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Date Posted: 06:58:16 04/18/05 Mon
Author: Valdênia Almeida
Subject: Semana 8 - Interlíngua

LIG 905 – Seminário de Tópico Variável em LA ao Ensino de Língua Estrangeira
Profa. Dr. Vera Menezes
Aluna: Valdênia Carvalho e Almeida


No capítulo 3, Ellis apresenta o termo interlíngua e as teorias a ele relacionadas. O autor faz uma breve consideração à teoria behaviorista e a teoria mentalista. Em seguida, Ellis apresenta a definição de interlíngua de Selinker, sendo interlíngua um sistema lingüístico construído pelo aprendiz de L2. O conceito de interlíngua é visto como uma metáfora de como a aquisição de L2 se dá. Essa metáfora implica numa visão da mente humana como um computador. Este modelo computacional recebe o input que é armazenado na memória de curta duração se transformando em intake. Caso o intake seja guardado na memória longa ele se transforma em conhecimento de L2 que será usado na produção de output.

No capítulo 4, Ellis discorre acerca dos aspectos sociais da interlíngua. Segundo o autor, fatores sociais têm um importante papel na aquisição de L2. Algumas teorias represetam alguns destes fatores, como, por exemplo, a teoria da acomodação de Gile. De acordo com esta teoria o aprendiz pode se aproximar mais, ou menos, do estilo de vida dos falantes nativos. Essa aproximação influencia no processo de aquisição de L2, podendo facilitá-lo ou dificultá-lo. Outra teoria apresentada é o modelo de aculturação de Shumann que, semelhantemente à acomodação, o aprendiz se integra ao estilo de vida do falante nativo, mas, ao mesmo tempo, ele preserva os valores e estilo de vida de sua cultura.

No capítulo 5, o autor fala dos aspectos do discurso da interlíngua. Ellis aborda o papel do insumo e da interação na aquisição de L2. O autor fala sobre o discurso estrangeiro usado pelo nativo ao falar com um aprendiz. Fala também da negociação de significado e de scaffolding, processos estes que mostram a importância não só do input, mas também da interação. Assim, o discurso contribui consideravelmente para a aquisição de L2, seja através do insumo modificado pelo discurso estrangeiro (foreigner talk), seja através do insumo que o aprendiz recebe quando negocia o significado em uma interação.

No capítulo 6, Ellis aborda os aspectos psicolingüísticos. O autor fala sobre transferência, ou seja, a influência de L1 na aquisição de L2. A língua materna do aprendiz pode muitas vezes ajudar – transferência positiva, ou atrapalhar – transferência negativa, o aprendizado de L2. O autor ainda fala do papel da conscientização no processo de aquisição e dos processos operacionais responsáveis pelo desenvolvimento da interlíngua.

No capítulo 7, o autor analisa os aspectos lingüísticos da interlíngua. Ellis menciona a gramática universal e o conceito de “learnability” que sustenta a teoria da GU de Chomsky, pois segundo o autor o input que o aprendiz recebe não é suficiente para gerar aquisição e assim, a aprendizagem de L1 depende do conhecimento inato. O autor também comenta a hipótese do período crítico que se sustenta na hipótese de que após uma certa idade (12, 13 anos) a pessoa perde sua capacidade lingüística. Ou seja, não é possível que um adulto adquira a competência lingüística de um nativo. Ainda neste capítulo, Ellis discute o conceito de “markedness”. O termo markedness está relacionado a idéia de que algumas estruturas da língua são mais básicas do que outras. Dentro dessa perspectiva se criou a hipótese de que o aprendiz aprende as estruturas menos marcadas primeiro para mais tarde aprender as estruturas mais marcadas.

A hipótese da pidginização é discutida por Shumman em sua apresentação do desenvolvimento lingüístico de Alberto, um imigrante trabalhador da classe operária americana. Após dez meses de instrução, Alberto permaneceu no estágio inicial de aquisição, utilizando o pidgin para se comunicar. Testes comprovaram que o não desenvolvimento de Alberto não era explicado por falta de habilidade ou idade. Estudos mostraram que as distâncias social e psicológica foram as causadoras da permanência de Alberto no estágio inicial e conseqüente pidginização da língua.

A distância social está relacionada a diversos fatores, entre eles: 1) Subordinação. Grupo é político, cultural e economicamente inferior aos nativos; 2) Assimilação. Grupo se integra totalmente no estilo de vida dos nativos; 3) Aculturação. Grupo se integra ao estilo de vida dos nativos, mas também preserva seu próprio estilo; 4) Preservação. Grupo rejeita o estilo de vida dos nativos; 5) Congruência. Relativo ao grau de similaridade entre as culturas do aprendiz e do nativo. Estes e outros fatores irão determinar a distância social entre o aprendiz e o nativo. Quando está distância é muito grande não temos uma boa situação de aprendizagem. No caso de Alberto essa distância era grande, o que levou o aprendiz a não desenvolver a língua e usar o pidgin.

Evelyn Hatch defende a análise do discurso como uma abordagem de pesquisa acerca do processo de aquisição de L2. A autora concorda com Gough, 1975, que a forma não pode ser estudada separadamente da função e assim, essa ligação entre forma e função pode ser examinada através da produção discursiva do aprendiz e de com quem ele fala. Segundo a autora, a aprendizagem de uma língua resulta da aprendizagem de como participar de conversas. Em seguida, a autora apresenta vários exemplos de discursos de crianças e adultos aprendendo uma língua. Hatch apresenta semelhanças e diferenças entre os dois processos. As conversas, tanto de crianças quanto de adultos, são baseadas em tópicos. O reconhecimento destes tópicos é que levam a continuidade da conversa. A autora reconhece as limitações de sua pesquisa, porém ela conclui reforçando a idéia da importância da análise do discurso para as pesquisas acerca do processo de aquisição de línguas.

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