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Date Posted: 17:41:16 10/10/04 Sun
Author: Micheline Marra de Lima
Subject: Resumo 8

Resumo 8

THANASOULAS, D. Learner autonomy.ELT Newsletter. article 32, Sept.2000.
http://www.eltnewsletter.com/back/September2000/art322000.htm

Thanasoulas faz a introdução de seu texto falando da propagação dos termos autonomia e independência que se tem no campo de aprendizagem da linguagem no mundo atual. Espera-se que o aprendiz autônomo seja responsável por seu próprio processo de aprendizagem. Entretanto, isto não implica na abdicação total do professor. O autor apresenta cinco definições distintas para ‘autonomia’:
(a) situações em que o aprendiz estuda completamente por si mesmo;
(b) habilidades que podem ser aprendidas ou aplicadas em uma aprendizagem auto-direcionada;
(c) uma capacidade inata que é abafada pela educação institucional;
(d) responsabilidade do aprendiz por sua própria aprendizagem;
(e) direito que os aprendizes têm de determinar a direção de sua própria aprendizagem.
Outros autores adotam terminologias diferentes para autonomia: ‘independence’ (Sheerin, 1991), ‘language awareness’ (Lier, 1996; James & Garret, 1991), ‘self-direction’ (Candy, 1991), ‘andragogy’ (Kmowles, 1980; 1983a). Quando o aprendiz delineia os objetivos e propósitos de sua aprendizagem, escolhe o material, método, tarefas e os critérios de avaliação de forma independente, pode-se dizer que este é um aprendiz autônomo. Tudo isso está sob as teorias construtivistas. Os sete atributos de Wenden, caracterizando a autonomia são citados novamente neste texto. No entanto, o autor faz uma observação pertinente em relação aos atributos citados. Fatores além destes são necessários para desenvolver autonomia: necessidade do aprendiz, motivação, estratégias de aprendizagem e consciência lingüística. Autonomia é um processo, não um produto. Segundo o autor, o indivíduo não se torna autônomo, ele apenas caminha em direção à autonomia. O positivismo é uma premissa importante no âmbito da autonomia, defendendo que o conhecimento reflete a realidade objetiva. Assim, se podemos afirmar que o professor tem esta realidade objetiva, a aprendizagem passa a consistir em uma transmissão de conhecimento de um individuo a outro. As classes que seguem o ensino tradicional seguem este parâmetro, em que o aluno é considerado um ‘container’ onde é enchido com conhecimento. Entretanto, ao contrário do positivismo, o construtivismo afirma que ao invés de internalizar e descobrir o conhecimento objetivo, os indivíduos reorganizam e reestruturam sua experiência. Segundo o construtivismo, o conhecimento não pode ser ensinado, mas aprendido, não é construído, mas descoberto. Autonomia envolve um processo de interação com o contexto social. Com certeza, o aprendiz autônomo assume um papel mais social, político e crítico. Um projeto de pesquisa sobre estratégias de aprendizagem está sendo desenvolvido. Segundo ele, as estratégias cognitivas agem diretamente com a informação recebida, manipulando-a de várias formas; são elas: repetição, recursos, tradução, anotação, dedução, contextualidade, transferência, inferência, questionamento para esclarecimento. As estratégias metacognitivas são: atenção direcionada, atenção seletiva, auto-monitoramento, auto-avaliação, auto-reconhecimento. Além disso, a aprendizagem, no geral, tem um componente afetivo. As emoções e os fatores sociais e psicológicos dão uma descrição mais adequada para a reação dos alunos no processo de aprendizagem. Para Wenden (1998), existem dois tipos de atitudes dos aprendizes: seu papel no processo de aprendizagem e sua capacidade. Porém, Brown (1987) acrescenta o fator cultural que delineia a atitude do aprendiz. No texto, o autor coloca a motivação como uma das chaves para a influência do sucesso da aprendizagem, mas não como a questão principal. Ele apresenta a motivação instrumental e a integrativa. Ligada intimamente à motivação está a auto-estima. Candy (1991) aponta algo interessante, afirmando que tanto professor, quanto aluno podem caminhar em direção à autonomia, criando um ambiente amigável, caracterizado de baixa ameaça, consideração positiva incondicional, feedback honesto e sincero, respeito pelas idéias e opiniões dos outros, aprovação da auto-melhoria como objetivo e colaboração, ao invés de competição. Os excertos apresentados no artigo são de extrema importância. Na conclusão, o autor termina admitindo a complexidade do tema ‘autonomia’ e seus empecilhos criados pelo professor, aluno, sistema, currículos, etc. Os motivos para se ter aprendizes autônomos são apresentados: auto-suficientes cidadãos capazes de avaliar qualquer tipo de situação e saber lhe dar com as inconsistências da sociedade e das instituições.


