Subject: A luta contra o capitalismo de Estado 5 |
Author:
paulo fidalgo
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Date Posted: 10:43:10 02/27/04 Fri
In reply to:
Fernando Redondo
's message, "Estado e mais-valia" on 19:42:58 02/24/04 Tue
o Fernando disse:
5. Aquilo que se pode pedir ao Estado é que gaste bem os montantes que lhe são entregues pelos cidadãos, ou seja:
a) que gaste naquilo que é realmente necessário
b) que compre nas condições mais vantajosas
c) que evite ineficiências e desperdícios
Não se deve esquecer que grande parte das receitas do Estado são constituídas por “amputações” dos salários que se vêm somar à exploração capitalista.
Resposta ao ponto 5
Aquilo que se pode “pedir” ao Estado é que se retire do poder que exerce sobre a economia pública e deixe os seus trabalhadores trabalhar! E no mínimo aceite passar ao estatuto de central de compras de serviços às indústrias públicas. Isto significa que passa a pagar de acordo com o valor produzido e não segundo o roubo que hoje faz desse valor por via do sistema salarial.
O que se exige como programa para a revolução é que as indústrias do Estado devem ser controladas (no seu sobreproduto, gestão e prioridades) por quem as trabalha! O que se exige é que os trabalhadores das indústrias do Estado obtenham o seu principal objectivo e que é o de serem remunerados de acordo com o que produzem.
Ser remunerado de acordo com o que produzem significa que o que produzem tem de ter um valor a partir do qual essa remuneração é calculada. Se os bens produzidos fossem pagos a preço de custo como hoje o são, a remuneração não poderia nunca ser ligada à produção porque o custo da produção vai baixando à medida que a produção aumenta (chamado custo marginal, de acordo com os maginalistas). Só tem pode a remuneração ser ligada à produção se esta estiver revestida do seu valor (de troca).
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