Subject: Há que fazer subir a bolsa! |
Author:
Spartacus
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Date Posted: 21:34:59 09/04/02 Wed
Shroeder contesta eventual ataque norte-americano ao Iraque
EUA pressionam Alemanha
Embaixador norte-americano em Berlim, Daniel Coats, advertiu o governo alemão da possibilidade das relações deste país com os EUA «piorarem» caso o executivo SPD/Verdes persista em opor-se a um ataque das forças militares norte-americanas ao Iraque.
«Se a resistência contra um eventual ataque ao Iraque continuar, há o perigo de as relações com os Estados Unidos piorarem», disse Daniel Coats à agência alemã DPA. O diplomata acrescentou que a Alemanha, com a sua posição, está a isolar-se no seio da União Europeia: «A actual política do governo isola a Alemanha da corrente principal de opinião, até na União Europeia».
A entrevista do embaixador foi precedida por novas declarações de Schroeder contra a participação de tropas alemãs numa guerra contra o Iraque. Em conferência de imprensa hoje em Berlim, Schroeder foi bem claro, dizendo que a amizade com os Estados Unidos «não significa submissão».
Em entrevista ao «Rheinische Post», o chanceler disse que, no seu entender, a proposta de consultas dos Estados Unidos «pressupunha» que Berlim não apenas fosse informada «sobre quando e como», mas seria também chamada «a dizer se», referindo-se a um eventual ataque a Bagdade.
Na opinião de um especialista do SPD em assuntos de defesa, Gert Weisskirchen, a Alemanha prestará, no entanto, apoio logístico aos Estados Unidos, no caso de uma operação militar contra Saddam Hussein, nomeadamente no que se refere à utilização das bases militares norte-americanas em solo alemão, «que deriva do estatuto das tropas norte-americanas na Alemanha e do Tratado do Atlântico Norte».
Weisskirchen advertiu simultaneamente o governo alemão contra a hipótese de denunciar o referido estatuto, «porque então, sim, poderia ser acusado de anti-americanismo».
Mas para Coats «a resistência absoluta» à participação em operações militares contra o Iraque «é uma mensagem infeliz transmitida aos Estados Unidos, o que naturalmente não reforça as relações» entre as duas partes.
O Embaixador norte-americano sublinhou ainda, neste contexto, que as decisões da Alemanha sobre os planos dos aliados quanto ao Iraque são «prematuras», porque o presidente George W. Bush «ainda não tomou uma decisão definitiva» quanto à atitude a tomar em relação ao regime de Saddam Hussein «e prometeu consultar os aliados antes de o fazer».
Simultaneamente, Coats qualificou de «fraca ajuda» a decisão do governo alemão de retirar os blindados de rastreio de armas químicas, nucleares e bacteriológicas «Fuchs» do Kuwait, em caso de as tropas norte-americanas iniciarem operações contra o Iraque.
O embaixador foi mais longe, afirmando que a decisão da Alemanha «está a ser vista por muitos norte-americanos como uma mudança de posição no que se refere ao apoio à coligação contra o terrorismo internacional».
A Alemanha e os Estados Unidos «foram aliados no passado e Washington espera continuar a gozar do mesmo apoio no futuro», advertiu o diplomata.
O chanceler Schroeder voltou hoje a afirmar que «quem intervir no Iraque, tem de saber que será necessária uma nova ordem política em todo o Médio Oriente, com todas as consequências».
Para o dirigente social-democrata, «uma acção militar contra o Iraque desencadearia um incêndio de grandes proporções em toda a região».
16:51 4 Setembro 2002
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