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Date Posted: 11:47:02 06/13/09 Sat
Author: nhazilo (ola)
Subject: Re: Semana 13 - Instrução Formal
In reply to: Danilo Cristófaro 's message, "Semana 13 - Instrução Formal" on 20:23:39 05/22/05 Sun

>UFMG – PosLin
>DISCIPLINA: LIG 905 Seminário de Tópico Variável de
>Lingüística Aplicada - Professora Vera Menezes – 2005/1
>
>Aluno: Danilo Cristófaro Alves da Silva
>semana 13: 23 a 27 maio - Instrução Formal
>
>ELLIS, R. A theory of instructed second language
>acquisition. In: ELLIS, R. SLA research and language
>teaching. Oxford: Oxford University Press, 1997. p.107
>a 133
>
>Ellis descreve a teoria de Instrução em SLA. Na sua
>descrição o autor descarta fatores como motivação,
>diferenças individuais, etc, e foca na aquisição de
>gramática, fazendo uma distinção do
>conhecimento/aprendizado implícito e explícito, e dos
>processos controlados e automáticos.
>
>Ao descrever as características do insumo, Ellis
>argumenta que a instrução direcionada para o
>aprendizado do código lingüístico é dada através da
>informação explícita na forma de regras. O
>aprendizado explícito se dá com o uso da metalinguagem
>por parte do professor. As variáveis relacionadas ao
>ensino de gramática de forma explícita são:
>explicidade, elaboração, fonte e modo de apresentação.
>Segundo Ellis, o insumo tem papel de destaque na
>aquisição de L2 devido a facilidade de manipulação do
>mesmo.
>
>A teoria de Instrução em SLA tem nos seus pressupostos
>a separação do conhecimento em dois tipos: explícito e
>implícito, e propõe que quando a representação é
>explícita, os aprendizes estão conscientes do que
>sabem. Já com relação ao conhecimento implícito, ele
>é intuitivo, pode ser dividido em conhecimentos de
>itens e conhecimento das regras, e forma a interlíngua
>do aprendiz. Em outras palavras, o aprendiz não
>“percebe” a aquisição de um determinado item.
>
>Outra distinção prevista na teoria é a dos processos
>controlados e processos automáticos. Os processos
>controlados partem de um controle de atenção que
>ativa, temporariamente, nódulos de memória para ativar
>o processo lingüístico. Os processos automáticos
>ocorrem quando há a ativação de uma resposta
>construída dentro de um mapeamento de padrões
>lingüísticos. Essas duas distinções, entre explícito
>e implícito; e processos controlados e processos
>automáticos, se entrelinham tornando possíveis os
>quatro tipos de conhecimento de L2.
>
>Ellis acrescenta, citando Reber que o aprendizado
>implícito é o processo cognitivo primário, e embora a
>maior parte da comunicação se dê através do
>conhecimento implícito, é possível considerar que uma
>instrução focada na forma de um determinado item
>lingüístico pode resultar no uso espontâneo deste
>mesmo item na produção lingüística do aprendiz. De
>acordo com o modelo de interface fraca, os aprendizes
>necessitam ter um nível de desenvolvimento que
>possibilitam a “acomodação” deste novo item.
>
>Para Ellis, o conhecimento explícito e implícito são
>partes de dois processos de aprendizagem distintos, e
>cita Schmidt que descreve a consciência do
>aprendizado de L2 em quatro modos: intencional,
>atenção, awareness e controle. Assim, Ellis
>caracteriza o aprendizado de língua explícito como
>intencional, quando o aprendiz percebe, de forma
>consciente, as propriedades formais do ensino. Ainda
>segundo o autor, o aprendizado de língua explicito tem
>como características a necessidade do aprendiz de ter
>a atenção a um determinado item lingüístico e
>compará-lo ao seu “produto” lingüístico, integrando-o,
>a partir da construção de novas hipóteses percebidas,
>à sua interlíngua.
>
>Ellis descreve a relação da atenção, da comparação e
>da integração com o conhecimento explícito e implícito
>e sua integração à interlíngua. Ao contrário de
>Krashen, que separa aprendizado de aquisição, Ellis
>sustenta o argumento de que o conhecimento explícito
>pode auxiliar, de forma significativa, o aprendizado
>implícito. Para que o conhecimento, tanto explícito
>quanto implícito, seja automatizado, é necessário
>fazer uso da prática. Contudo, dependendo do tipo de
>conhecimento, a prática será realizada de forma
>distinta. No conhecimento implícito, o aprendiz deve
>fazer uso do seu conhecimento contido na sua
>interlíngua, em situações reais de uso. Já para que a
>automatização ocorra a partir do conhecimento
>explícito, é necessário praticar atividades
>controladas de gramática, de forma mais tradicional.
