Subject: Ao cavalo |
Author:
IV
|
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
Date Posted: 22:29:11 07/16/02 Tue
In reply to:
José Estaline
's message, "Nota de culpa muito bem elaborada" on 14:49:15 07/16/02 Tue
> Ó José Estaline, és um grande farsola, devias ir para o circo, para seres domamo juntamente com os porcos.
Este Cavalheiro é um gentleman, o que só faz juz ao
>seu nome.
>
>Mas aqui não tratamos de cavalherismos, tratamos de
>fraccionistas e de traidores aos princípios
>ideológicos que sempre têm norteado o PCP e que se
>sintetizam no desenvolvimento criativo do
>marxismo-leninismo de acordo com os ensinamentos e a
>experiência do PCUS dirigido por Estaline.
>
>E, de acordo com esses princípios, sagrados - se é que
>me permitem esta palavra - e imutáveis porque
>científicos, a nota de culpa notificada ao Edgar
>Correia está perfeita. Ou melhor, ainda peca por
>defeito.
>
>Infelizmente não pode a direcção do PCP promover um
>verdadeiro processo público, obrigando Edgar Correia e
>seus correligionários a fazer a respectiva auto
>crítica, atitude essencial para poderem ser fuzilados
>com a dignidade que os que se arrependem merecem, mas
>pelo menos, dadas as limitações decorrentes de se
>viver num estado de direito burguês, sempre se pode
>expulsá-lo e relegá-lo para o caixote do lixo do
>partido.
>
>Reconheço que eu próprio, com estas limitações, não
>poderia fazer muito melhor.
>
>Aguardamos ansiosamente a conclusão deste e dos outros
>processos e esperamos ver o PCP fortalecido depois de
>expulsar umas largas centenas de militantes que, por
>dolo ou por ignorância, ainda se atrevem a contestar a
>direcção do seu partido e a querer - suprema injúria -
>alterar os estatutos e o programa e eleger os
>camaradas que dirigem o partido.
>
>Bem hajam os camaradas do Secretariado do CC que tão
>bem têm sabido defender o PCP.
>
>
>
>>A acusação dirigida contra Edgar Correia, abaixo
>>transcrita, é por si só o melhor testemunho da
>>espantosa derrapagem estalinista da actual direcção.
>>Compare-se este texto com os da Inquisição, veja-se
>>como se sacralizam os Estatutos, veja-se como a
>>simples verificação de factos (por exemplo a atitude
>>do PC face ao PS)são considerados graves delitos.
>>Nem no Portugal fascista , pelo menos depois dos anos
>>60, a Pide teria o descaramento de acusar alguém por
>>delitos deste tipo.
>>O melhor mesmo será verem com os vossos próprios olhos
>> Nota: da digitalização e passagem para texto
>>(OCR),poderão ter ocorrido algumas gralhas, que não
>>alteram contudo o essencial do documento
>>
>>Nota para audição prévia
>>de Edgar Correia
>>nos termos e para os efeitos
>>do artº 60º dos Estatutos do PCP
>>
>>
>>1. 0 comportamento partidário de Edgar Correia, com a
>>promoção e participação em iniciativas públicas à
>>margem e em oposição à estrutura orgânica e aos
>>Estatutos do Partido e em várias entrevistas, artigos
>>e declarações em órgãos de comunicação social,
>>contrários a orientações colectivamente decididas,
>>inseridos numa campanha contra o Partido, que tem
>>vindo a decorrer de forma prolongada, e sistemática é
>>passível de sanção disciplinar.
>>
>>2. De facto, este comportamento reiterado teve nos
>>unimos tempos expressões públicas particularmente
>>graves, das quais se destacam, entre outras:
>>
>>a) Oposição frontal aos Estatutos do Partido "um
>>congresso que discuta profundas alterações aos
>>Estatuto:?' 'Públicos' de 02.04.2002;
>>
>>h) Alteração/subversão de características fundamentais
>>da orgânica partidária: “que sejam os delegados
>>eleitos pelas bases a decidirem pelo voto a composição
>>individual de todas as estruturas dirigentes nacionais
>>entre outros”, Público de 02.04.2002;
>>
>>c) ( ... )Grave distorção da orientação e prática do
>>Partido ao considerar que o PCP elegeu o PS como
>>inimigo principal prefere a direita no Governo (...),
>>«El País de 28.01.2002;
>>
>>d) “É bem ilustrativo desta desorientação que a
>>direcção do PCP tenha estado de acordo com a
>>dissolução da AR ( ... ) E que a direcção, de forma
>>intolerante e sectária se apressou a reprovar
>>(convocação do congresso ... )”, Público 19.03.2002;
>>
>>e) ( ... O CC pretendeu levar por diante o patenteado
>>propósito de proceder a exclusões de caracter sectário
>>das listas de candidatos; e que recusou por termo as
>>atitudes de intolerância. que, apesar de
>>responsabilizarem apenas a direcção constituem um
>>motivo de desprestigio para todo o par~, Noticia
>>«Renovadores prometem insistir e criticam o partido"
>>no JN, de 20.01.2002;
>>
>>f) "É um facto que a direcção do PCP nega há muito
>>tempo à generalidade dos militantes o direito de se
>>exprimirem ( ... )- E um facto também que o grupo que
>>assaltou a direcção ( ... ), Públicos
>>
>>g) ( ... )"0 núcleo dominante da direcção do PCP
>>esteve envolvido em actividades de natureza
>>fraccionária, nos últimos anos- Não tem qualquer
>>autoridade política para dirigir acusações a nenhum
>>membro do partido por violação dos estatutos" ( ... )
>>"Há um grupo na direcção do PCP que está associado a
>>práticas de natureza fraccionária" ( ... )Entrevista
>>ao jornal 'Público' de 12.04.2002;
>>
>>h) ( ... )"a cegueira e o autismo dos seus principais
>>dirigentes, ( ... ), ao mesmo tempo que enveredam pela
>>organização de um simulacro de debate em torno de uma
>>conferência nacional, ( --- ) 'por posições públicas
>>dos seus principais órgãos centrais e de alguns dos
>>seus mais destacados membros, e através de uma
>>campanha de difamação e de ódio que está a ser
>>desenvolvida internamente ( ... ), "Público' de
>>30.04.2002;
>>
>>i) )”É estalinista e algo terrorista a perseguição da
>>ala renovadora (.. ) Todas as tentativas de renovação
>>e democratização do partido foram cerceadas por
>>concepções e práticas estalinistas do sector ortodoxo"
>>( --- ), "El País de 28.01.2002;
>>
>>j) Desqualificação da Conferência Nacional do PCP,
>>antes e depois da sua realização, com graves acusações
>>a Direcção do partido: "Expresso', de 29.03.2002 (...
