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A palavra da jornalista, DN, 21 de Junho de 2004
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Date Posted: 22:19:50 06/22/04 Tue
In reply to:
A voz dos leitores, DN, 21 de Junho de 2004
's message, "“Expressões depreciativas”" on 22:09:25 06/22/04 Tue
A palavra da jornalista, DN, 21 de Junho de 2004
Caro (...) Provedor do DN
Fiz questão de lhe responder o mais depressa possível, por duas razões: porque assim me foi por si solicitado e porque pouco tenho a dizer sobre a crítica que me é feita, que, aliás, não entendo.
As expressões usadas por mim na peça e criticadas pela jornalista e, não podemos esquecer, candidata do BE às eleições europeias não são de todo depreciativas. Mas mesmo que o fossem, acho estranho que a jornalista Diana Andringa queira agora retirar aos jornalistas o direito de exercerem o seu espírito crítico e de análise, que é aliás um apanágio desta profissão.
Não foi o caso, contudo, no uso de expressões como “cantar vitória” ou “sair da toca”. O que poderá saltar à vista de qualquer um pela leitura integral da peça. Quanto a “trampolim”, nada mais significa que “ganhar balanço...”. Não vejo porque não usar...Está presente no dicionário e não encontrei qualquer referência nos livros de estilo que proibisse o seu uso.
De ressalvar que a cobertura eleitoral é uma ocasião sui generis para os jornais de referência. Todos adoptam durante aquele período uma nova paginação e dão ênfase à reportagem como base de trabalho. Como tal, os próprios jornalistas mudam o seu registo e usam, no caso específico da campanha eleitoral, uma linguagem mais solta, mais próxima dos leitores, menos rígida. A própria dinâmica de uma campanha eleitoral o exige, desde que não se ultrapassem limites, e estou certa de que não os ultrapassei.
Durante o ano, na cobertura do trabalho parlamentar, o meu registo é outro.
A peça respeitante à candidata Violante Saramago pretende ser uma pequena reportagem, onde se permite uma linguagem mais solta e uma boa dose de análise e espírito crítico. Dos quais não abdico.
O DN tem como linha de conduta a equidistância em relação a qualquer força política. Por isso, e em suma, só posso entender as críticas da jornalista e candidata do BE às eleições europeias como elogiosas.
Votos de continuação de um bom trabalho.
Inês David Bastos
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