Author:
Margarida Martins (verdadeira)
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Date Posted: 21:04:01 07/11/02 Thu
In reply to:
Margarida Martins
's message, "Dar razão a Pacheco Pereira" on 19:30:39 07/11/02 Thu
O Palmiro, o Paulo e o José são uns brincalhões
1º-A Margarida Martins (verdadeira) quando envia uma mensagem além do nome põe sempre o e-mail;
2º-A Margarida Martins (verdadeira) só entra nas conversas quando quer e não quando querem que ela entre.
Margarida Martins
>Temos de concordar com Pacheco Pereira que apesar de
>ser de direita tanto sabe do PCP.
>Que bem que ele define estes renovadores, como explica
>bem que o centralismo democrático é uma característica
>essencial dos partidos verdaeiramente
>marxistas-leninistas e como acaba por denunciar que
>tudo isto se insere numa vasta campenha contra o PCP,
>na qual estes senhores renovadores, sedentos de poder
>e de cargos chorudos, que alguns até já têm, são o
>cavalo de Tróia
>
>>Na natureza há matéria e anti-matéria, há para quase
>>todas as partículas a sua irmã oposta, com carga
>>eléctrica diferente, electrões e positrões, neutrinos
>>e anti-neutrinos, protões e anti-protões, etc., etc.
>>Agora em Portugal temos no PCP dois partidos: o
>>Partido e o anti-Partido, com as mesmas
>>caracteristicas das partículas - em contacto
>>eliminam-se um ao outro dando origem a outra chuvas de
>>partículas fugazes e etéreas.
>>
>>O problema dos "renovadores" é que já não são
>>comunistas, mas não lhes convém dizê-lo. O que é que
>>há de comunista no seu programa - ou no que se percebe
>>nele, porque eles têm sido particularmente omissos?
>>Nada. Sem "centralismo democrático" há Partido
>>Comunista? Não. Sem referência fundadora a Marx, a
>>Lenine, ao PCUS, ao "socialismo real", há "comunismo"?
>>Não, embora os "renovadores" quisessem ficar com Marx
>>e deitar tudo de Lenine para a frente fora. Só que
>>isso não é comunismo, é socialismo comum.
>>
>>A opção dos "renovadores" por um combate político
>>assente na comunicação social é muito eficaz pelo
>>impacto público das posições. Isto é acentuado pela
>>coincidência da démarche "renovadora" com o "lugar
>>central" da ideologia e política dos nossos
>>jornalistas - um esquerdismo inorgânico - que tem
>>levado a um favorecimento público escandaloso das
>>posições "renovadoras". Estas são aceites sem crítica
>>e sem distância, mesmo no tratamento editorial ,
>>manipulando-se assim a informação sobre o PCP. Mas
>>esta eficácia comunicacional tem um preço, que os
>>"renovadores" conhecem bem demais e por isso remete
>>para a sua agenda escondida, que é transformar o seu
>>movimento num movimento anti-PCP, exclusor, pela sua
>>própria natureza, da sua condição de membros do
>>partido.
>>
>>Não tenho dúvidas que a campanha dos "renovadores" foi
>>um factor agravante das derrotas eleitorais recentes
>>do PCP, a lógica da sua actuação é claramente a do
>>combate ao PCP, apostando no agravamento da sua crise
>>eleitoral e política. A continuar assim serão mais
>>eficazes que todo o anti-comunismo, mais o PS e o
>>Bloco de Esquerda. O que melhor revela hoje a crise
>>profunda do PCP é a dificuldade de afastar o Partido
>>do Anti-Partido, dito de outra maneira, em expulsar os
>>renovadores para os deixar fazer o "Partido Comunista"
>>novo que eles dizem desejar. Vão ver como eles
>>encontram outros caminhos depressa, e se esquecem do
>>comunismo.
>>
>>Pacheco Pereira
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