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Date Posted: 19:41:29 05/16/05 Mon
Author: Danilo Cristófaro
Subject: Resumo semana 12 - Teoria sociocultural

UFMG – PosLin
DISCIPLINA: LIG 905 Seminário de Tópico Variável de Lingüística Aplicada - Professora Vera Menezes – 2005/1

Aluno: Danilo Cristófaro Alves da Silva
Semana 12: 16 a 20 de maio - Teoria Sociocultural

LANTOLF, J.P. Introducing sociocultural theory. In: LANTOLF, J.P. Sociocultural theory and second language learning. xford: Oxford University Press, 2000. p. 1-26

Ao introduzir o leitor a teoria sociocultural Lantolf explora os aspectos da teoria no ensino e aprendizagem de língua estrangeira. Estes aspectos são distintos de outras teorias de SLA. O conceito básico da teoria sociocultural é o de que a mente humana é mediada, ou seja, o homem não lida com o mundo de forma direta: ele faz uso de ferramentas simbólicas, ou signos, para mediar as relações com si próprio, e com outros indivíduos. Segundo Lantolf, estas ferramentas são como artefatos que mudam ao longo do tempo, e são passadas para as gerações futuras.

Na visão de Vygotsky, o papel da psicologia é o de entender como a atividade mental e social do homem é organizada através dos artefatos construídos a partir da cultura. Assim, a partir desta linha de pensamento, podemos conceber as línguas como um instrumento constantemente modificado pelas necessidades comunicativas dos seus usuários.

Ainda segundo Vygotsky, a mente humana possui áreas de capacidade mental superiores que inclui a atenção voluntária, memória intencional, planejamento, pensamento lógico e solução de problemas, apredizado e a avaliação efetiva desses processos. A abordagem mais adqueada para o estudo dessas habilidades mentais é a histórica, que foi dividida em quatro domínios genéticos. A teoria sociocultural considera o pensamento e a fala como dois processos intrisicamente ligados em uma só unidade dialética, sendo que o pensamento não pode ser explicado sem a produção lingüística.

A teoria da atividade, concebida por A.N. Leontiev, utiliza o argumento de Vygotsky de que o comportamento humano é consequência da integração das formas de mediação, que por sua vez são construídos a partir do cultural e do social. De acordo com esta teoria, a atividade é a realização de algo a partir de uma necesssidade, mas que se torna um motivo para se fazer algo a partir do momento em que os motivos são direcionados para um determinado ponto. Uma atividade é composta de três níveis: o da motivação, o da ação e o nível das condições.

Um dos construtos da teoria sociocultural é o da zona de desenvolvimento proximal (zone of proximal development ou ZPD). Este é o espaço onde as formas de mediação social se desenvolvem. ZPD é uma metáfora que é utilizada para uma melhor compreensão de como os meios de mediação são apropriados e internalizados. Segundo a definição de Vygotsky, ZPD é a diferença entre o que o indivíduo pode aprender quando só, e o que o mesmo indivíduo pode aprender quando é auxiliado por um outro indivíduo ou por artefatos culturais. Aqui, mediação é a palavra de ordem.


PAVLENKO, A; LANTOLF, J.P. Second language learning as participation and the (re)construction of selves. In: LANTOLF, J.P. Sociocultural theory and second language learning. Oxford: Oxford University Press, 2000. p.155-177

O presente capítulo examina a maneira com que indivíduos inseridos numa nova cultura fazem a reconstrução de suas identidades através de narrativas pessoais usadas como artefatos de mediação. Assim, o capítulo aborda o aprendizado de língua estrangeira como uma luta por participação, e suas consequências em potencial.

Segundo Pavlenko & Lantolf a metáfora vigente nos modelos computacionais de aquisição de língua é a metáfora da aquisição (AM). Em SLA, a AM vê a língua como um conjunto de regras e permite a descrição da língua do aprendiz em sua complexidade.

Sfard (1998 in PAVLENKO & LANTOLF, 2000) descreve uma nova metáfora que vem a acrescentar, ao invés de substituir a AM. É a metáfora da participação, ou PM. A metáfora da participação exige que pensemos no aprendizado como um processo de se tornar membro de uma comunidade, onde o indivíduo desenvolve a habilidade de se comunicar na língua dessa comunidade. Para usar esta abordagem em SLA, é necessário mudar o foco da investigação da estrutura da língua para o seu uso sempre dentro de um contexto. Assim, os autores afirmam que enquanto a metáfora da aquisição tem como foco o QUÊ em SLA, a metáfora da participação se concentra na investigação do COMO no proceso de aquisição de segunda língua.

Os autores analisam a narrativa em primeira pessoa usando a metáfora da participação. Até então, a narrativa em primeira pessoa tinha sido, de certa forma, marginalizada pelas ciências humanas e sociais. Dentro dessa perspectiva, os autores avaliam obras literárias de autores americanos e franceses, todos oriundos do leste europeu. Pavlenko & Lantolf descrevem as narrativas e como se deu a passagem de adultos bilíngües de uma cultura para o “outro lado da fronteira”. A análise feita demonstra que as narrativas representam um espaço onde a identidade é reconstruída e histórias de vida são contadas de novo, de forma distinta dos relatos anteriores. Nessas obras é possível não só identificar os espaços de reconstrução da identidade, mas também os conflitos internos, e como são vividos dentro das novas práticas discursivas.

Com essas narrativas, vistas a partir da teoria da atividade, com um foco no papel da cultura e história na organização e mediação da mente, os autores argumentam que, mais do que fazer parte de um novo ambiente cultural, as narrativas são um esforço de reconstrução do eu.

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