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Date Posted: 15:08:25 10/07/04 Thu
Author: Ana Laura dos Santos Marques
Subject: Re: Aspectos culturais: Material Didatico
In reply to: José Euríalo 's message, "Re: Aspectos culturais: Material Didatico" on 09:21:24 10/07/04 Thu

Roseane, José e colegas,

se querem algum relato de experiência de uso de um material feito por brasileiros, para aprendizes de português como L2 ou LE, dentro da perspectiva de cultura ocidental tratada por Sinclair (1997), tenho um. Evidentemente, concordo com a idéia de que há possibilidades de adaptações, a vantagem de estarmos num contexto ocidental facilitando as visões dos autores de LD e dos aluno, como a Roseane afirmou.

Em um dos livros de português utilizados durante um curso regular para uma turma de 16 (dezesseis) nacionalidades diferentes no Cenex/FALE, havia um exercício na segunda lição, nível básico, sobre a formação de substantivos no plural e eu corrigia um exercício. No meio das palavras "regulares", em que bastava o acréscimo do s, havia o substantivo "esposa". Quando um aluno alemão leu a palavra no plural, começou a rir, e eu entrei na brincadeira dele, fazendo mais alguns comentários sobre o fato de aparecer "esposas" num livro de português para estrangeiros. Aí um aluno, muçulmano da Líbia, falou sério: "Por que não esposas? Na Líbia são 3 ou mais para um homem". E na mesma hora um aluno perguntou curiosíssimo: "E você tem quantas esposas?" A turma inteira ria, entrava na conversa e eu até deixaria a conversa seguir, porque afinal de contas estavam usando português na sala de aula pela primeira vez no curso básico (as demais produções ainda eram de frases e poucos comentários) numa discussão, se não fosse a percepção de um certo constrangimento de um outro muçulmano que sim, tinha 3 ESPOSAS. Tenho até mais relatos, mas não foram causados por choques culturas, e sim "brigas" internacionais. Em outra oportunidade poderei contá-los.

A idéia de Sinclair(1997) a respeito de variações para o conceito de autonomia a ser desenvolvido em contextos culturalmente diferentes se relaciona com a de Blin (2002): "a autonomia não é comportamento nem estado dos aprendizes" e que "há diferenças relativas à aquisição de uma L2 devido às características individuais e abordagens de língua". O que vocês acham?

Ana Laura

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