>
>Ellis fala ainda do papel da compreensão no
>aprendizado de L2 e que, dentro de uma perspectiva da
>teoria de instrução em SLA, o aprendizado ocorre
>quando o aprendiz percebe que há um problema de
>compreensão, e que para solucioná-lo ele é forçado a
>prestar mais atenção ao insumo. A teoria de Instrução
>em SLA proporciona uma visão abrangente instrução em
>ambiente de sala de aula. Segundo o autor, é possível
>termos um melhor entendimento de como se dá a
>aquisição em sala de aula com instrução formal.
>Também é possivel adquirir melhores condiçoes de
>explicar a ocorrência paradoxal quando, ao mesmo tempo
>que os aprendizes desenvolvem fluência em L2, há
>também um processo de fossilização lingüística.
>
>
>LARSEN-FREEMAN, D; LONG, M.H. Instructed second
>language acquisition. In: LARSEN-FREEMAN, D; LONG,
>M.H. An introduction to second language acquisition
>research. London: Longman, 1991. p.299-331
>
>Larsen & Long discutem as pesquisas feitas sobre os
>efeitos da instrução formal e o desenvolvimento da
>interlíngua, e examinam as evidências positivas que
>apontam para o argumento de que a instrução formal
>contribui para o aprendizado de L2.
>
>Os autores discutem as primeiras pesquisas feitas
>sobre os efeitos da instrução formal e citam, como
>consequência da influência das teorias mentalistas, o
>fato de que a instrução formal era considerada
>irrelevante. Com o advento da abordagem natural,
>formulada por Tyrrel, a instrução formal foi
>praticamente proscrita. Os autores argumentam que,
>embora a abordagem natural, e as idéias de Krashen,
>possam realmente proporcionar um bom desenvolvimento
>na aquisição de língua estrangeira, isto não significa
>que a instrução formal não possa auxiliar o aprendiz a
>desenvolver todo o seu potencial em L2.
>
>Segundo a interpretação de Pienerman, para que este
>desenvolvimento ocorra, é necessário que os alunos
>estejam prontos, do ponto de vista psicolingüístico
>(the learnability hypothesis). Da mesma fomra, a
>instrução dada pelo professor deve estar “ajustada”
>para o estágio em que o aluno se encontre dentro da
>sequência do seu desenvolvimento de aprendizado em L2
>(the teachability hypothesis). Estas duas hipóteses
>tentam explicar os motivos do porque, em algumas
>pesquisas feitas, a instrução formal não acelerou o
>desenvolvimento dos aprendizes.
>
>Segundo os autores, não tem havido um grande número de
>pesquisas que buscam avaliar as diferenças e
>similaridades do desenvolvimento da interlíngua no
>processo de aquisição seguindo de uma abordagem
>natural, ou de instrução formal, em sala de aula. De
>acordo com os estudos realizados por Pica; com
>aprendizes em ambientes naturalísticos, ambientes de
>instrução e ambientes mesclados; os dados apontam para
>uma aquisição de L2 que depende mais do aprendiz do
>que o meio onde ele aprende. A instrução formal
>afeta o aprendizado na medida que fornece um grande
>número de “morfologia gramatical”, e inibe construções
>lingüísticas gramaticais, normalmente encontradas em
>pidgins. Os resultados também indicam que é possível
>que, a longo prazo, ocorram diferenças entre
>aprendizes que receberam, ou não, instrução formal,
>mas os autores salientam o fato de que é preciso que
>haja mais estudos feitos na área para que possamos
>sair do terreno da especulação sobre o verdadeiro
>papel da instrução formal na aquisição de L2.
>
>Um dos efeitos da instrução formal na aprendizagem de
>línguas é que ela pode acelerar o aprendizado, e que
>isto é comprovado nos estudos feitos por vários
>pesquisadores, entre eles Krashen (1985) e Long
>(1983). Já com relação aos efeitos da instrução
>formal no nível alto de proficiência em L2, os autores
>também ressaltam a falta de pesquisas realizadas nesta
>área. Numa das poucas pesquisas feitas, Pavesi (1984)
>concluiu que, embora o grupo que recebeu a instrução
>formal tenha apresentado melhores resultados, isto se
>deu pela maior exposição a um insumo mais elaborado e
>complexo. Na opinião de Larsen & Long os resultados
>desta pesquisa demonstram a influência das inúmeras
>variáveis presentes no processo de aquisição de L2.
>
>Os autores defendem a idéia de que, embora a instrução
>formal em SLA pareça não alterar a sequência do
>processo de aprendizado, ela certamente acelera este
>processo, e contribui com efeitos positivos para que
>se alcance um nível de proficiência alto. As
>pesquisas também apontam que ainda é prematuro
>considerar a instrução formal benéfica somente aos
>aprendizes iniciantes, e que futuras pesquisas devem
>ser feitas com mais rigor do que as já feitas.

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