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Date Posted: 23:10:21 08/25/01 Sat
Author: Dil
Subject: Este assunto rende....

Friday, 15-Dec-00 17:14:56

Amigos deste message board,

Em primeiro lugar, constato com satisfação que estamos tendo debates muito ricos aqui. Creio que, apesar de modesta, esta é uma contribuição interessante para os rumos dos concurso no Brasil. Acho muito provável que, além de nós, admiradores dos concursos, pessoas como organizadores, candidatas e profissionais envolvidos passem aqui de vez em quando. Debater o futuro dos concursos, especialmente do Miss Brasil, é muito saudável. Creio, por princípio, que a maioria absoluta do que freqüentam este message board, lendo, fazendo observações, estão movidos pelo interesse em contribuir.
Por isso, torço para que, cada vez mais, este message board seja realmente um fórum democrático de debates. E sendo democrático temos todo o direito de divergirmos. Se estivéssemos movidos por uma única visão da realidade, nenhum crescimento seria possível em nenhuma atividade individual ou coletiva. O importante é trocar idéias, mesmo divergentes, sem desqualificar aquele com qual não concordamos.
Concordo com as ponderações de Sandra sobre a relatividade da beleza. No entanto, quero frisar que em nenhum momento tentei desmerecer as belíssimas mulheres que foram bem sucedidas nos concursos. A influência política e econômica não podem ignorar a inteligência do público e premiar alguém sem nenhum mérito, mesmo que não seja a melhor. Por isso, creio, a vitória de Pryanka foi mal recebida.
Entendo, porém, que a vitória não resulta necessariamente de um lobby político ou econômico. No entanto, mesmo nestes casos, quando a vencedora - com méritos - é uma Mpule, muito provavelmente há interesses econômicos voltados para a África. A eleição de duas Misses U negras - ambas belas e merecedoras - sucessivamente resulta das pressões mais que legítimas do movimento negro e, é claro, da indústria de cosméticos para este segmento da população. Penso que o fator econômico, pressionando direta ou indiretamente nos resultado gerais, tem se consolidado especialmente a partir dos anos 90. Por que os concursos ficariam fora da globalização?
Quanto ao profissionalismo, tema mencionado por Cessar, entendo que uma produção como o Miss Universo ou o Miss Mundo só são viabilizadas porque se inserem na indústria de entretenimento de beleza. Creio ser com profissionalismo ( o mesmo atributo que requer uma modelo) que determinadas misses chegam mais longe ou não. Cinderela, ao meu ver, são as misses do tipo anos 60 - muitas delas realmente belas - cuja intenção no concurso era ocupar um símbolo à época socialmente valorizado. O problema, no caso brasileiro, ainda é insistir neste modelo. Durante muito tempo era possível, tendo medidas perfeitas, beleza e carisma vencer um concurso. Foi a época de ouro das brasileiras. Mpule e as indianas que venceram os concursos internacionais, independente da sua origem social, entraram no concurso com parâmetros profissionais.
É possível que os concursos de miss tenham atualmente mais repercussão nos chamados países de terceiro mundo. Algumas sociedades valorizam mais ou menos este tipo de certame. No entanto, apesar de neste caso Venezuela e Índia serem atualmente países emblemáticos, se considerarmos números de vitórias, finalistas e semifinalistas nos 3 principais concursos, a hegemonia dos EUA é folgada.
Como admirador de futebol, não me interessa se a partida é entre países do " 3º mundo " ou no 3º mundo. Eu quero é um bom espetáculo. Aliás, não é por acaso que a FIFA investe pesadamente no futebol africano que encanta a tantos e exporta valores para os grandes times. E futebol é negócio, como sabemos. Os concursos, seja com capital indiano, nortea-americano ou inglês são mais do que nunca negócios. E se não forem, não sobrevivem.
Enfim, um abraço a todos. Espero encontrar no Rio aqueles que virão para o Miss Brasil 2001.
DIL

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Olhando o passado de olho no futuro Thursday, 14-Dec-00 18:53:45

