Author:
Teresa Pereira da Fonseca
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Date Posted: 22:27:31 02/05/04 Thu
In reply to:
João Pasmado Laveiras
's message, "Onde está o pasmo?" on 16:24:04 02/05/04 Thu
Vou tentar explicar bem explicadinho:
1 - Em 17/01/01 dizem que apresentaram na AR o Projecto sobre o Aborto (P 4/VIII Aborto)
2 - Em 24/03/01 confessam que “de todas as suas “bandeiras eleitorais”, falta apenas ao Bloco de Esquerda levar a plenário a despenalização do aborto”.
3 - Em 17/01/02, elogiam Guterres porque “teve, pelo menos a virtude de não implicar o PS na sua própria opinião. (...) Guterres era contra, mas permitiu que o PS fosse a favor”, defendem um novo referendo porque “nas condições presentes esse é o modo democrático de travar o combate”, e criticam Ferro Rodrigues por não o querer.
4 - Mas logo um dia a seguir, a 18/01/02, Francisco Louçã afirma que o BE vai levar a questão da alteração da Lei do Aborto á primeira sessão da Assembleia da República .
5 - Para logo em 21/01/02, se insurgirem contra “o poder institucional a todos os níveis”, “persiste-se em empatar, COM O CONSENTIMENTO DE UMA OPOSIÇAO MAIORITARIAMENTE ENCOLHIDA o debate legislativo, sacralizando o resultado de um referendo, manipulado pelo próprio então primeiro ministro”
Aqui faço uma pausa, recapitulemos:
EM 17/01/02 UM NOVO REFERENDO É O MODO DEMOCRATICO DE TRAVAR O COMBATE, NO DIA SEGUINTE PROMETEM LEVAR A LEI DO ABORTO Á PRIMEIRA SESSAO DA AR E PASSADOS 3 DIAS CONSIDERAM QUE O REFERENDO ANTERIOR FOI MANIPULADO E QUE OS SEUS RESULTADOS SÃO SACRALIZADOS!!!
Continuando:
6 - Em 9/03/02 (8 dias antes das eleições, repare-se) Francisco Louçã reitera o empenho do BE em “levar esta luta lá para dentro”, para a Assembleia da Republica. Já Fernando Rosas mais verborreico, joga em todos os tabuleiros: “assumimos o compromisso dentro e fora do futuro Parlamento de ajudar a constituir uma maioria cívica e política, que através de uma nova lei, através de um referendo, através seja de que forma for, de trazer para Portugal uma lei mais moderna”.
7 - Passadas as eleições, em 30/04/02/04, Francisco Louçã explica que o Bloco de Esquerda está a preparar um projecto de lei sobre o aborto, mas não o incluiu no primeiro pacote “para não dar a ilusão de que a Assembleia da Republica por si só tem condições para mudar a lei” (...). Desculpa-se porque “a maioria centro-direita no parlamento não o permite”.
8 - Mas logo 9 dias a seguir, em de 9/05/02, curiosamente fica-se a saber que “a Mesa Nacional do Bloco reunida em Março, definiu a despenalização do aborto como questão prioritária para a intervenção do Bloco”. E mais ainda. Que “a luta pelo direito de optar NÃO PODERIA VIR EM MELHOR ALTURA”. E lançam a luta de “reivindicar um novo referendo, com base num abaixo-assinado de 75.000 cidadãos e cidadãs”
Pausa final e recapitulemos:
Em 2002, a 18 de Janeiro de 2002 Francisco Louçã comprometera-se a levar a lei á primeira sessão na AR, em 9 de Março reitera que vai levar a luta para a AR, em 30 de Abril explica que não apresentou ainda a lei do Aborto na AR para não criar ilusões e porque a maioria da AR não permite (a aprovação da lei, presumo).
MAS, AINDA EM 2002, EM MAIO, INFORMAM QUE EM MARÇO (ISTO É 2 MESES ANTES) A MESA NACIONAL DO BLOCO LANÇARA A LUTA DE REIVINDICAR UM NOVO REFERENDO, PORQUE A LUTA NÃO PODERIA VIR EM MELHOR ALTURA!!!!!!
São precisas mais explicações, ainda?
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