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Date Posted: 13:25:18 09/08/01 Sat
Author: MBMB
Subject: A VITÓRIA DO PREVISÍVEL

Author:
DIL

Date Posted: 15:06:16 05/12/01 Sat

A vitória de Denisse Quiñones foi absolutamente previsível. Ao longo das últimas semanas foi se tornando cada vez mais evidente que quem desejasse o título de Miss Universo deveria vencer Miss Porto Rico. Primeiro, pelo méritos dela. Segundo - e fundamentalmente - pelo fato desses méritos terem sido destacados ao máximo em função da realização do Miss U em Porto Rico. Como foi comentado aqui, a derrota da Quinõnes seria algo equivalente à da seleção brasileira na Copa de 50. Tal como na Copa do Mundo de 98 em que a dona da casa, a França, otimizou seu potencial por ser a dona da festa, Denisse beneficiou-se do enorme lobby que teve em seu país desde o momento em que foi eleita. Lobby tão forte que ainda sobrou para se fechar negócio para um novo Miss U em Porto Rico em 2002.

Denisse é uma barbie latina com tudo muito correto: fotografa bem, parece simpática, articulada e tem um rosto bonito, embora com algo "deja vu". A gente tem a sensação que já viu seu rosto em um anúncio publicitário em algum lugar. É aquele tipo de beleza impessoal que a publicidade adora porque não pode se destacar mais que o produto. No entanto, é por isso que vende o produto. Agora ela venderá a marca Miss U, uma estratégia bem de acordo com a onda latina que toma conta do mercado norte-americano. Fora isso, suas declarações conservadoras sobre família e sexualidade caem com uma luva no ideário republicano dos anos Bush. De qualquer forma, parabéns à Denisse e aos porto-riquenhos!

O inovador teria sido a vitória da belíssima Evelina, Miss Grécia, dona de um estilo que a torna bem mais interessante do que Denisse ( à qual eu daria o segundo lugar). Seria uma boa aposta para o Miss U em termos de padrão de beleza e até mesmo pelo inegável apelo simbólico de uma grega como vencedora nos 50 anos do concurso. Ao perder a chance e a justa oportunidade de eleger Evelina, o Miss U cada vez mais se distancia da Europa. Enquanto isso o Miss Mundo ganha cada vez mais e melhores candidatas.

No geral, creio que o nível do concurso este ano, apesar de inferior ao último Miss Mundo, foi melhor que o Miss U de 2000. Apesar de não levar o título, a Europa fez 4 das semifinalistas. O bom time latino só se fez representar por Eva e Denisse. No mais, nenhuma grande surpresa entre as 10, nem mesmo a francesa. Sua classificação serviu no mínimo como desagravo aos constrangimentos pelos quais passou. Ficaram para trás representantes cantadas em verso e prosa nas últimas semanas: Colômbia, Suécia, Bulgária, Irlanda, Portugal, Filipinas, Bolívia, Peru, Republica Dominicana, Antigua, México, etc

Entre as cinco, Miss EUA chegou muito além do que faziam supor os seus deslizes nas preliminares. Ainda prefiro Eva Ekvall em terceiro, mas espero ver a fita do concurso para apreciar melhor as 5 primeiras colocações assim como o show, tão criticado em vários boards.

Juliana Borges teve muita visibilidade, representou bem o Brasil e merece nosso reconhecimento. Felizmente não repetimos a "síndrome do vestido". Creio, porém, que Juliana não conseguiu superar em Porto Rico o marketing negativo que a antecedeu. Ao meu ver, está entre as 15 melhores deste Miss U. Espero que ao retornar ao Brasil, Juliana possa contribuir com sua desenvoltura para uma nova fase do concurso Miss Brasil.

Depois desta ressaca ainda temos que ter fôlego para começarmos perguntar a quem interessar possa: e a Miss Brasil Mundo? Quando será eleita? Como? Quais serão as candidatas?

Um abraço e muito obrigado a todos os que partilharam deste Miss Universo aqui no MBMB. Foi uma delícia.

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