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Date Posted: 19:14:12 09/09/01 Sun
Author: Jander
Subject: Miss Rio de Janeiro - Fatos, histórias, fofocas e "causos"

Author:
DIL
Date Posted: 13:25:42 06/03/01 Sun

TEXTO ENVIADO POR E-MAIL POR JANDER... Jander, não importa se o texto é grande. O importante é o conteúdo! O MBMB serve para isto: partilhar histórias e tudo isto que você e outros amigos nos trazem.

Um abraço e obrigado

DIL



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A exemplo do que fizeram os nossos amigos Fábio Castelan (Santa Catarina), Fernando Soares (Minas Gerais) e João Ricardo Dias (Pernambuco), venho contar algumas histórias do meu estado. Por favor, puxem a cadeira, pois a ”prosa” é para lá de longa!

Há muito para se contar sobre o concurso Rio de Janeiro que, sem dúvida, teve os seus dias de glória, principalmente, na época em que foi realizado pelo ”SBT”, pois muitas das modelos, manequins e atrizes que, atualmente, são famosas no Brasil, passaram por ali, em busca de um lugar ao sol, gracas ao fato do mesmo ter se tornado um programa de tevê, assistido por milhares de pessoas, todos os domingos!

Eis aqui alguns ”causos”!

1981 – Representando a cidade de Niterói, antiga capital do estado, a gaúcha Adriana Alves de Oliveira conquistou o título e foi eleita Miss Brasil.

1982 – Márcia (Gabrielle) Giágio Canavezes de Oliveira concorreu na mesma eliminatória que Márcia Cristine de Carvalho Macedo, Miss Clube de Regatas Vasco da Gama. Representando o Arpoador (bairro da Zona Sul carioca), Márcia Gabrielle respondeu que morava em Bonsucesso (Subúrbio do Rio), assim, foi preterida, pois a psicóloga do ”SBT” não aceitava que uma loira alta (1,78m), viesse de um subúrbio (Pode???). Assim, Márcia Cristine passou à final, foi eleita Miss Rio de Janeiro, ficou em terceiro lugar no Miss Brasil daquele ano, foi a nossa representante no Miss Intercontinental, onde, também, ficou em terceiro lugar. Apesar de não ter comecado como modelo, seguiu uma brilhante carreira como tal. Um dos comerciais que fez na tevê, foi para o talco ”Banho a Banho”. Mora em São Conrado.
Curiosamente, Márcia Gabrielle foi convidada a participar do Miss Mundo Brasil 1984. Perguntada por Silvio Santos onde residia, Márcia gaguejou, titubeante, dizendo que morava ora na Penha ora em Bonsucesso (Seria medo da psicóloga do ”SBT”?)… Ficou em terceiro lugar. Sobre Márcia Gabrielle, vale acrescentar que é uma das misses com mais títulos e participacões em concursos, antes de ser, finalmente, eleita Miss Brasil, em 1985. Participou do concurso Pantera 1982, onde ficou em segundo lugar (Na época, o coreógrafo José Reynaldo não gostava dela e apoiou a vitoriosa Diana Burle). Ganhou os títulos de Garota da Feliz Cidade, Rainha da Simpatia da Marinha, Garota Carinho, Garota Rio 1984, Rainha Internacional, do Café entre outros… Ademais, foi várias vezes capa de diversas publicacões da Bloch Editores, onde se tornou uma espécie de musa. Ilustrou revistas como Carinho, Fatos e Fotos e Manchete. Uma curiosidade sobre a vitória de Márcia Gabrielle como Rainha Internacional do Café é que foi àquele concurso sem nenhum apoio. O traje de noite que usara, fora emprestado por um travesti. Sua mãe, dona Enedina, passou toda a noite costurando o vestido, furado gracas aos inúmeros ”shows”. Apesar dos sacrifícios, venceu o concurso, cuja pouca cobertura dada pela imprensa foi devido a alguns jornalistas que a conheciam.
Ainda em 1982, Cátia Silveira Pedrosa (Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro 1982), de Marechal Hermes, subúrbio do Rio, concorreu como Miss Madureira. Chegou à final e ficou em segundo lugar. Em 1983, Cátia concorreu ao Miss Mundo Brasil, venceu, foi ao Miss Mundo, onde ficou em terceiro lugar. Cátia mudou-se para São Paulo, seguiu a carreira de atriz no programa ”A Praca é Nossa” e fez um ensaio para a ”Playboy”. Teve um romance com Wagner Montes, com o qual tem um filho.

