VoyForums
[ Show ]
Support VoyForums
[ Shrink ]
VoyForums Announcement: Programming and providing support for this service has been a labor of love since 1997. We are one of the few services online who values our users' privacy, and have never sold your information. We have even fought hard to defend your privacy in legal cases; however, we've done it with almost no financial support -- paying out of pocket to continue providing the service. Due to the issues imposed on us by advertisers, we also stopped hosting most ads on the forums many years ago. We hope you appreciate our efforts.

Show your support by donating any amount. (Note: We are still technically a for-profit company, so your contribution is not tax-deductible.) PayPal Acct: Feedback:

Donate to VoyForums (PayPal):

Login ] [ Contact Forum Admin ] [ Main index ] [ Post a new message ] [ Search | Check update time | Archives: 12[3]4 ]


[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]

Date Posted: 08:24:24 04/18/05 Mon
Author: Andrea Ulisses
Subject: Semana 8 interlingua

SEMANA 8 – INTERLINGUA
SCHUMANN, J. H. The pidgnization hypothesis. In HATCA, E. M. Second Language acquisition: a book of readings. ROWLEY, MA: Newbury House, 1978. p. 256-271
ELLIS, R. Second Language acquisition. Oxford. Oxford University Press. 1997. p. 31-71)

A constatação por pesquisadores da existência de um sistema lingüístico entre a L1 e a aquisição da L2 recebeu o nome de interlíngua. De acordo com Ellis (1997), este conceito constitui uma das primeiras tentativas de se explicar a aquisição de L2, através de hipóteses sobre a natureza dos fenômenos de representação lingüística da L2 pelo aprendiz e como essas representações mudam ao longo do tempo.
Uma maior reflexão sobre interlíngua requer uma contextualização sobre os pressupostos que possibilitaram a sua emergência. Um deles centra-se na teoria behaviorista, para a qual o aprendizado de língua envolve formação de hábitos. Nesse sentido, hábitos são formados quando o aprendiz responde a um dado estimulo do ambiente, e, esta resposta ao ser reforçada levaria a formação do hábito (aprendizado). Esta visão ficou desacreditada por não explicar adequadamente a aquisição, uma vez que enfatiza o que pode ser diretamente observável (input para o aprendiz e output produzido), ignorando os processos mentais produzidos pelo cérebro na aquisição.
O término das explicações behavioristas sobre a aprendizagem de línguas, conduziu a uma reconsideração sobre o papel da L1 na aquisição da L2, e sua teorias foram substituídas pela explicação das teorias mentalistas ou nativistas. De acordo com essa nova visão a mente humana possui faculdades que são responsáveis pelo aprendizado de línguas (Language Acquisition Device), sendo estas, portanto, determinantes no processo de aquisição.
O termo interlingua foi cunhado pelo lingüista americano Larry Sellinker, ao reconhecer o fato de que “L2 learners construct a linguistic system that draws in part, on the learner’s L1 but is also different from it and also from the target language” (p.33). Este conceito envolve várias premissas: construção de um sistema de regras lingüísticas abstratas (mental grammar); a gramática é influenciável e transitória; envolve diferentes estratégias de aprendizagem e tende a fossilizar-se.
Além da identificação dos mecanismos internos responsáveis pelo desenvolvimento da interlíngua, é preciso considerar também a importância do fator social. Três grandes abordagens sustentam a incorporação do fator social: stylistic continuum (acesso a diferentes estilos de condições do uso da língua), the acculturation model (distância social e psicológica como influência no desenvolvimento lingüístico) e social identity and investiment in L2 learning (relação do contexto sócio-cultural com a aquisição).
Detalhando sobre os fatores q serem considerados no processo de aquisição, Schumann (1978) apresenta um estudo sobre o desenvolvimento lingüístico de Alberto, costarriquenho de 33 anos de idade, imigrante nos Estados Unidos. A pesquisa centrou-se na aquisição de negativas, wh-questions e auxiliares. Alberto durante a condução do estudo mostrou pouquíssimo desenvolvimento lingüístico; dado esse relacionado a três possíveis fatores de influência:
1- Habilidade: déficit cognitivo que poderia impedir a aquisição
2- Idade: cortical lateralization na puberdade
3- Distancia social e psicológica: quanto maior a distancia e psicológica entre o grupo do aprendiz e o grupo de falantes da língua alvo, menor torna-se o desenvolvimento.
Ellis (1997) afirma que fatores sociais não tem impacto direto sobre os processos mentais, mas sim em efeito indireto sobre a comunicação do aprendiz. Assim, é preciso considerar qual a natureza dessa comunicação e como ela, afeta a aquisição da L2. Para tal, o autor sugere que é preciso investigar como o aprendiz adquire as regras do discurso e como a interpretação moldará o desenvolvimento da interlingua. Outros aspectos a serem considerados, ainda de acordo com Ellis (1997), seria o processo de transferência, isto é, influência que a L1 do aprendiz exerce sobre a aquisição da L2, assim como a influencia da aquisição consciente no desenvolvimento da língua (aquisição/aprendizado).
Dessa forma, o que as análises de Ellis (1997) e Schumann (1978) sugerem, é que maiores questionamentos sobre os processos lingüísticos contribuirão de forma mais incisiva para uma maior compreensão sobre o desenvolvimento do sistema interlingua.

[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]

[ Contact Forum Admin ]


Forum timezone: GMT-8
VF Version: 3.00b, ConfDB:
Before posting please read our privacy policy.
VoyForums(tm) is a Free Service from Voyager Info-Systems.
Copyright © 1998-2019 Voyager Info-Systems. All Rights Reserved.