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Date Posted: 16:43:29 10/10/04 Sun
Author: Regina Moreno
Subject: Resumo 8

SEMANA 8

No Texto de Dimitrius Thanasoulas, Learner Autonomy, o autor relata que a concepção de aprendiz autônomo e independente tornou-se evidente nas últimas duas décadas. Para ele a parcela de responsabilidade dos professores para com o aprendiz é o agrupamento das mudanças no currículo em direção a um aprendizado mais centrado no aluno. É ressaltado que autonomia no ensino/aprendizagem não significa que o professor tornou-se redundante, abdicando de seu controle no que está acontecendo no processo de aprendizado da língua.
Na definição do vem a ser autonomia no aprendizado, Thanasoulas descreve a citação de Holec (1981:3) de que é a habilidade de encarregar-se de sua própria aprendizagem. De uma forma geral, o termo autonomia pode ser usado em pelo menos cinco momentos: Em situações em que os aprendizes estudam inteiramente por eles mesmos; para uma série de habilidades que podem ser aprendidas e aplicadas no aprendizado auto dirigido; para uma capacidade inata que é reprimida pelas instituições de educação; para o exercício da responsabilidade dos aprendizes em seus próprios aprendizados e para o direito dos aprendizes em determinar a direção de seus próprios aprendizados.
Em todos os sentidos, o aprendiz autônomo tem um papel pró-ativo no processo de aprendizagem, generalizando idéias e avaliando por eles mesmos as oportunidades de aprendizado, em vez de simplesmente reagir aos vários estímulos do professo (Boud, 1988; Kohonen, 1992; Knowles, 1975). Para Rathbono (1971:100, 104, citado em Candy, 1991:271), o aprendiz autônomo é um auto ativador de significado, um agente ativo em seu próprio processo de aprendizado. Ele não é alguém para quem as coisas simplesmente acontecem; ele é alguém que, por sua própria vontade, faz com que as coisas aconteçam. O aprendizado é visto como o resultado de sua própria iniciativa e interação com o mundo.
Diante dessa concepção, o aprendizado não é simplesmente uma matéria de memorização automática; é a construção de um processo que envolve ativamente a procura do significado dos fatos.
A preocupação dos estudos atuais tem sido com a característica geral da autonomia. Em toda parte a conjuntura deveria ser reiterada de que autonomia não é artigo fiel, um produto pronto feito para ser usado ou, simplesmente, uma qualidade pessoal ou característica. O aprendizado autônomo é atingido quando certas condições são obtidas: estratégias cognitivas e metacognitivas da parte do aprendiz, motivação, atitudes de conhecimento sobre o aprendizado da linguagem, isto é, um tipo de metalinguagem.
As estratégias de aprendizado, de acordo com O’Malley e Chamot (1990), são os pensamentos especiais ou comportamentos que pessoas utilizam para compreender, aprender ou reter novas informações. Para Wenden (1998:18), estratégias de aprendizado são as operações mentais que os aprendizes usam para aprender uma nova linguagem e estilos de aprendizagem que alguém adota; pode em parte refletir preferência pessoal em vez de dote inato.
Estratégia cognitiva, para O’Malley e Chamot (1990:44), age diretamente na informação mais profunda, manipulando na forma que realça o aprendizado. Algumas estratégias cognitivas como: Repetição, pesquisa, tradução, dedução, contextualização, transferência, inferência, etc., podem ser usadas pelos aprendizes.
O conhecimento metacognitivo, de acordo com Wenden (1998:34), inclui todos os fatores que os aprendizes adquirem sobre seus próprios processos cognitivos, como eles são aplicados e usados para obter conhecimento e adquirir habilidades em diversas situações. Nesse sentido, estratégias metacognitivas são habilidades usadas para planejar, monitorar e avaliar a atividade do aprendizado. Atenção direta, seletiva, auto monitoramento, auto avaliação e auto reforço são exemplos dessa estratégia.
