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Subject: Re: Luminárias a petróleo | |
Author: Guilherme Fonseca Statter |
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Date Posted: 4/12/07 18:51:08 In reply to: Fernando Penim Redondo 's message, "Luminárias a petróleo" on 3/12/07 19:34:44 >as comparações são quase inevitáveis. A Rússia nunca foi colónia de nenhuma potência europeia e separou-se da URSS por, entre outras razões, "vulgar racismo" (os eslavos e os "outros"...). A Venezuela foi duplamente colonizada. Pela Espanha (a do Aznar...) e pelos EUA (do Monroe e do Bush...). Por outro lado, ao contrário de um "nacionalismo" fechado, procura uma "federação de interesses" de âmbito continental (vejam-se a sua adesão ao Mercosul e as propostas de integração regional). Além de que o "racismo" lá é de outra natureza... >São dois casos de apelo ao nacionalismo viabilizados pelos combustíveis fósseis. Há outros, como o Irão, mas nos casos em apreço procura-se uma legitimação "democrática". Como digo mais acima, o "nacionalismo" de Chavez é bastante mais internacionalista do que o de Putin. Enquanto que este quer "apenas" recuperar (em pleno) o estatuto de "super-potência", aqueloutro quer "apenas" melhores condições de vida para os povos latino-americanos. Ou seja, o Putin faz gala de "aliança de classes" dentro da "Grande Mãe Rússia" (o partido dele até se chama isso...), enquanto que o Chavez, não sei se faz gala, mas assume claramente a "luta de classes". >No caso da Venezuela o inimigo é o mesmo, o "capitalismo internacional", e Chavez pretende corporizar a resistência à colonização económica pelo grande vizinho do norte. O inimigo não será o mesmo - nos dois casos em comparação - na medida em que o Putin (e os seus apoiantes) assumem-se paulatinamente inseridos na ordem capitalista financeira internacional. Só querem é ser "mais respeitados" (lá nas reuniões do G-8. O simples facto de lá estarem já diz tudo a esse respeito). >Ambos os eleitorados têm que ser considerados "competentes". Claro que sim. E também é preciso "ler" os resultados. E como lá se chegou. Aos 70% na Rússia e aos menos de 51% na Venezuela. E, sobretudo, às taxas de abstenção. >Os venezuelanos, que já votaram Chavez por larga maioria, ao não fazê-lo agora dão um sinal inequívoco daquilo que repudiam. Não sei se é assim tão inequívoco quanto isso. As opiniões de cada um de nós, assim como do editor de La Jornada ou do Alan Woods, valem o que valem. Mas quem tem que saber "ler" os resultados (o sinal que tu dizes "inequívoco") é mesmo o Hugo Chavez. Que, à semelhança do Allende, arrisca a vida nesta estória... >O sucesso económico tornou-se aliás um legitimador imune às vicissitudes políticas e ideológicas. Como diria o outro, "olha que não, olha que não". Ou pelo menos nem sempre é bem assim... Os casos que citas não demonstram exactamente isso, até porque (embora TUDO se possa comparar...) são situações dificilmente comparáveis. >Virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Não sei porquê mas cheira-me (é assim, às vezes também me dá para os palpites...) que se o Hugo Chavez souber gerir bem a derrota (e pelos vistos já começou bem ...), na volta ainda podemos vir a ter aqui o que poderá ter sido um vitória pírrica da Direita. Ou seja, ter-se-ia voltado o feitiço contra o feiticeiro... eh eh eh [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |
Subject | Author | Date |
A 5 coluna do Capital | visitante | 6/12/07 11:22:32 |