1983 – Um ano em que muitas modelos passaram na passarela do teatro Silvio Santos. A campista Magda Cotrofe foi uma delas. Representante do Leme, Magda não se classificou por dois problemas: a sua baixa estatura (1,69m) e o excesso de quadris. Mais tarde, tornou-se famosa, fez algumas aparicões na tevê e foi por diversas vezes estrela da revista ”Playboy” entre outros ensaios para várias revistas, tais e quais ”Fatos e Fotos”. Ademais, vez ou outra, debutava no carnaval carioca. Casou-se, teve um filho, separou-se e mora na Barra da Tijuca.
Miss Niterói, Rosana Benício Campos, era modelo de sucesso e favorita ao título de Miss Rio de Janeiro 1983. Só, não contava com uma ”pedra” no seu caminho, a também modelo Kenny Neob de Carvalho Castro. Apesar das inscricões já estarem encerradas, Kenny conseguiu ser convidada a concorrer, devido ao fato de ter sido eleita Garota de Ipanema 1983, o que teve peso na sua participacão. Na entrevista final, Rosana disse que não aceitaria tal fato, já que Kenny chegou depois da hora e entrara ”pela janela”. Para a sua ira, Kenny venceu o concurso, foi semifinalista no Miss Brasil e chegou a fazer alguns trabalhos como atriz, como na novela ”Tititi”. Apesar de não ter vencido, Rosana seguiu uma brilhante carreira de modelo, fazendo comerciais para empresas como a Mesbla e foi eleita Garota do Fantástico. Curiosamente, Kenny Castro e Magda Cotrofe sairam da mesma turma do concorrido curso de manequim e modelo do ”Senac”, em 1982. Apesar de não ser bonita, Kenny tinha presenca na passarela, gracas ao que aprendeu com a competente Bruna Abranches, no ”Senac”. No Miss Brasil, teve a ousadia de usar vestido e sapatos roxos, na competicão em trajes de noite, e antes de descer as escadas, pôs uma das mãos nas cadeiras, fato não muito comum àquela época.

