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Date Posted: 19:08:22 06/04/04 Fri
Author: José Euríalo
Subject: Tarefa 10 - Grupo 3 - Inglês (Deborah, Sandra e José Euríalo)

Tarefa 10 – Grupo 3 – Inglês (Deborah, Sandra e José Euríalo)

A ESCRITA NO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: BREVES CONSIDERAÇÕES

Os livros didáticos de Inglês “Spectrum 4 – a communicative course in English” (BYRD & WARSHAWSKY, 1995) e “Interchange: English for international communication" (RICHARDS et alii, 1999), apesar de terem, ambos, uma abordagem comunicativa e lições focadas no ensino das funções da língua, falham no que se refere a “writing”. Essa habilidade é trabalhada primeiramente como uma forma de reforçar as estruturas ensinadas na lição, por meio de exercícios controlados em que, muitas vezes, até as palavras ou frases a serem usadas pelos alunos já estão sugeridas. De acordo com BASTOS (1996, p.207-208), isso inibe a criatividade e a desenvoltura dos aprendizes, que ficam sujeitos e presos ao que foi proposto nesse tipo de exercício. Para fazer jus ao nome “communicative”, é claro, esses livros propõem algumas atividades em que os alunos devem escrever respostas a cartas ou convites, de forma que a habilidade de “writing” pode ser focada com propósitos e leitores definidos. À luz de BASTOS (1996), entretanto, pensamos que os livros em questão perdem grandes oportunidades para melhor trabalhar a escrita.

No livro de BYRD & WARSHAWSKY (1995), por exemplo, há uma atividade que propõe que os alunos simplesmente completem uma entrevista para o jornal “Neighborhood News”, como se fossem os vencedores do segundo prêmio de um desafio que esse jornal promoveu. Tudo que eles têm que fazer é responder se sempre moraram na cidade, se têm parentes lá e o que vão fazer com os $5,000. Sugerimos alterações nessa atividade. O tema e o contexto podem ser os mesmos, pois não vemos problema com eles. Entretanto, os alunos poderiam se imaginar como repórteres e escrever as perguntas que eles gostariam de fazer. (Há muito mais que se perguntar e, certamente, envolvendo sua criatividade, os aprendizes serão capazes de fazer uma entrevista bem mais interessante). Em seguida, trocam entre si as entrevistas, a fim de que um responda à entrevista do outro, por escrito, já que a habilidade em questão é “writing”. Posteriormente, os alunos submetem sua escrita a um colega que fará uma leitura e correção, caracterizando prática de “peer editing”, como sugerido por BASTOS (1996, p.211), antes que a resposta à entrevista seja, definitivamente, submetida à redação do jornal (ao professor, nesse caso).

Já no livro de RICHARDS et alii (1999), há uma atividade, inserida em seu capítulo 8, que pede que os alunos escrevam sobre uma festa popular ou folclórica tipicamente brasileira, descrevendo o que normalmente acontece nesse evento e o que ele (o aluno) normalmente faz nesse evento. A atividade até poderia ser de escrita “significativa”, de caráter realmente “comunicativo”, mas trata-se de exercício claramente controlado e limitador da criatividade do aluno (cf. BASTOS, p.208), além de ser pouco desafiador e motivador, pois o enunciado da questão chega a sugerir três sentenças de extensão razoável para a escrita. Produzido o texto, o enunciado recomenda que os alunos trabalhem em pares para leitura e eventual questionamento acerca do texto lido (“Read your partner’s composition. Do you read any question?” – p.48).

Como essa unidade do livro de RICHARDS et alii (1999), de número 8, é intitulada “Let’s celebrate!” e tem como tema festas e festivais nacionais, sugerimos, a seguir, uma atividade complementar que engloba os potenciais cognitivo, comunicativo e afetivo mencionados por BASTOS (1999, p.199-201), envolvendo objetivos e leitor claramente definidos (mas com participação do aluno) e avaliação no processo, que consideramos de caráter comunicativo e cujos desdobramentos podem se estender a eventos extra-classe, com efetivo valor cultural, educativo e de produção textual.

