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Date Posted: 00:04:31 09/09/03 Tue
Author: Caio
Subject: O sonho e o pesadelo de ser miss

22:22:22 09/06/03 Sat


A entrevista de Ângela Vasconcelos ao O GLOBO pode ter várias interpretações sobre o lado menos glamouroso do Miss Brasil.

Mesmo uma geração de misses depois (a maioria sem o preparo intelectual de Ângela Vasconcelos), vemos algo em comum: quase todas elas são muito jovens quando concorrem e nem sempre contam com estrutura emocional para exercerem as funções de Miss Brasil. Essas funções mudaram com o tempo, a Miss Brasil não é mais o símbolo que era, mas mesmo assim, ela tem contratos a cumprir. Cada vez mais, a atividade da miss é trabalho para profissionais (a miss e a estrutura que deve apoiá-la) e não a idéia de estar vivendo românticamente um reinado de sonhos.

Nos anos 60, o concurso era muito sedutor, romântico, e ela mesmo admite que, apesar da resistência, a vaidade falou mais alto. A favor de Ângela Vasconcelos, além da sua beleza inquestionável, deve ser lembrado que ela cumpriu muito bem todas a suas obrigações como Miss Brasil até o final.

A história do concurso é cheia de situações problemáticas, mesmo no auge.

Gina Mapherson (60), antes de embarcar para o Miss U, afirmou:"nem por 10 milhões de cruzeiros eu aceitaria ser Miss Brasil pela segunda vez".

Stael Abelha(62)e Carmem Sílvia Ramasco (67) renunciaram. Como disse Francine Eickemberg, Miss Brasil Mundo 2000: "não adianta apenas a beleza e o título... é preciso ter vocação de miss".

Ao lado disso, há aquelas que querem ser Miss Brasil a qualquer preço. Fazem dezenas de cirurgias plásticas, passam por solteiras, etc.

Há uma mensagem abaixo da Miss Curitiba 2003 que revela, porém, boas razões para um jovem mulher viver a experiência de ser miss. Sem nenhuma vergonha.


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