Author:
Guilherme Statter
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Date Posted: 01:28:13 06/26/04 Sat
In reply to:
Silas Cerqueira, Avante, 24/06/04
's message, "«Tiraram-nos tudo, já não temos nada a perder!»" on 21:02:00 06/25/04 Fri
É por estas e por outras que eu sou tão ferozmente "pró-Europeísta" (mas, atenção, federalista...).
1. O cenário que nos é aqui re-lembrado por Silas Cerqueira é assustador (no que diz respeito à dependencia da economia norte-americana face à industria armamentista). É como uma droga colectiva em que aquela sociedade se viciou ao longo de décadas. E quem paga os efeitos somos todos nós, mas em particular os desgraçados dos povos mais directamente atingidos...
2. Como se assinala no texto, aquela vergonhosa resolução da ONU, não realiza a superação das contradiçoes inter-imperialistas de interesses (muito bem sublinhado!) entre as diversas potências em presença.
3. Só que quem vai pagando aqueles astronómicos défices, em particular o défice comercial externo dos "States", são os outros países (como o Japão..) e, em especial, a União Europeia (mas os Ianquis ainda têm a lata de dizer que são eles os mais ricos... o maior PIB do mundo e não sei que mais). Eu cá se também não tivesse que pagar as minhas dívidas também era capaz de ser o gajo mais rico do mundo...
4. Há mais uma série de contradições e conflitos de interesses OBJECTIVOS entre os dois lados do Atlântico (em rigor mais entre o Continente Europeu e o conglomerado Anglo-Americano...). Desde logo a produção e consumo de ENERGIA, depois as estruturas das diversas capacidades produtivas instaladas e sua distribuição (rede matricial de industrias), estruturas de consumos publicos e privados, etc... etc...
5. São essas contradições de interesses objectivamente contrários (de que o défice norte-americano é apenas um síntoma) que importa explorar... E se o Estaline não teve escrúpulos em fazer um tratado com o Hitler, não vejo porque razão os partidos comunistas europeus (ou pelo menos alguns) hão-de ter tantos escrúpulos em apoiar, com vigor, e mesmo entusiasmo, a construção de um polo de poder alternativo ao actual monopólio norte-americano. Justamente a "União Europeia", preferentemente sob a forma federal (pelas razões que já tive ocasião de explicar noutro local).
Chamem-me oportunista (tenho as costas largas e até posso explicar, se for preciso com recurso a Hegel, Marx e Engels, o porquê disso), mas DEPOIS disso (a tal Federação Europeia) a gente logo vê como pode fazer para chegar ao poder.
Fico-me por aqui.
Cordiais saudações,
Guilherme Statter
P.S. - Esta notícia (?) do Durinho Barrosão poder ir para Bruxelas, não lembrava ao diabo. Chiça que os gajos ainda não viram bem a dimensão do buraco... Se estivesse numa de teorias da conspiração diria que há aqui mão do "Big Brother" americano...
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