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Date Posted: 13:24:00 09/09/01 Sun
Author: MBMB
Subject: LA FISCHER, A DIVA

Author: MBMB
Date Posted: 01:49:36 06/24/01 Sun



No imaginário brasileiro miss ainda resiste como algo cujo modelo é um misto de Martha Rocha, Ieda Vargas e Marta Vasconcelos.
Cada uma delas e outras como Vera Lúcia Couto, Adalgisa Colombo, Terezinha Morango tiveram mais que 15 minutos de fama. São divas e pronto.
Nenhuma delas, porém, talvez tenha chegado tão longe como Vera Fischer, eleita Miss Brasil em 28 de junho de 1969, há 32 anos.
O Miss Brazil Message Board começa, portanto, a semana homenageando Vera Fischer


Vera, iniciando sua carreira como Miss Brasil, tendo ao lado, Miss São Paulo, Lúcia Alexandrino dos Santos (2ºlugar) e Ana Cristina Rodrigues< Miss Rio Grande do Sul (3ºlugar)


1969 foi um ano especial para o Brasil.
Conforme Zuenir Ventura, " o contrário de 1968, que foi solar e generoso, sintonizado com o mundo, o nosso 1969 político foi de descompasso e desvio. À onda planetária de distensão política e liberação dos costumes, respondemos com a repressão e o obscurantismo. ... o concurso para a escolha da nova Miss Brasil terminou com a vitória de uma catarinense chamada Vera Fischer. Uma nação menos crispada talvez tivesse identificado imediatamente, naquele monumento louro, a mulher que reinaria no imaginário popular nas décadas seguintes". (leia mais sobre 1969 em http://www.terravista.pt/Enseada/1965/brasil.htm)


Ainda em 1969, no dia 20 de julho, o mundo assiste via satélite Neil Armstrong dar o primeiro passo de um ser humano na Lua. Muita gente não acredita até hoje que o homem foi à Lua nem na vitória de Glória Diaz, das Filipinas, como Miss Universo. Vera foi uma das 15 semifinalistas em Miami.



"Nascida em Blumenau, a 27 de novembro de 1951, de uma família de classe média, ela teve que alterar a carteira de identidade para concorrer ao título de miss Santa Catarina em 1969, quando tinha 17 anos, um a menos que o mínimo exigido. Eleita Miss Brasil, não chegou às finais de Miss Universo. Na volta, durante um ano, até meados de 1970, percorreu o Brasil cumprindo o contrato a que estava obrigada. De regresso a Blumenau, trabalhou durante três meses na sucursal da Socila, ensinando as técnicas de desfile que aprendera como miss, mas logo resolveu tentar a sorte no grande mundo: viajou para o Rio com uma amiga catarinense, indo as duas morar num "quartinho horrível" em Botafogo.

Seu primeiro trabalho no Rio foi como apresentadora de um ignorado programa vesperal de turismo, na extinta TV- Rio. Em seguida, fez parte dos júris dos programas de Flávio Cavalcanti e Chacrinha, além de aparecer, entre 1972 e 1973, em sete pornochanchadas, três das quais com o ator Perry Salles, com quem casou e teve uma filha. Depois de participações em programas humorísticos da Tupi, estrelou com Perry o filme "Intimidade", produzido pelos dois e dirigido pelo inglês Michael Sarne, no qual se foram as economias de muitos meses. Vieram então as novelas da Globo - Espelho Mágico, Sinal de Alerta e os Gigantes - e os filmes Dora Doralina (1978) e Bonitinha Mas Ordinária (1980). O personagem Vivian, em Coração Alado consagrou-a definitivamente como atriz perante o grande público.
Fonte: http://www.engenhovirtual.com.br/historia.htm

"O Brasil teve muitas musas, mas poucas tão explosivas quanto Vera Fischer. De Miss Brasil a uma Jocasta endiabrada, a mulher sempre foi maior que seus papéis. Depois de sete pornochanchadas na década de 70, ela já conquistara o imaginário erótico masculino. Sua carreira como atriz dramática só vai decolar na década de 80 e até na Globo, mesmo depois de ter feito três novelas, ela teve de se submeter a testes para conseguir atuar em Coração alado.. Tudo por causa de seu passado peladão. Ninguém conseguia deixar de vê-la como objeto sexual, mesmo quando buscava dar importância e dimensão para seus papéis. Essa duplicidade que ultrapassava a tela sempre a incomodou, mas a vida e a arte se misturaram definitivamente quando atuou em Mandala em 1988 e começou um tórrido romance com o ator Felipe Camargo, seu Édipo na novela."

fonte: http://www.terra.com.br/istoe/comport/1999/12/22/003.htm

Tenho posado para Playboy aos 30 anos, voltou a fazê-lo com 49 anos, ainda símbolo sexual, colocando em questão a sensualidade da mulher madura e quebrando clichês.

Nos últimos anos, realizou vários filmes, novelas, peças de teatro, presença constante na mídia seja por seu talento ou pela sua atribulada sua vida pessoal. Neste caso, vários setores da imprensa reconhecem que seu caso é um exemplo de como a mídia em muitos casos invade a vida privada de uma celebridade.


Por tudo isso, o Miss Brasil teria uma história menos brilhante sem Vera Fischer.

Palmas para Vera Fischer, sempre Miss Brasil!

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