A " era Sílvio Santos " foi responsável pela decadência do concurso, já em ritmo de ladeira abaixo no final dos Diários Associados, a partir sobretudo de 1975. Se várias das vencedoras eram belíssimas nos 80s, diversas candidatas foram estranhamente excluídas das top 3. Quem acompanhou à época pode comprovar isto. Quem não teve a oportunidade, leia a respeito no Globalbeauties. Um aspecto, porém, deve ser mencionado. Nunca conheci os bastidores do concurso mas recordo-me do próprio Silvio Santos afirmando da importância das brasileiras terem bom desempenho em traje típico. Este, sem dúvida, era um aspecto contemplado. O velho problema do vestido já existia então. Numa reportagem da época, mencionava-se os prejuízos causados a Adriana Oliveira (4º lugar/Miss U 81) por um vestido comprado à última hora em Nova York.Quanto à preparação das representantes brasileiras durante a " era Silvio Santos" , tenho dúvidas de que tal tenha ocorrido num padrão além daquele que já vinha dos anos 60. Como sugere Deise Nunes numa reportagem abaixo citada, ser miss no Brasil não é carreira. Nos anos 80, este já era o diferencial na Venezuela como veio a ser também na Índia nos 90 (mesmo com eventuais equívocos que já discutimos aqui).Ainda este ano vimos a fantasia de Cinderela coroada ser resgatada no caso Josiane pelo próprio Miss Brasil. Insistir neste modelo é ir na contramão do profissionalismo que vemos hoje. A última Cinderela foi a bela Rejane Vieira da Costa em 72. Hoje as Cinderelas, mesmo quando lindas, dificilmente terão oportunidades nos concursos internacionais se não projetarem profissionalmente a sua performance com o apoio dos concursos nacionais pelos quais foram eleitas.Concurso de beleza é indústria. Soluções domésticas, provincianas e artesanais têm poucas possibilidades de sucesso.O importante, diferenças à parte, é estarmos aqui dialogando a respeito disso tudo. Creio que, na medida do possível, estamos ajudando a melhorar a situação.Um abraço a todos

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Profissionalismo , choradeira e mudanças! Thursday, 14-Dec-00 08:19:20

Concursos como o Miss Universo e o Miss Mundo sempre foram influenciados, em maior ou menor escala, por interesses políticos e econômicos. Aliás, em vários concursos nacionais também. Como em outras tantas atividades, é muito provável que ocorra corrupção em concursos de beleza. Até hoje há suspeitas fortíssimas, por exemplo, sobre a derrota do Peru por 6 a 0 na Copa do Mundo de 78 para favorecer a Argentina.Seria ingênuo atribuir o sucesso de venezuelanas e indianas (as vêzes merecido e outras, não)à corrupção envolvendo as organizações desses certames nacionais e os internacionais. Tanto quanto deixar de reconhecer que a Argentina é uma potência em termos de futebol.Questiono a vitória da India no Miss Mundo, mas reafirmo: a gafe de Pryanka é uma exceção que confirma a regra no desempenho recente das indianas. Foi uma vitória objeto de tantos questionamentos que o Miss Mundo - no geral melhor do que o Miss Universo deste ano - perdeu uma oportunidade excelente de consolidar seu prestígio. Mesmo na imprensa indiana a vitória do Priyanka foi questionada. O Femina India ficou sob uma suspeita cujo preço pode ser alto para as suas futuras concorrentes.No entanto, deixar de reconhecer a preparação das indianas e venezuelanas como um fator fundamental para o desempenho que têm obtido, associando o sucesso desses países à corrupção, é incentivar o amadorismo que caracteriza a maior dos concursos aqui no Brasil. Sem profissionalismo chegaremos a 2001 lamentando mais uma vez a beleza de nossas misses, mas o vestido e maquiagem inadequados, a falta de desenvoltura em entrevistas, etc etc etc. Para lembrar: em 2001 faremos 20 anos sem finalistas no Miss Universo e Miss Internacional além de um sofrível (e sofrido) desempenho no Miss Mundo (finalista em 83 e 96).DIL

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