1984 - Um ano polêmico que, sem dúvida nenhuma, entrou para a história do Miss Brasil, além de mais modelos famosas na passarela. A disputa entre os dois maiores clubes de futebol do Rio de Janeiro, o Clube de Regatas Flamengo e o Clube de Regatas Vasco da Gama, saia dos estádios e comecava o seu ”round” no Teatro Silvio Santos. A gaúcha Anna Glitz fez o seu ”debut” naquele ano e, com o seu rosto lindíssimo, causou impacto na maioria chegando, inclusive, a fazer com que a coreógrafa Joyce saísse com tal comentário: ”Minha filha, pelo amor de Deus, não deixe cair nada!”. Assim, levou o Vasco à final e despontava como favorita ao título. Antes disso, Anna fora eleita Miss Futebol, representando, também, o Vasco da Gama, tendo como vice, ninguém menos do que… Márcia Gabrielle, também, representante do Vasco! Porém, o concorrente Flamengo preparava a sua arma para nocautear o rival através da sua não menos linda candidata ao título de mais bela mulher fluminense, Valéria Freire Pereira. A moca foi classificada e, com o seu corpo perfeito, tornara-se uma das maiores ameacas ao favoritismo de Anna Glitz.
A final do Miss Rio de Janeiro 1984 reservou a Silvio Santos uma das maiores audiências das tardes de domingo. Visivelmente nervosa, diante da grande responsabilidade de favorita, Anna Glitz viu a faixa ser entregue a Valéria que foi eleita por unanimidade. Enfurecida, a torcida vascaína provocou um tumulto no Teatro Silvio Santos, quase provocando um quebra-quebra e linchando os jurados. Valéria foi ao Miss Brasil como favorita, mas, inexplicavelmente, ficou em terceiro lugar. Anna foi convidada a nos representar no Miss Beleza Internacional, onde chegou às semifinais. Mais tarde, foi chamada a concorrer no Miss Mundo Brasil 1985 e, mesmo relutante, aceitou. Não chegou à final. Tornou-se popular, concorreu a Garota do Fantástico, onde também não se classificou, tornou-se jurada do extinto programa ”Batalha do Amor”, da ”Band”, além de ter feito diversos trabalhos como modelo e capa de revistas. Hoje, mora em Jacarepaguá. Naquele mesmo ano, concorreu, ainda, Edilaine de Barros Goncalves, carioca de Bonsucesso, mas representante do Arpoador. Para quem não sabe, Edilaine tornou-se famosa usando o nome de Marcella Praddo, após ter posado para a ”Playboy”, anos mais tarde. Apesar de muito bonita e de ter chegado à final, tinha feras como Anna e Valéria e a baixa estatura (1,68m) contra si. Seguiu uma brilhante carreira de modelo, fez vários comerciais, inclusive para a ”Du Loren” e para o sabonete ”Gessy”, conquistou o coracão de ninguém menos do que Ayrton Senna, com o qual teve um rápido romance e uma suposta filha, Victoria. Depois de ter tentado carreira, também, como cantora, no grupo ”Zug Zug”, Marcella Praddo, resolveu abrir mão de tudo, tornando-se uma anônima evangélica, escondida por trás de roupas discretas e de óculos. Voltou a adotar o nome de batismo, tornou-se comerciária, mora com os dois filhos na Barra da Tijuca e tenta fugir do assédio da imprensa, devido a polêmica quanto a suposta paternidade de Victoria que não é aceita pela família Senna.

1985 – Ano de mais modelos conhecidas. Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro, a tijucana Mônica Valéria Ponce Rodrigues, concorreu nas eliminatórias e teve que ouvir de Matilde Mastrangi, uma das juradas, a seguinte ”pérola”: ”Veja, ’patrão’, a moca tem pouco busto!”. Mônica não venceu aquela etapa, mas foi convidada a representar o estado no Miss Brasil Internacional 1985, onde ficou em terceiro lugar. Cheguei a vê-la, nas ruas da Tijuca e me pareceu mais baixa do que os 1,76m que diziam ter.
Chegaram à final a Miss Niterói, Elizabeth Cristina Gama Dutra, a Miss Leblon, a modelo Carla Fonseca de Lima Godinho (de Santa Teresa) e a Miss Tijuca (Não estou certo quanto a isso), Cláudia Cordeiro da Cruz.. No júri do concurso estava presente Rogéria que deu seu voto a Carla explicando que a moca tinha uma estatura (1,77m) capaz de impressionar em concursos internacionais, já que as suecas, por exemplo, eram altíssimas. Aconselhou Carla a dar um jeito nos cabelos, a fim de dar mais luminosidade ao rosto. Disse, ainda, que as outras candidatas estavam mais para ”panterinhas” do que para misses. Carla venceu por unanimidade, foi ao Miss Brasil e ficou em quarto lugar. Atualmente, estudava jornalismo e namorava o falecido diretor global Paulo Ubiratan. Quanto as ”panterinhas” seguiram o seguinte destino: Elizabeth Cristina casou-se com Marquinhos Drummond (filho do banqueiro de bicho Luizinho Drummond, ex-presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e patrono da Imperatriz Leopoldinense), adotou o nome de Beth Drummond e é um dos principais destaques da escola. Cláudia tentou ser apresentadora de programas, até que, finalmente, teve a sua grande chance na ”Globo”, onde, hoje, é uma das jornalistas mais conceituadas, apesar de se recusar a fazer coberturas externas. A exemplo de dez entre dez ”globais”, mudou-se para a Barra da Tijuca, o bairro dos ”emergentes”.
Nos bastidores, Valéria chorava copiosamente, pois ouvira de Silvio Santos que não deveria ter sido eleita Miss Brasil 1984. Entregou a faixa a Carla com lágrimas nos olhos. Seguiu carreira como arquiteta, apareceu algumas vezes desfilando na escola de samba Estácio de Sá e, hoje, coincidentemente, é vizinha de Márcia Cristine (Miss Rio de Janeiro 1982), no bairro nobre de São Conrado. Ainda no júri daquele concurso, estava o polêmico e falecido Carlos Imperial que disse: ”Todos nós sabemos o defeito que há no corpo de Anna Glitz”.
Também naquele ano, a fluminense Márcia Gabrielle, finalmente, conseguia ser eleita Miss Brasil, depois de uma árdua trajetória e uma derrota no seu próprio estado. A convite de amigos, foi a Mato Grosso, onde concorreu ao Miss Cuiabá. Perdeu, por ter sido considerada ”forasteira”. Dona Naná, mãe da amiga Ercília tratou de correr, a fim de inscrevê-la por Barão de Melgaco, cidade do pantanal mato-grossense. Márcia venceu o Miss Mato Grosso, surpreendeu a todos ao surgir no Palácio das Convencões do Anhembi como representante daquele estado e deu no que deu! Atualmente, é dona do salão ”MG Brasil”, no Jardim Botânico, e mora no Recreio dos Bandeirantes. Ainda tem lacos com o subúrbio, pois os seus pais continuam a residir no mesmo endereco, em Bonsucesso.

1986 – Não foi um dos anos mais emocionantes! As eliminatórias do concurso foram divididas entre o programa Silvio Santos e outros programas do ”SBT”, como o de Flávio Cavalcanti. Andréa Lima Affonso, Miss Tijuca, venceu com facilidade o concurso, que não contou com candidatas de grande nível. Lembro-me que na eliminatória a qual venceu, havia uma negra cujo nome era Edna e concorria como Miss Jardim Botânico. Uma moca lindíssima e com um sorriso encantador. Mas, a loira, gigante (1,81m) Andréa venceu e só chegou às semifinais de um concorrido Miss Brasil que teve candidatas como a gaúcha Deise Nunes, a paulista Solange Alves Correia e a sul-matogrossense Ana Cristina Cestari, cujas medidas perfeitas davam um banho nas da fluminense. Andréa continua residindo na Tijuca e tem um escritório no Centro do Rio.
Naquele mesmo ano, curiosamente, Márcia Gabrielle era uma das juradas do concurso. Mais uma vez, Silvio Santos perguntava: ”Carioca de onde, Márcia?”. Ao que ela respondeu: ”Carioca do Leblon”… Do Leblon??? Que história é essa, se o Rio de Janeiro inteiro sabe que ela é original de Bonsucesso e morava às margens da Favela da Maré, reduto dos famosos bandidos Irmãos Metralha? Seria vergonha do passado ou porque, na época, era noiva de Fábio Tenório (neto do lendário Tenório Cavalcanti) e haviam comprado um apartamento na famosa Avenida Delfim Moreira, de frente à Praia do Leblon, onde residiriam, após casados? Até hoje, não entendi essa de Márcia negar as origens, depois de ter se tornado famosa… Admiro, e muito, a ela, porém, que coisa mais feia! Essa pegou muito mal!

1987 – Pela primeira vez, a recém-emancipada Arraial do Cabo (Ex-distrito de Cabo Frio), enviava uma candidata ao Miss Rio de Janeiro. A ”baixinha” (1,73m) Gisele Brasil Macedo venceu com facilidade o concurso. Foi semifinalista do Miss Brasil e eleita Miss Simpatia. Continua morando em Arraial.

1988 – A tijucana Simone Martins Bork que havia sido eleita Miss Turismo, foi coroada Miss Rio de Janeiro naquele ano. Com os seus 1,82, foi semifinalista no Miss Brasil.

1989 – Simone Bork passou a faixa à sua homônima, Miss Jardim Botânico, Simone Rodrigues Julião que foi semifinalista do Miss Brasil, onde desfilou de ”band-aid” e maquiagem, pois queimou a perna em um holofote, durante os ensaios no Palácio das Convencões do Anhembi. Simone foi apresentadora do programa ”Rio Urgente”, da extinta ”TV Rio” (Hoje ”Record”), ao lado de Eliana Pittmann.

1991 – A Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro, Márcia Barbosa da Silva, foi convidada a representar o estado no Miss Brasil daquele ano. Mais tarde, Márcia concorreu ao título de Garota do Fantástico, onde não se classificou, e fez participacões em novelas, como ”O Dono do Mundo”.

Curiosidades:

Em 1966, Marina Montini concorreu como Miss Catumbi. Numa época em que as loiras estavam em alta, ficou em terceiro lugar, perdendo para as irmãs Ridzi. Mais tarde, a mulata Marina foi modelo do pintor Di Cavalcanti e conquistou o mundo com a sua beleza.

Lembro-me do competicão em trajes de banho, de uma final do concurso, onde as candidatas de vários municípios desfilavam à beira da piscina de um hotel. A minha favorita era a Miss Petrópolis que me chamou a atencão em uma época em que as negras não estavam em alta. Infelizmente, não chegou às semifinais! Acredito que isso foi em 1978 ou 1979, uma das melhores épocas do evento.

Na final de 1984, a altíssima (1,81m) Miss Tijuca, Bianca Ramalho, revelou a Silvio Santos que não acreditava na fidelidade dos homens e não punha a mão no fogo nem pelo próprio pai. Foi um momento hilário!

Durante a era Silvio Santos, o subúrbio do Rio de Janeiro quase não existia no concurso. Candidatas oriundas de bairros mais distantes eram obrigadas a representar as áreas nobres, como a Zona Sul e a Tijuca. Outro fato é que, geralmente, as mocas representavam bairros e intituicões esportivas da cidade do Rio de Janeiro e, raramente, outros municípios participavam. Quando isso ocorria, eram, geralmente, mocas vindas de Niterói e de bairros daquela cidade, por isso, a disputa ficava concentrada entre o Rio de Janeiro e Niterói, sendo que a capital do estado venceu folgadamente, porque a disputa era desleal.

Naquele tempo, percebia-se uma ampla participacão de personalidades hoje famosas. Muitas eram destaque em escolas de samba, participavam de bailes de carnaval, de programas de tevê, entre outras atividades, o que as tornaram conhecidas na sociedade carioca.

A projecão e os prêmios dados por Silvio Santos eram atraentes o bastante, a fim de tornar altíssimo o nível das candidatas. Recém-saídas dos melhores cursos de modelo da cidade, viam na televisão um porta para as suas carreiras. Ademais, quem não queria ganhar um automóvel zero, jóias, um guarda-roupa completo, uma viagem para qualquer lugar do Brasil, além, é claro, de ser ovacionada por um público que lotava o Palácio das Convencões do Anhembi? Brega ou não, bons tempos aqueles!!!

Recordo-me que, num ano qualquer (Creio que em 1983), para a minha surpresa, surgiu no palco uma Miss Nilópolis (cidade da Baixada Fluminense, região pobre do estado do Rio de Janeiro que, sequer, tinha os seus municípios convidados a participar). Homenageando os cabeleireiros (Sim, naquela época as candidatas homenageavam uma determinada profissão, lembram-se?!), a moca desfilou com uma enorme peruca tipo ”black power”, que parecia a enorme cabeleira de Michael Jackson, nos seus tempos de negritude. Foi, sem dúvida, um dos trajes mais engracados que já vi, antes da vendedora de bonecas da Miss Sírio e Libanês (Cujo nome não me lembro), na final de 1984, o que rendeu algumas gracinhas de Silvio Santos!

