trabalhadores convidados". Os governos da Índia e da China ponderam seriamente recambiar para os seus países de origem os muitos milhares de trabalhadores europeus e americanos que ali procuram, em desespero, fugir à situação decadente dos seus países de origem. Para já foram dadas instruções severas aos consulados daquelas potências asiáticas para restringirem ao máximo a emissão de quaisquer vistos, mesmo que por razões humanitárias e "reunificação familiar". As ONG's de intervenção cívica destas duas potências começaram já campanhas de protesto contra as alegadas discriminações "racistas" e anti-europeias. Entretanto, no México as autoridades terão dado instruções à Guarda Fronteiriça para impedir "por todos os meios" quaisquer tentativas de imigração por parte dos antigamente poderosos vizinhos do Norte". [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |