VoyForums
[ Show ]
Support VoyForums
[ Shrink ]
VoyForums Announcement: Programming and providing support for this service has been a labor of love since 1997. We are one of the few services online who values our users' privacy, and have never sold your information. We have even fought hard to defend your privacy in legal cases; however, we've done it with almost no financial support -- paying out of pocket to continue providing the service. Due to the issues imposed on us by advertisers, we also stopped hosting most ads on the forums many years ago. We hope you appreciate our efforts.

Show your support by donating any amount. (Note: We are still technically a for-profit company, so your contribution is not tax-deductible.) PayPal Acct: Feedback:

Donate to VoyForums (PayPal):

Login ] [ Main index ] [ Post a new message ] [ Search | Check update time | Archives: 12345678[9] ]


[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]

Date Posted: 19:06:33 09/09/01 Sun
Author: Dil
Subject: O IMPÉRIO DA BELEZA INDIANA: tradição e renovação... um país em mudanças que encontra sua face em Sushmita, Aisharawya, Diana, Yukta, Lara, Pryanka

Date Posted: 23:51:26 06/07/01 Thu

Em edições recente da VEJA, há duas matérias interessantes sobre as modificações pelas quais vem passando a Índia, resultado da abertura econômica que tem mudado hábitos milenares.
Fica evidente a relação entre este processo e o sucesso das indianas nos concursos internacionais a partir dos 90s, um fenômeno que muitos não conseguem explicar mas que talvez comece a fazer sentido quando percebemos os rumos do país no últimos anos. Nesta abertura econômica, os concursos de beleza provavelmente passaram a ser um negócio lucrativo, associado a um mercado em expansão e a novos valores culturais.


Até 1994, o único título internacional da India foi o conquistado por Reita Faria, Miss Mundo 1966


A maioria dos olhares de cobiça dos empresários volta-se quase que automaticamente para a China. Nos últimos tempos, porém, um outro mercado está mostrando que pode consumir em larga escala. E põe larga escala nisso. Essa nova vedete dos investidores é a Índia, cuja população demonstra estar cada vez mais ávida por ter acesso a hábitos do Ocidente, sejam eles o golfe ou os produtos cosméticos, a última febre de consumo do país. Não existe hoje outro negócio no mundo tão vantajoso quanto vender esse tipo de coisa para quase meio bilhão de mulheres que passaram décadas sendo obrigadas a usar apenas duas marcas de batom. Depois de abrir suas fronteiras ao comércio exterior no começo da década de 90, a Índia transformou-se no terreno mais fértil do mundo para a expansão dos negócios da indústria internacional de beleza. Atualmente, as vendas de cosméticos movimentam por ali 1,5 bilhão de dólares ao ano e crescem ao ritmo de 20% a cada doze meses, o dobro das taxas registradas na Europa e nos Estados Unidos. Grifes internacionais, como a L'Oréal e a Christian Dior, já perceberam esse movimento e estão despejando quase todos os itens de seus catálogos nas lojas indianas. Não sobra quase nada nas prateleiras.


Os produtos mais procurados pelas consumidoras são ainda coisas básicas, como batons de longa duração, esmaltes de secagem rápida e cremes anti-rugas. Eventos como desfiles e feiras de moda são cada vez mais comuns. É lógico que tudo isso vem acompanhado do clima de surrealismo que cerca todas as coisas que vêm da Índia. A última moda das passarelas, por exemplo, é utilizar eunucos como modelos. Centros estéticos que realizam procedimentos como cirurgias plásticas e a retirada de rugas pelo método de peeling a laser dobraram o número de consultas nos últimos tempos. Todo esse crescimento está formando uma geração de beldades que começam a fazer sucesso internacional. Nos últimos sete anos, nada menos do que seis indianas foram eleitas miss Mundo ou Universo. A última delas foi a escultural morena Lara Dutta, 22 anos, que recebeu o cetro de miss Universo em maio de 2000. Ela é um bom exemplo dos hábitos globalizados das modernas mulheres indianas. Lara adora comida italiana, idolatra a atriz americana Jodie Foster e sonha em trabalhar como jornalista da rede britânica BBC



A seguir, alguns trechos da reportagem de Eduardo Salgado publicada esta semana:
“... uma parcela significativa da população indiana está se tornando cada vez mais parecida com os visitantes ocidentais. Nos últimos dez anos o país passou por uma explosão de consumo sem precedentes.
De cada seis seres humanos, um é indiano.... Depois da independência em 1947, a Índia levou ao extremo a substituição das importações pela produção nacional. .. Quem tinha dinheiro viajava para o exterior para adquirir itens banais, como cosméticos. Isso começou a se modificar coma a abertura econômica na década passada.... O resultado são mudanças que estão em toda parte.
Mulheres trajando jeans e roupas de marcas internacionais, antes inexistentes, já não
causam surpresa.. “A influência do ocidente é forte entre os jovens”, diz o cientista político Ashis Nandy....
Um mulher divorciada já não é tão estigmatizada como no passado. O conceito de beleza afinou-se. Por séculos, a beleza esta nas formas roliças...
A Índia mudou desde que a primeira indiana ganhou o título de mulher mais bonita do mundo em 1966. Naquela época, a maior parte das concorrentes era cristã ou de outra fé minoritária porque as adeptas do hinduísmo, religião de 80% dos indianos, prefiram morrer a ter de passar pela vergonha de usar maiô. O país hoje adora este tipo de concurso. No ano passado, a Índia ganhou o de Miss Universo. A premiada usa roupas de grife, tem personal trainer e manicure, coisas normais no Brasil, mas estranhas à cultura local.
“Podemos dizer que as indianas se libertaram do sári. Agora, usa quem quer, disse a VEJA a escritora Arindathi Roy..."

[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]


Forum timezone: GMT-4
VF Version: 3.00b, ConfDB:
Before posting please read our privacy policy.
VoyForums(tm) is a Free Service from Voyager Info-Systems.
Copyright © 1998-2019 Voyager Info-Systems. All Rights Reserved.