Em se tratando de motivação, o aprendizado da linguagem não é uma tarefa meramente cognitiva. O aprendizado da linguagem, em geral, tem um componente afetivo. Para Rinvolucri (1984:5), citado em James & Garrett (1991:13). Encontrar e interiorizar a gramática de uma língua estrangeira não é somente um ato inteligente e cognitivo. É um ato de afeto, também. A motivação aumenta com atitudes positivas enquanto as negativas fazem o efeito contrário.
Embora o termo motivação seja freqüentemente usado no contexto educacional, existe pouca concordância entre os especialistas sobre o real significado. O que a maioria dos estudiosos parecem concordar é que motivação é um dos fatores chaves que influenciam a proporção e sucesso na aquisição de uma língua estrangeira. A motivação provoca o primeiro ímpeto para iniciar o aprendizado da língua estrangeira e mais tarde mantém o longo e freqüente processo tedioso de aprendizagem (Dornyei, 1998:117). De acordo com Gardner e Maclntyre (1993:3), motivação compreende três componentes: Desejo de atingir um objetivo, esforço desprendido nessa direção e satisfação com a tarefa.
A auto-estima está ligada diretamente às atitudes de motivação. Ela é o julgamento pessoal do mérito que é expressado nas atitudes que o indivíduo possui dele mesmo (Coopersmith, 1967:4-5, citado em Brown, 1987:101-102).
Três métodos, relatórios, diários e comunicação persuasiva no sentido de alterar crenças e atitudes são citados para a promoção do aprendiz autônomo. O relatório, para Wenden (1998: 79-85), é uma boa forma de obter informações do andamento do aprendizado da tarefa e os ajuda a tornarem-se conscientes de suas próprias estratégias ao fazerem um relatório sobre o que estão pensando enquanto estão produzindo essa tarefa. Os diários oferecem aos estudantes a possibilidade de planejar, monitorar e avaliar seus aprendizados, identificando qualquer problema eles procuram sugestões para solucioná-los.
Para superar dificuldades e atingir autonomia alguns fatores são determinantes como, motivação o desejo de aprender e as crenças adquiridas por cada um. Algumas crenças, no entanto precisam ser modificadas e isso é conseguido através da comunicação persuasiva. A comunicação persuasiva é uma discussão em que se apresentam informações e argumentos para mudar a avaliação do aprendiz sobre um tópico, situação, tarefa, etc. esses argumentos podem ser implícitos e explícitos, principalmente quando o tópico é julgado importante. Quando os aprendizes se deparam com argumentos convincentes sobre alguma situação, eles são levados a reexaminar suas opiniões sobre o tema, revisando seus conceitos ou, até mesmo, mudando-os completamente.
Concluindo pode-se dizer que o principal ponto do estudo acima tem sido a noção de que existem degraus para o aprendiz autônomo e isso não é uma concepção absoluta. O estudo mostra também a necessidade de existir um professor para adaptar recursos, materiais e métodos que atendam as necessidades dos aprendizes. Aprendiz autônomo consiste em se tornar consciente e identificar as estratégias, necessidades e objetivos enquanto aprendizes, e terem a oportunidade de reconsiderarem e repensarem procedimentos de aprendizagem. Mas mesmo se o aprendiz autônomo é sensível as intervenções educacionais, pode se verificado que poderia levar um grande tempo para desenvolver ou, simplesmente, remover as barreiras para uma habilidade pessoal de pensar e se comportar de certa forma e pode também não parar velhos hábitos ou velhas formas de pensar (Candy, 1991: 124).
No texto Crenças e Atitudes que Marcam o Desenvolvimento de Autonomia no Aprendizado de Língua Estrageira de Christine Nicolaides e Vera Fernandes da Universidade Católica de Pelotas, são mostrados algumas crenças e atitudes de aprendizes que resistem à autonomia e os posicionamentos das autoras em relação a isso.
Reconhecidamente observasse a importância dada pelos professores atuais a autonomia na educação, porém as práticas dos procedimentos encontram barreiras para esse processo, principalmente pela permanência de crenças e atitudes que resistem a inovações.
