Subject: Re:Ainda os Clássicos |
Author:
Luis Blanch
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Date Posted: 09:53:05 06/23/04 Wed
In reply to:
Guilherme Statter
's message, "Re: Dizem os Clássicos do Socialismo" on 19:44:45 06/22/04 Tue
Caro Guilherme : De facto em fins do sec.XIX e principios do XX o que estava na ordem do dia eraam os pressupostos politicos que retratassem a dinâmica do capital mundial.
A Internacional Socialista em 1896 a social-democracia russa ,em 1903 já tinham consagrado nos seus programas o direito universal à autodeterminação das nações.
Contudo, a Rosa Luxemburgo , Rádek e outros membros da chamada "oposição de esquerda radical ",minoritária dentro da Internacional, negaram-se a reconhecer estes direitos dos povos, vendo na autonomia das nações ,um movimento que se colocava na contracorrente do internacionalismo proletário.
Por outro lado é interessante verificar que a Rosa Luxemburgo sustentava , com previsão interessante, que a forma de poder criada pelo capitalismo deixaria de ser o estado nacional e seria um "estado supranacional".
O processo de centralização do poder estatal, abarcaria um numero cada vez maior de nações, e não deveria ser aceito e defendido como uma forma de organização do poder superior à do estado nacional, superado pelo progresso tecnológico e industrial da era imperialista.
Na esteira dela ,Bukarin, afirmaria que o movimento contínuo da internacionalização (do capital) acabaria por predominar "depois de um longo período de luta cruel entre os trustes capitalistas nacionais"
Hoje ,creio que se pode concluir é que este debate da esquerda ,continua no mesmo lugar,em determinados círculos claro está , e afogado nas mesmas questões...
O processo de internacionalização ou globalização do capitalismo, a partir do século XVII, não foi uma obra do "capital em geral ",foi obra dos estados e economias nacionais que tentaram ou conseguiram impor ao resto do sistema mundial , o seu poder soberano,a sua moeda , a sua "dívida pública" o seu sistema tributário ,como lastro de um sistema monetário internacional transformado em espaço privilegiado da expansão do seu capital financeiro nacional...Paralelamente assistimos ,de facto, assistimos à consolidação de um estado nacional mais poderoso que se impôe aos demais ,e ao impôr-se aos demais impõe os seus interesses nacionais ao resto do mundo.
>Começo por dizer que não percebo bem a mensagem de
>Luís Silveira. Deve ser por eu andar distraído e
>aquilo ser relevante num certo contexto.
>Uma "inside joke" como diriam os Ingleses.
>No que diz respeito ao Lenine, à Rosa Luxemburgo e à
>auto-determinação dos povos, devo também dizer que,
>como não tenho aqui à mão nem a obra completa do
>Lenine nem os trabalhos da Rosa Luxemburgo, não posso
>"jurar a pés juntos" que eles não tenham citado um
>senhor economista inglês, de seu nome John Atkinson
>Hobson que é, tanto quanto eu sei, o "pai" do estudo e
>discusssão sobre o Imperialismo.
>Mas se bem me lembro não era a "libertação dos povos"
>que estava em causa, era apenas e tão só a dificuldade
>dos países capitalistas do centro em realizar a
>mais-valia. Tal como explica (sem ser marxista,
>note-se...) o tal senhor Hobson.
>E vai daí, vamos de ir à procura de novos mercados...
>Cordiais saudações,
>Guilherme Statter
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