>>“tentativas para iludir os militantes") e «JN», de
>>24.06.2002 (..- “concebida como encenação para
>>prosseguir um caminho de crispação contra os que
>>reclamam um congresso sem restrições”).
>>
>>k) A assunção como declarado promotor de um
>>abaixo-assinado à margem do quadro do normal
>>funcionamento do Partido, anunciando na "TSF' em
>>18,03.2002, a exigência de um novo congresso na base
>>de um “novo abaixo-assinado, não caracterizado pelo
>>número mas pela relevância política passada e presente
>>dos subscritores." Afirmou ainda que "são muitos os
>>que vão prosseguir a luta pela mudança do Partido» e
>>"a insistir num congresso ...";
>>
>>1) Participação e intervenção destacada em 06.04.2002
>>numa iniciativa na FIL, em Lisboa, a qual constituiu
>>um momento de eliberado confronto público com a
>>orientação e Direcção do Partido;
>>
>>m) Participação, também em posição de destaque em
>>iniciativa de idêntica natureza em 03.05-2002, no
>>Porto.
>>
>>3. Tais actuações, desenvolvidas em conjunto com
>>outros membros do Partido em tomo de propostas comuns,
>>acompanhadas do incitamento a outros para seguirem as
>>suas posições de afrontamento, configurara a tentativa
>> de legitimar e impor na prática a constituição de
>>fracções organizadas dentro do Partido, atentatórias
>>da sua unidade e coesão com violação dos artº s 160,
>>nº 2, al. he 14<>, al. a) e c»,
>>
>>4 E ainda uma manifesta injúria ao Congresso, orgão
>>máximo do Partido, ao seu Comité Central, aos órgãos
>>dirigentes do Partido por este eleitos,.. aos
>>delegados eleitos ao XVI Congresso e, em consequência,
>>ao colectivo partidário, com violação do artº 14º als,
>>b) e n), conjugados com os artº 270, nºs 1,2,e 3 e ar?
>>3 l',2_
>>
>>5. Apesar dos reiterados apelos do Comité Central e de
>>Organismos Executivos do Partido para que cessasse
>>tais práticas, aqueles foram ignorados, continuando,
>>assim a causar graves prejuízos ao Partido na sua
>>imagem, prestígio e influencia,; na sua unidade e
>>coesão política, ideológica e orgânica no
>>desenvolvimento e resultados da sua acção política,
>>nomeadamente no plano eleitoral.
>>6. Estes factos, particularmente graves, estão em
>>total oposição ao artigo 56º dos Estatutos onde se
>>refere que '"a, disciplina do Partido, baseada na
>>aceitação do Programa e dos Estatutos, insere-se no
>>respeito pelos princípios orgânicos e constitui um
>>factor essencial para o desenvolvimento da acção
>>política, a Influencia de massas, a unidade, a
>>combatividade, a força e o prestígio do Partido'. 7.
>>
>>7. Efectivamente configuram:
>>
>>a.) a contestação declarada dos artº 14º al a);
>>
>>b) a deturpação, desrespeito e afrontamento das
>>orientações e
>> decisões do XVI Congresso e de organismos executivos
>>do C.C.,
>> com violação do artº 14', al h), artº W, n' 2, al. e)
>>e nº 2 do artº
>> 3 10 ;
>> a calúnia à Direcção do Partido em violação do artº
>>14º, al n);
>>
>>b) 0 animar e alimentar de campanhas públicas contra o
>>Partido, das quais em nenhum caso visível se demarcou,
>>violando o art' W, al. n) e art' 20º
>>
>>e) Iniciativas para impor na pratica fracções
>>organizadas no Partido em violação do artigo 160, no
>>2, al h);
>>
>>d) A manifesta ultrapassagem do direito e do dever de
>>qualquer membro do Partido expressar as suas opiniões
>>no quadro do funcionamento democrático do Partido
>>conforme vem consagrado no artigo 15º dos Estatutos.
>>
>>8- Trata-se, pois, de um comportamento em flagrante
>>rotura com laços de solidariedade, fraternidade,
>>lealdade e camaradagem que caracterizam a vida
>>democrática e a história do PCP.
>>
>>
>>Lisboa, 04 de Julho de 2002
>>
>>Pelo Secretariado do CC do PCP
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
| |