NICOLAIDES, C. FERNANDES, V. Crenças e atitudes que marcam o desenvolvimento de autonomia no aprendizado de língua estrangeira: atitudes and beliefs that mark the development of autonomy in foreign language learning. The ESP. São Paulo, v. 23, n.1 p.75-99.2002

O artigo de Nicolaides e Fernandes é muito interessante por ser um instrumento prático acerca da autonomia. As autoras desenvolveram um centro de aprendizagem autônoma na Universidade Católica de Pelotas, chamado CAAL. A pesquisa das autoras focaliza as crenças, atitudes e autonomia do aprendiz. Com a crescente onda de informação disponível, tornou-se necessário o domínio de novas ferramentas tecnológicas e busca do conhecimento de forma autônoma. Um profissional competente na atualidade é aquele capaz de tomar suas próprias decisões. Como há uma mudança de abordagem centrada no professor hoje em dia, torna-se necessário uma abordagem sócio-construtivista. Entretanto, houve inúmeras barreiras para a implementação deste programa, principalmente em relação a crenças e atitudes dos aprendizes, que vêem de uma cultura onde o aula é centrada no professor. O artigo é dividido em cinco seções:
(1) descrição do CALL – Centro de Aprendizagem Autônoma de Línguas: tem como objetivo a coleta de dados para as pesquisadoras acerca do desenvolvimento da autonomia pelos aprendizes; computadores e programas disponíveis;
(2) Conceitos trazidos pela literatura da área da autonomia: Boud (1988), Dickinson (1994), Pennycook (1996), Kenny (1993) e Littlewood (1996);
(3) metodologia para coleta de dados: o aluno deve desenvolver 20 horas de trabalho no CALL, são desenvolvidos trabalhos de compreensão oral, escrita e produção escrita, os alunos eram corrigidos pelos próprios alunos por gabarito, reuniões eram feitas para discussão e acompanhamento, aconselhamento – planejamento, execução e avaliação;
(4) extratos de falas, trechos de diários, relatórios de bolsistas, fichas de avaliação, crenças e atitudes dos aprendizes – relatórios semanais, gravação e transcrição das reuniões mensais de aconselhamento;
(5) resgate dos principais aspectos encontrados nos documentos utilizados para a realização desta pesquisa.
Um dos pontos cruciais do desenvolvimento deste trabalho é levantar a auto-estima dos alunos. O intuito das autoras com este artigo era demonstrar aos leitores a importância que a autonomia exerce na educação, especialmente no aprendizado de língua estrangeira. É primordial, porém, que se conheça melhor as crenças e atitudes dos aprendizes. A primeira crença concerne a necessidade do aprendiz de ter uma relação entre o que está sendo dado em sala de aula com o trabalho extra. O segundo item, é a dificuldade que os aprendizes encontram em freqüentar o centro. O terceiro item está relacionado com a consciência de alguns alunos em relação ao bom gerenciamento de seu tempo. O último aspecto foi a resistência dos alunos em utilizarem recursos tecnológicos. O trabalho nos mostrou a grande necessidade de entender o processo da autonomia, os obstáculos que ela apresenta para seu desenvolvimento efetivo. Como as autoras afirmam no final de seu artigo, quando se reprime ou ignora a autonomia, o que ocorre é apenas a imposição da opinião dominante.

Micheline

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