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Date Posted: 21:31:00 05/16/05 Mon
Author: Luciana
Subject: Semana 12 - Teorias sociais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE LETRAS
PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS LINGÜÍSTICOS
LINGÜÍSTICA APLICADA AO ENSINO DE LÍNGUAS
Prof.a : Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva

Aluna: Luciana Fiuza de Sousa


Teoria sociocultural – semana 12

Os textos que escolhi para essa semana foram o de Lantalf (“Introduction to sociocultural theory”) e Pavlenko e Lantalf (“Second language learning as participation and the (re)construction of selves”), e foram assim escolhidos por serem, na minha opinião, complementares. Enquanto o texto de Lantalf nos apresenta a construção do indivíduo social, o texto de Pavlenko e Lantalf nos mostra a constrição da identidade do indivíduo, mas esses se complementam pois tratam ambos do sujeito enquanto ser social.
Lantalf nos apresenta a diversos termos e conceitos. Ele nos fala que a mente do ser humano é mediada, ou seja a nossa relação com o mundo é mediada por artefatos. Ele nos mostra também que a abordagem para se estudar o comportamento humano deve ser histórica, visto que o homem é um ser histórico. Quatro domínios das funções mentias são apresentados: filogenético, sociocultural, ontogenético e microgenético, sendo que o domínio ontogenético tem sido o mais estudado pois avalia como as pessoas se utilizam de artefatos para processar elementos., e demonstra a natureza desenvolvimentista da mediação. A teoria sociocultural, segundo o texto, relaciona a fala ao pensamento na medida em que um está bastante ligado ao outro e para se estudar um é necessário o entendimento do outro. A unidade de análise apresentada por Vigotski para a linguagem seria a palavra pois, segundo ele essa carregaria o significado maior das coisas. Vigotski também ressalta a importância da brincadeira com a fala (play with language) para a aquisição de língua.
A teoria da atividade nos mostra a menta como um sistema funcional motivado, ou seja opera sob determinadas condições através de meios mediados motivados por determinadas necessidades.
Algumas observações são feitas a respeito da internalização, como uma atividade social organizada lingüisticamente, daí a importância da fala auto-direcionada (self-directed), pois muito mais que uma função comunicativa se presta a uma função social de uma mente culturalmente mediada.
Um aspecto bastante importante explorado no que diz respeito à aprendizagem tem relação com a ZDP de Vigotsky, que advoga que a aprendizagem envolve interação entre um iniciante e um esperto que possa lhe transmitir determinada habilidade através da imitação, sendo essa imitação vista como comunicativa, colaborativa e instrucional (portanto um fenômeno social).
Já o texto de Pavlenko e Lantalf é explorada a construção do eu no processo de aquisição de uma língua, tendo como pressuposto a metáfora da participação. Segundo eles, falar uma língua seria a habilidade de se comunicar na língua dessa comunidade e atuar de acordo com suas regras particulares. Parte-se portanto das narrativas pessoais que vem ganhando mais e mis território nas áreas da psicologia, sociologia, sociolingüística, etc., olhando para as coisas sob uma perspectiva existencialista/hermenêutica (apesar de esse tipo de pesquisa sofrer ainda algumas críticas quanto a sua validade e significância por não ser científica). É importante notar que as identidades individuais são reconstruídas no processo de aquisição de uma segunda língua.
Interessante notar que a questão da linguagem interna também é levada em consideração nesse texto visto que auxilia na organização das experiências que uma pessoa tem em relação ao mundo, e que essa identidade reconstruída se faz incrivelmente através de atos sociais, pois a nova identidade lingüística é co-construída.
Finalmente os autores nos alertam para o fato de um primeira língua nos é dada as novas língua são adquiridas por escolha, e isso é um fato bastante relevante, pois somos construídos através da linguagem, que por sua vez nos define enquanto indivíduos.

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