A Miss São Conrado (bairro da Zona Sul do Rio), Maria Helena Lanzelotti (original de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense), visivelmente nervosa, gaguejou, teve um ”branco” e não conseguiu fazer a sua apresentacão. Saiu do palco aos prantos. Mais calma, na entrevista, explicou que quando participava de concursos onde não tinha que falar, não ficava tão tensa. Mas quando tinha que abrir a boca… Apesar de lindíssima de rosto e do corpo perfeito, jogou o título no lixo, pois os jurados acharam por bem não dar o título a uma candidata tão insegura. Foi uma pena! Não me recordo o ano exato em que isso aconteceu.

Acho que em 1987, surgiu, nas eliminatórias, uma candidata, de nome Desirée. Já conhecia a moca, pois a vira em alguns bailes de carnaval. Feia, dentuca e meio esquisita, Desirée mostrava-se bastante nervosa. Ao se apresentar, dizendo a idade, gaguejou, anunciando, uma hora ter 17, outra 18 anos. Na entrevista, revelou a Silvio Santos que, na verdade, tinha somente 17 anos.

Creio que em 1988, a Miss Vila Isabel (Famoso bairro da Zona Norte, terra do compositor Noel Rosa), Alexandra Elisa Manzolillo era uma das favoritas nas eliminatórias, pela sua beleza, porte e estatura. Infelizmente, teve a sua chance destruída, devido a um probleminha: Os pés virados para dentro! Quando a encontrei na porta do ”Senac”, em um dia de prova de selecão ao concorrido curso de manequim-modelo, curioso como sou, não tive dúvidas: Tratei logo de conferir o ”detalhe do pezinho”! Realmente, era verdade! Linda a moca, mas, sofria da ”Síndrome do Pavão”…

Em 1994, Patricia Leal Assumpcão levou o título para Campos dos Goytacases, cidade do norte-fluminense e foi a quarta colocada no Miss Brasil.

Tatiane Garcez de Barros Brigagão da Silva concorreu ao título de Miss Cidade do Rio de Janeiro 1995, representando Campo Grande, bairro da Zona Oeste do município. Não venceu, mas foi candidata ”biônica” por Alagoas, no Miss Brasil do mesmo ano, onde foi semifinalista.

Se não me engano, a Prefeitura do Rio foi patrocinadora do concurso de 1994 a 1999 (Por favor, corrijam-me, caso esteja errado!).

Em 1997, Janaína Berenhauser foi eleita Miss Simpatia no Miss Brasil. No ano seguinte, representou o país no Miss Intercontinental, onde foi vencedora.

Em 1998, o Rio de Janeiro conquista outro título de Miss Simpatia no Miss Brasil, através de Alessandra Santos Correa.

Paula de Souza Carvalho foi vice no Miss Brasil 1999 tendo, assim, o direito de nos representar no Miss Mundo, onde não se classificou.

A niteroiense Keity Gripp foi a quarta colocada no Miss Brasil 2000.

Isso é tudo o que posso dividir com vocês! De 1991 para cá, o Miss Rio de Janeiro se perdeu, não devido aos seus organizadores, mas gracas aos efeitos causados pelo fracasso do Miss Brasil e da falta de popularidade desse tipo de certame no meu estado. Assim, não há fatos marcantes nem muito para se contar (Pelo menos, da minha parte, porque depois de 1989, não se havia mais acesso a quaisquer informacões, pois a imprensa largou de vez o concurso. Hoje, gracas a ”internet”, podemos resgatar um pouco desse tempo perdido e usar a memória, a fim de reconstruir uma parte desse acervo histórico)!

Desculpem-me pelo texto tão longo, mas são tantas as histórias que dariam uma ”Bíblia”. Não poderia deixar de passar o pouco que sei para vocês!

Espero que tenham se divertido.

Abracos,

Jander

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