Eis a atividade complementar que sugerimos, e que, com adaptações quanto ao tema, poderia ser usada, também, em outros livros didáticos:
“WRITING - The website www.letternet.de, the world’s largest free pen pal club for adults and children, seems to be the right place for those who look for pen pals from all over the world. Taking into consideration what you have learnt in this unit, write a letter to a North American imaginary pen pal, sending him/her some of your data (nationality, genre, age, interests, etc.) and some information on your country, especially on national holidays and celebrations. By paying attention to the information you have got from the book unit, ask him/her about some of their national biggest holidays or festivals, confirming or not the information available at the lesson. After finishing your letter, choose a colleague and discuss its contents, organization and accuracy, counting on your teacher’s support.

If you have access to the Internet, access the site given above, choose three North American pen pals for you and send him/her your letter. If you cannot access the Internet, join a colleague in order to choose the potential pen pal or even in order to send him/her your letter or just send it to him/her, through a conventional post office service, to LETTERNET – Stichwort “Deutschland” – Postfach 8118 – 33307 – Gütershoh – Germany).

After getting answers to your letter, bring them to class and share them with your colleagues and teacher, reading it aloud and adding something to the topic given in classroom, as well as your own remarks on your experience towards correspondence and this effective communicative experience.”

As atividades de escrita presentes em outro livro que analisamos, intitulado “Advanced Masterclass” (ASPINAL & CAPEL, 1997), são interessantes e produtivas, uma vez que, em sua maioria, propõem aos alunos a elaboração de textos relacionados com suas experiências pessoais. Segundo BASTOS (p.203), para que os alunos se sintam estimulados ao exercício da escrita, esta deve ser pensada como tendo um objetivo e um leitor específico. Sendo assim, é possível observar que as atividades desse livro foram elaboradas de forma a proporcionar aos alunos a construção de textos que não estão distantes de suas realidades, pois tratam de temas e situações reais que todos nós estamos sujeitos a vivenciar. Como exemplo disso, há atividades que solicitam aos alunos que elaborem cartas (direcionadas a um colega, ao professor ou ao chefe), bilhetes (para um parente ou para o próprio colega de classe) e textos (com temas atuais que foram trabalhados na lição). Outro aspecto relevante que pode ser observado é a existência de uma página, quase no final do volume, que funciona como um guia para as tarefas de escrita. Nela, há dicas para que os alunos não se esqueçam para quem o texto deles está direcionado – quem é o leitor – bem como um lembrete para que os alunos observem o tempo verbal em que eles estão escrevendo e alguns exemplos que mostram aos alunos a diferença entre uma escrita formal e uma informal. Assim, fica evidente que o objetivo desse guia é o de fornecer aos alunos alguns aspectos relevantes da escrita, a fim de que estes produzam textos concisos e coerentes.

Dessa forma, considerando que esse livro de ASPINAL & CAPEL (1997) aborda as atividades de escrita de forma comunicativa, acrescentamos, apenas, que o sucesso delas dependerá, fundamentalmente, da postura do professor diante delas, de sua habilidade de conduzi-las. Explorando-as adequadamente, poderá lançar mão de recursos para explorar aqueles potenciais cognitivo, comunicativo e afetivo citados por BASTOS (1999, p.199-201). Uma atividade possível que julgamos ser relevante e que poderia ser incorporada a esse livro seria apresentar aos alunos um texto incompleto, ou seja, sem uma conclusão, e, após sua leitura, solicitar que terminassem a história por meio da elaboração de um parágrafo conclusivo.

Em todos esses livros (aqueles com falhas quanto ao caráter “comunicativo” ou “significativo”; o último, menos falho), a participação do professor é fundamental. Para uma produtiva utilização de qualquer deles, acreditamos que diversificar e criar atividades em torno do assunto proposto, promover discussão em grupo como pré-atividade para a escrita, leitura e discussão das produções textuais, trabalho colaborativo e adequado “feedback”, conforme assinala BASTOS (1999, p.209), são recomendáveis, assim como a integração dessa habilidade (de escrita) com as de leitura, expressão e compreensão oral. É essa integração que, efetivamente, contribuirá para que a escrita se insira “em um contexto de aprendizagem, não apenas reforçando-a, mas também desenvolvendo as características cognitivas, comunicativas e afetivas do aluno” (BASTOS, 1999, p.209). Trata-se, pois, de um desafio e de uma bênção de oportunidade para todos os atores envolvidos em um processo de ensino-aprendizagem de língua, seja ela estrangeira ou não.