A autonomia passou a ser estudada em função de alguns fatores, quais sejam: ênfase no valor de experiências pessoais, na qualidade de vida e liberdade de escolha; necessidade de desenvolvimento de novas habilidades e novas formas de buscar conhecimento devido ao quantitativo elevado de informações disponíveis; exigências do mercado de trabalho que busca profissionais capazes de tomar suas decisões.
Essas novas necessidades refletiram no ensino-aprendizagem de línguas, trazendo mudanças significativas, invertendo antigas situações de ensinos centradas em professores para o foco aluno. Porém essa necessidade passou a ter uma nova preocupação que seria de como introduzir isso na prática, já que o novo método estaria privilegiado a atribuição e responsabilidade ao aluno pelo seu próprio conhecimento.
A pesquisa das autoras foi realizada com um grupo de 24 alunos do curso de Letras da Universidade Católica de Pelotas e foram observadas quatro crenças nessa trajetória: “necessidade de vinculação entre o conteúdo programático e sala de aula; dificuldade em perceber a relevância da freqüência a um centro de aprendizagem autônoma e conseqüente desenvolvimento de sua competência lingüística; consciência da importância de um melhor aproveitamento de tempo e resistência em utilizar recursos tecnológicos”.
O CAAL é o Centro de Aprendizagem Autônoma de Línguas, tendo sido o local destinado aos alunos para realização da pesquisa por ter as condições necessárias ao evento. No decorrer do processo dificuldades foram enfrentadas, como citadas pelas autoras: relacionamento entre os bolsistas; falta de autonomia dos próprios bolsistas; pouca maturidade do grupo com relação a leituras sobre o tema; gerenciamento do tempo e do espaço físico do Centro; adequada elaboração e classificação de material; a baixa freqüência dos alunos, entre outros.
Vários pressupostos teóricos embasam a pesquisa subsidiando as etapas de desenvolvimento do projeto. A metodologia utilizada foi através de “pacotes” de nível básico, objetivando o desenvolvimento da compreensão oral e escrita, como também a produção escrita. Além das aulas tradicionais os alunos teriam 20 horas de trabalhos no CAAL. O material utilizado foi testado com uma previsão de 2 horas para cada aprendiz. Foram marcadas datas para a entrega das tarefas e a correção efetuada através de gabarito. Os exercícios de produção escrita eram corrigidos pelas professoras pesquisadoras ou pelas professoras das disciplinas. Os alunos puderam escolher o melhor horário que os atendia para a o comparecimento ao CAAL, tendo sido planejadas reuniões mensais das professoras para avaliação. Encontros semanais foram realizados entre as pesquisadoras e os bolsistas, como também destinadas algumas horas de aconselhamento para os alunos com as professoras pesquisadoras. Através desses procedimentos, procurou-se instigar os alunos a, gradualmente, se encarregar de sua aprendizagem, responsabilizando-os desde o planejamento e execução até a avaliação de seu projeto de trabalho.
Na análise dos dados alguns pontos ficaram latentes como a constatação de que no aprendizado a autonomia é uma questão de atitude, o conceito de aprendizado autônomo é formado pela idéia de responsabilidade e escolha, a restrição quanto a escolha do material de ensino, à metodologia e as disciplinas. Nas crenças avaliadas, primeiramente a necessidade que o aprendiz sente de vincular o que está sendo visto em sala de aula com o trabalho extra-classe, as pesquisadoras concluíram, apesar de discordarem da crença, que talvez essa seja a forma de tornar o aprendizado significativo para os alunos. A segunda, diz respeito a constatação da necessidade por parte do aprendiz em perceber a importância e benefícios da presença no CAAL. O terceiro aspecto é a consciência dos alunos sobre a necessidade de gerenciarem seu tempo, pois esse fato, acredita-se, facilita o desenvolvimento da aprendizagem autônoma. A quarta observação foi a resistência na utilização de recursos tecnológicos e deverá compor uma das metas de cursos de formação de professores, a preparação para enfrentar as novas demandas do mercado de trabalho.
Concluindo, diante das novas necessidades do ensino, não obstante as dificuldades, é imprescindível que a autonomia ocupe lugar de destaque na educação, pois quando se reprime ou ignora a autonomia, existe uma imposição da opinião dominante.

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