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Subject: Ora muito bem visto


Author:
José Estaline
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Date Posted: 15:11:45 07/15/02 Mon
In reply to: José Braz 's message, "Uma Organização é um meio e não um fim" on 12:21:40 07/07/02 Sun

Ora aqui está um texto muito inteligente.

De facto a organização de um partido (comunista ou não) é um meio e está dependente dos fins que se pretendem alcançar.

É por isso que no PCP vigorou, vigora e vigorará a democracia orgânica que tem o seu expoente máximo no centralismo democrático.

Se o objectivo final da direcção do PCP é a construção em Portugal de um regime igualzinho ao que vigorou durante mais de 50 anos na URSS - e que só foi destruído porque o capitalismo e as forças mais reaccionárias se infiltraram no PCUS e até conseguiram eleger um secretário-geral (Gorbachov) - claro que a forma partido tem de ser a que é e até deverá evoluír para um reforço da hierarquia orgazicional. As bases - vulgo, os militantes - participam executando as orientações e as decisões dos organismos dirigentes do partido, senão cai-se na anarquia ou, pior ainda, no basismo.

É o que desejam estes que agora se chamam de renovadores.

Felizmente que esse movimento está votado ao fracasso porquanto os camaradas que estão na direcção do PCP já estão finalmente a tomar as medidas - essas sim, verdadeiramente democráticas e socialistas - para por cobro a esse desvio de direita: expulsar sem dó nem piedade os prevaricadores.

O PCP não é um clube inglês, não é uma associação de estudantes, não é um mero partido político. É o partido revolucionário (que ainda não produiu nenhuma revolução, é certo, mas que o fará inevitavelmente) de ideologia leninista-estalinista e é a vanguarda da única classe social que nos interessa: a classe dos funcionários do Partido.

Viva o PCP e viva Estaline.

>Uma Organização é um meio e não um fim
>
>A forma-partido não é uma entidade organizacional
>isolável; é antes do mais ditada pela função
>estratégica que a si mesma se fixa no campo político
>estruturado em que quer intervir.
>
>A função de um Partido Comunista já não pode ser
>definida, quanto ao essencial, como a conquista do
>poder pelo partido, como requisito para «o
>socialismo», nem mesmo, de modo conexo, com o cumprir
>entretanto de tarefas inscritas no campo político
>institucional, a começar pelas eleições.
>
>A função de um Partido Comunista na actualidade reside
>no encetar imediato de todas as desalienações
>possíveis, em que os próprios indivíduos começam a
>reapropriar-se dos seus múltiplos poderes sociais,
>construindo nos mais diferentes terrenos uma hegemonia
>favorável a superações concretas do capitalismo e da
>sua lógica.
>
>A função de um Partido Comunista na actualidade não é
>ir executando tarefas pré-condicionadas pelo sistema
>político vigente, mas sim, subvertendo o próprio
>sistema, encetar sem demoras as transformações sociais
>de fundo, com tanto de ambição nos fins visados como
>de realismo nos projectos encetados, mas também com
>inventividade para aumentar os projectos possíveis.
>
>Um Partido Comunista não pode abandonar, a função que
>consiste em impor os objectivos comunistas também nas
>formas institucionais da política - da tomada de
>posição no dia-a-dia às mais importantes eleições e às
>responsabilidades de Estado.
>
>Não podendo abandonar a intervenção nas formas
>institucionais da politica, um Partido Comunista tem
>de conseguir submeter essa intervenção à mais
>importante intervenção directa nas bases e tecido
>social da sociedade.
>
>Para um Partido Comunista o mais importante de tudo é
>voltar à grande ideia que, numa carta a Ruge, o jovem
>Marx exprimia já: nós não dizemos ao mundo, escrevia
>ele, «abandona os teus combates, que são tolas
>insignificâncias; vamos dar-te a verdadeira palavra de
>ordem do combate. Nós só lhe mostramos precisamente o
>porquê do seu combate».
>
>A função de um Partido Comunista é dar ao movimento
>real todo o seu sentido e, por esse meio todo o seu
>vigor... este modo de conceber a acção comunista é
>agora mais pertinente do que no tempo do jovem Marx,
>agora que os motivos de agir para superar o
>capitalismo se tornaram tão mais vastos, o nível
>cultural dos possíveis actores é tão mais elevado e a
>estratégia concebível para o empreender se tornou tão
>menos arcaica.

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