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Subject: o-que-eu-penso.


Author:
Juvenal
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Date Posted: 16/05/08 15:26:39


O mundo inteiro transforma-se para regressar ao ponto onde outrora se encontrava, numa vida anterior”
Werner Schwab
Pensei escrever algo sobre o 1º de Maio, que reflectisse a importância que teve e tem esta data.
Quando tentava ordenar ideias sobre o tema, sempre me assaltavam duas percepções, que no fundo são inseparáveis, pelo conteúdo e pelo significado.
O 1º de Maio de 1974, com a força e unidade dos trabalhadores exibida com tanto entusiasmo e emoção e as preocupações e sofrimento que os trabalhadores vivem na situação politica actual.
Pólos distantes e opostos duma realidade nascida em 25 de Abril e que em suave declive, insuspeitável como possível nessa data, tornaram pesadelo a vida de milhares e milhares de famílias neste triste Portugal.
Consequências directas da recuperação capitalista após o 25 de Abril e da chamada Globalização.
Esta "Ditadura do Mercado Mundial", não só afasta os cidadãos no que diz respeito às principais decisões, como fragiliza a democracia e cria gravíssimos problemas no mundo do trabalho
As lutas que se desenham no horizonte para os trabalhadores, pouca diferença irão fazer das lutas que tiveram lugar nos primeiros, 1ºs de Maio, quando se começava a reivindicar melhores salários e redução das jornadas de trabalho, nos primórdios do “Modo de produção capitalista”.
Ocorrem-me ao pensamento as palavras de Parsons, um dos pioneiros da luta pela emancipação dos trabalhadores, em consequência da qual , em 1889 foi um dos condenados á morte e enforcado, pela “justiça” dos Estados Unidos:
“A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos, o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos”.
Pode-se pensar que há algum exagero na comparação, mas é a tese a que temos de chegar, tendo em conta as conclusões a que chegou a elite do Capital Financeiro , numa reunião da Fundação Gorbatchev nos finais de 1995.
Nela estiveram presentes cerca de 500 políticos, líderes económicos e científicos, que se consideraram estar em “marcha para uma nova civilização”.
Entre estes “senhores do mundo” encontravam-se, George Bush, George Schultz, Margaret Tatcher, Ted Turner (maior grupo mediático do mundo), o magnata da Ásia do Sul, Washington Sycip, (que se gabava de em 13 anos o volume do seu negócio, passou de zero para 6000 milhões de dólares), etc., etc.
Segundo eles, “os governos e as regras por estes impostos ao mundo do trabalho, perderam todo o significado.” “Contratamos os nossos empregados por computador, eles trabalham por computador e são despedidos por computador. Por agora temos preferência pelos bons cérebros da Índia”
A mais importante conclusão desse conclave resumiu-se no conceito “DOIS DÉCIMOS” que significa literalmente, “que para manter a actividade da economia mundial, dois décimos de população activa serão suficientes. Seja em que país for”. Como os restantes 80%, não vão encontrar emprego, diziam eles: “ Ah! esses vão ter problemas consideráveis”
O gestor da Sun Systems, John Gage chegou mesmo a considerar que a questão será:
“Ter algo para comer ou ser devorado”
O próprio Zbigniew Brzezinski, que foi Conselheiro da Segurança do presidente norte-americano Jimmy Carter, considera que “uma sábia mistura de divertimento estupidificante, permitiria manter de bom humor a população frustrada do planeta”.
“Para ocupar os quatro quintos supérfluos dos habitantes do Globo, como a pressão da concorrência não permitirá às empresas participar nesse esforço social, deverão ser outras instâncias, a ocupar-se dos desempregados.”
Como sugestão “construtiva” para dar “um sentido á existência”, opinam que se devem “dedicar ao trabalho voluntário a favor da colectividade, participação em actividades desportivas e nas associações de todo o tipo, valorizando essas actividades com uma remuneração modesta, “para ajudar milhões de cidadãos a serem conscientes do seu próprio valor”.
Todas a adaptações, como varrer ruas por um salário praticamente nulo ou ainda empregos de criados a troco de miseráveis alojamentos serão feitas por baixo.
“O Estado-previdência tornou-se uma ameaça para o futuro e é impossível evitar um aumento das desigualdades sociais.”
Eis muito sumariamente algumas das ideias que foram expressas naquele encontro de “superlativos profetas” e “sacerdotes” da economia e politica mundial.
Estas previsões seriam possíveis, se por absurdo fosse esse o processo do desenvolvimento técnico e económico natural.
Felizmente que a dialéctica da Natureza não funciona nesses parâmetros.
Os trabalhadores hão-de reflectir seriamente sobre o que o futuro lhes reserva
É um facto que as perspectivas dos trabalhadores são difíceis…… mas a História não se repete!!!.
É um facto que os “Modos de produção”se modificaram.
É um facto que a robótica e a informática, substituem muita mão-de-obra.
É um facto que o nº de pessoas necessário para a produção diminuiu drasticamente
Acreditamos é que a solução passa pela alteração das relações de produção
Essa alteração será possível com a apropriação dos meios de produção, pelas forças produtivas.
Já Marx o dizia no Manifesto do Partido Comunista
Que este 1º de Maio e os que se seguem, demonstrem aos “profetas da desgraça”, que estavam profundamente enganados, quando dos seus luxuosos apartamentos e das suas sumptuosas mansões, não enxergavam a luta que quotidianamente os trabalhadores travam e continuarão a travar para sobreviver e conquistar a felicidade e a dignidade a que todo o ser humano tem direito.

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Subject Author Date
dramaticamente verdade... (NT)Guilherme da Fonseca Statter16/05/08 17:54:35


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