Bibliografia e referências bibliográficas

ASPINAL, Tricia & CAPEL, Anneto. “Advanced Masterclass-CAE: Student’s Book”. Oxford University Press, 1997. (5th edition, Spain).

BASTOS, Herzila Maria de Lima. A escrita no ensino de uma língua estrangeira: reflexão e prática. In: PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. “Ensino de língua inglesa: reflexões e experiências”. Campinas (SP): Pontes; Belo Horizonte: FALE/UFMG, 1996.p.199-211.

BYRD, Donald R. H. & WARSHAWSKY, Diane. “Spectrum 4 - a communicative course in English”. New York: Prentice Hall Regents, 1995.

RICHARDS, Jack C. et alii. "New Interchange: English for international communication". Student book 2A. Cambridge (UK): Cambridge University Press, 1999.

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Replies:

[> Re: Tarefa 10 - Grupo 3 - Inglês (Deborah, Sandra e José Euríalo) -- José Euríalo, 07:37:29 06/05/04 Sat [1]

Uma pequena auto-crítica:

Penso que nos descuidamos de "propor uma SEQÜENCIA atividades de produção de texto para complementar as possíveis falhas" de unidades dos livros analisados... Propusemos apenas 3 atividades, cada uma para uma unidade dos livros analisados... :(

José Euríalo.


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[> [> Re: Tarefa 10 - Grupo 3 - Inglês (Deborah, Sandra e José Euríalo) -- Sérgio Borges, 14:30:27 06/05/04 Sat [1]

A tarefa de vocês está tão bem fundamentada, mas tão bem fundamentada que até uma auto-crítica tem para complementar; parabéns ao grupo.

"Uma pequena auto-crítica": Fica realmente difícil achar algum ponto que"fuja às regras" do que foi proposto. Caso faltem comentários à Tarefa de vocês, considerem isso como um elogio, ou seja, "sem comentários".

Sergio.


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[> [> [> Re: Tarefa 10 - Grupo 3 - Inglês (Deborah, Sandra e José Euríalo) para Sergio -- Deborah Brant Pimenta, 14:42:14 06/16/04 Wed [1]

> Sergio,
Obrigada por tão grande elogio!!!
Deborah
A tarefa de vocês está tão bem fundamentada, mas tão
>bem fundamentada que até uma auto-crítica tem para
>complementar; parabéns ao grupo.
>
> "Uma pequena auto-crítica": Fica realmente difícil
>achar algum ponto que"fuja às regras" do que foi
>proposto. Caso faltem comentários à Tarefa de vocês,
>considerem isso como um elogio, ou seja, "sem
>comentários".
>
> Sergio.


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[> Re: Tarefa 10 - Grupo 3 - Inglês (Deborah, Sandra e José Euríalo) -- Fernando Maia Tepedino, 08:14:50 06/05/04 Sat [1]

Grupo 3,

Parabéns pelo trabalho do grupo. Você produziram um texto agradável e que aborda bem todos os aspectos importantes do texto sugerido pela Vera. Achei interessante a tarefa sugerida na internet, pois, além de indicar um site para que o aluno possa se comunicar com pessoas de outros países, sugere uma atividade para ser feita depois na sala de aula.

Fernando.


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[> Re: Tarefa 10 - Grupo 3 - Inglês (Deborah, Sandra e José Euríalo) -- Daniel, 13:37:59 06/06/04 Sun [1]

Muito legal o texto de vocês. Parabéns!

Daniel


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[> Re: Tarefa 10 - Grupo 3 - Inglês (Deborah, Sandra e José Euríalo) -- Carlos Júnior Borges, 09:19:17 06/09/04 Wed [1]

Parabéns pelo trabalho que fizeram, e pelo trabalho que me deram para ler a atividade proposta por vocês (brincadeira). Muito interessante quando mencionaram que os livros analisados, mesmo que busquem contextualizar o universo do aluno (não é o caso de todos os livros), acabam por direcionar as tarefas relacionadas à escrita num dimensão que tolhe o aspecto comunicativo, ou seja, vocês afirmam que as tarefas acabam por inibir a criatividade dos alunos. Ou será que estou enganado?


Abraços,

Carlos Jr. Borges


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