Subject: Fuzilamento nunca. Empalamento é bem mais adequado |
Author:
Calado
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Date Posted: 23/06/05 23:50:04
In reply to:
A troica (Kruchov/Molotov/Kaganovitch)
's message, "Cacem o provocador" on 22/06/05 22:42:10
E basta! Este visitante não merece maios comentários aqui do pessoal.
>Camaradas
>
>Este fulano é um provocador e um caluniador sem
>remédio. Cacem-no e pelotão de fuzilamento com ele. Um
>qualquer pinhal serve para o efeito.
>Ordem para execução imediata.
>
>A Troica (Kruchov/Molotov/Kaganotich)
>
>
>>e com uma reforma choruda acumula a da pide com a dos
>>privados onde fazia biscates à cata de descobrir a
>>malta
>>
>>
>>>Este gajo não passa dum PIDE na reforma, além disso o
>>>gajo é um cobarde é só ler o tipinho com atênçao.
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>>Calado, deverias fazer juz ao nome e não dizeres
>>>>disparates.
>>>>
>>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>1-Tenho todo o direito de ser anti-comunista,
>>>>primário, secundário, terciário, etc., até onde me
>>der
>>>>na real gana; esse direito não me fanam vocês, como
>o
>>>>fariam num regime comunista;
>>>>
>>>>2-Não confundo o regime soviético com o projecto do
>>>>PCP; comparo o projecto do PCP com o comunismo real,
>>>>do qual o modelo foi a URSS; foi esse que vos
>>>>inspirou, porque o hão-de renegar agora, quais
>>>>Madalenas arrependidas? Ainda resta saber qual o
>>>>modelo alternativo que vocês dizem ter, e como é que
>>o
>>>>poriam em prática, aqui, neste rectângulo, neste
>>>>contexto de geografia, de número de gente e de tudo
>o
>>>>mais, agora, que ruiu o farol que vos iluminava (mas
>>>>isso é outra história, para a qual vocês não têm
>>>>conversa);
>>>>
>>>>3-Tenho o direito de defender o neo-liberalismo, o
>>>>capitalismo e o imperialismo? Ainda bem! Esse também
>>>>vocês não me fanam. Porque não simpatizo com os
>>>>chavões nem com as criaturas, dou-me ao luxo de o
>não
>>>>usar!
>>>>
>>>>4-A liberdade que usufruo devo-a em muito aos
>>>>comunistas? Está redondamente enganado, ó Calado!
>>Esse
>>>>é outro dos chavões que vocês gostam de usar até à
>>>>exaustão, mas uma mentira muito propalada não se
>>>>transforma em verdade. Devo-a a alguém, sim. Antes
>de
>>>>mais, a mim próprio, que sempre lutei por ela nas
>>mais
>>>>diversas circunstâncias; também à contingência do
>>>>pulha do Salazar ter caído da cadeira; de muitos,
>>como
>>>>eu, que deram o corpo ao manifesto; ao movimento dos
>>>>capitães que se meteram numa aventura como só a
>>>>juventude abnegada o pode fazer (sem meios e cheios
>>de
>>>>idealismo).
>>>>
>>>>Comunas, conheci uns quantos. Dalguns, desconfiava
>>que
>>>>fossem bufos; outros, mais atrasados do que as
>massas
>>>>atrasadas, mais interessados na unidade de todos os
>>>>portugueses honrados em alturas eleitorais e na
>>>>distribuição da propaganda ideológica e dos
>materiais
>>>>do seu partido do que nos interesses e necessidades
>>>>dos trabalhadores e operários; outros, ainda,
>>>>batoteiros, caloteiros, aventureiros, porrada na
>>>>mulher, enfim, gente sem escrúpulos; até tive um por
>>>>patrão (e que rico patrão, digo-vos!). Nos 70,
>>conheci
>>>>também alguns que se diziam, porque era chic!
>>>>
>>>>Há uma singularidade que a história vos reconhecerá:
>>a
>>>>de serem o único grupo organizado que dizia disputar
>>o
>>>>poder ao Salazar. Do dizer ao fazer, vai uma grande
>>>>distância, porque nunca constituiram qualquer
>ameaça,
>>>>mas existiam com essa ilusão.
>>>>
>>>>Nunca prestaram para nada; nunca souberam fazer a
>>>>unidade sem se armarem ao pingarelho de quererem
>>>>dominar e controlar tudo (ainda hoje, não sei para
>>>>quê, já que a incapacidade era mais do que muita);
>>>>fartaram-se de usar zés-ninguéns, semi-analfabetos,
>>>>que acreditavam nas patranhas que lhes vendiam, e
>que
>>>>por fim apanhavam porrada de criar bicho da Pide e
>>iam
>>>>malhar com os cornos na prisão.
>>>>
>>>>Viveram, e sobreviveram, às custas de alguma
>>burguesia
>>>>pseudo intelectual, que espatifou fortunas a
>>>>sustentá-los e para a qual o Cunhal orientou o
>>partido
>>>>no fim da guerra. Partido com raízes na classe
>>>>operária e nos trabalhadores? Só na cabeça dos
>>>>auto-iluminados!
>>>>
>>>>E, depois do 25 de Abril, também não faltam os
>>>>exemplos da democracia e da liberdade que os
>>>>comunistas defendiam para quem não era da sua laia.
>>>>
>>>>Hoje, podem estar mais brandos, porque eles próprios
>>>>vão vendo, por todo o lado, a história contra si.
>>>>Continuam crentes no maravilhoso da implantação duma
>>>>utopia que até faz chorar as pedras da calçada,
>fiéis
>>>>ao catecismo da seita e à liturgia do combate
>>>>partidário permanente, mas é mais para se manterem
>>>>vivos e não desaparecerem do mapa partidário do que
>>>>por outra coisa.
>>>>
>>>>Um dia destes, cada vez mais cairão em si e serão
>>>>incapazes de cantar a conhecida estrofe da
>>>>Internacional - De pé, ó vítimas da fome... - tal o
>>>>ridículo da cantilena e o desafogo das suas próprias
>>>>vidas.
>>>>
>>>>Chegará o tempo em que compreenderão (os que para
>>>>tanto tiverem discernimento), que a implantação do
>>>>comunismo foi um sonho mau, só possível pela audácia
>>>>dum bando de aventureiros, que se mantiveram no
>poder
>>>>à custa do terror mais inimaginável, e pelas
>>>>sucessivas contingências da história (a crise de 29,
>>a
>>>>ascensão do nazismo, a guerra, o holocausto, a
>>>>guerra-fria).
>>>>
>>>>Então, talvez consigam compreender que a luta do PCP
>>e
>>>>dos outros PCs sempre foi, antes de mais, a defesa
>da
>>>>URSS, depois, a conquista do poder onde tal fosse
>>>>possível e, só depois, a defesa dos interesses dos
>>>>operários e dos trabalhadores.
>>>>
>>>>Atribuir a liberdade de que gozo actualmente à luta
>>>>dos comunistas, essa é de fazer rir! Se há coisa
>pela
>>>>qual eles lutaram foi para que eu e outros nunca
>>>>tivéssemos liberdade!
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