Author:
Teresa Pereira da Fonseca
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Date Posted: 22:21:14 06/24/04 Thu
In reply to:
DN, 16/06/04
's message, "Será mesmo necessário?" on 20:26:51 06/16/04 Wed
Em 24 de Janeiro de 2002, em artigo no DN, dizia o Miguel Portas:
“Regresso agora ao ponto, à conversa de homem, se preferirem. A despenalização do aborto representa o fim de uma tragédia, a do aborto clandestino, e só por isso é urgente. (...). O ponto é este e outro ainda: como dar a volta? Por via do Parlamento? Se fosse possível, sem dúvida. Sucede que não é. Se os partidos de direita ganharem a 17 de Março, a despenalização ficará adiada por mais quatro anos. E se o PS obtiver maioria relativa nada garante que seja diferente (...).
Sobre o referendo engendrado por António Guterres e Rebelo de Sousa: não teve votos suficientes para ser válido, mas qualquer decisão legislativa em sentido contrário à vontade expressa nesse acto, contaria com uma desesperada resistência a coberto do argumento democrático. (...) Vai ser preciso ir de novo a votos (...). Não se trata de referendar um direito porque actualmente ele não o é. Trata-se de escolher o melhor terreno para o conquista (...).”
Isto é, há dois anos e meio, em altura pré-eleitoral, o Portas manhoso jogava em todos os tabuleiros.
1- Defendia que para dar a volta à lei da despenalização do aborto, “por via do Parlamento, se fosse possível, sem dúvida”.
2- Dizia que o referendo anterior não era válido, por não ter tido votos suficientes.
3- A pretexto que a tese do referendo inválido ia encontrar resistência, defende novo referendo.
Agora, depois de se apanhar eleito deputado do PE diz que é necessário um referendo. Agora, quando até já o PS admite resolver a questão por via do Parlamento, agora que já passaram 7 anos depois do primeiro referendo que nunca foi válido
Pela amostra vê-se que o Portas começou da pior maneira o seu mandato. E nenhum dos seus votantes o interpela? Estão todos de acordo com este troca-tintismo? É esta a vossa forma de estarem na política – prómentindo como disse o outro em relação à direita?
Continuem assim. Nas próximas eleições devem ter um bonito enterro.
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