Subject: A força de razão ! |
Author:
astérix
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Date Posted: 17/05/05 22:39:01
In reply to:
Augusto Mendes
's message, "Acontece que isso não é juridicamente possível em todos os casos" on 17/05/05 21:37:16
Claro que a tem, se vontade houver.
E é possivel em termos juridicos.
Já leu o que hoje o JN noticia Uma empresa do grupo BES recebeu do estado a linda quantia de 2 milhões e pico de euros; então é possivel ou não!
"Possivel para a alta finança, impossivel para outros??? "
>As regras da concorrência dentro da UE impedem por
>norma os subsídios estatais às indústrias dos estados
>membros. Só em casos especiais.
>Contudo não é impossível conseguir apoios estruturais
>em determinados sectores industriais. É preciso
>vontade e força negocial. Será que o nosso governo a
>tem?
>
>
>>-Decreta-se sim senhor,decrete-se que os apoios
>>economicos sejam dirigidos para o sector produtivo
>>tanto nas industrias
>>tradicionais como nas de ponta investimento forte do
>>estado
>>no sector da investigação ou serviço das industrias
>>portuguesas com vocação para a exportação etc,etc...
>>
>>
>>
>>>E não só para os téxteis. Infelizmente isso não se
>>>decreta.
>>>E os governos têm cada vez menos meios de intervenção
>>>no sector económico. É a sociedade civil - patrões,
>>>trabalhadores e consumidores - que tem de dar
>resposta
>>>a esse desafio, não é?
>>>
>>>
>>>>>Que tal fazer o que é quase certo não fez: ler a
>>>>>intervenção de Jerónimo? E depois argumentar com
>>>>alguma >substância!
>>>>
>>>>Já vi aqui duas intervenções a chamar a atenção para
>>o
>>>>facto de a protecção do sector textil por via do
>>>>controle ou limitação das importações (da China, da
>>>>India...) não dever dar grande resultado porque a
>>>>maior parte da nossa produção é para exportação.
>>>>Entretanto vi no noticiário que a Comissão Europeia
>>já
>>>>está a tomar medidas "de retaliação" para forçar (?)
>>a
>>>>China a limitar ou reduzir o ritmo de crescimento
>das
>>>>suas exportações de texteis para a União Europeia.
>>>>Gostaria de saber o que terão a dizer a isto (estes
>>>>dois "reparos"), os defensores da posição do CC do
>>>PCP.
>>>>Entretanto estou 100% de acordo com o que diz
>>Jerónimo
>>>>de Sousa, no que diz respeito ao diagnóstico.
>>>>Em particular quando denuncia que
>>>>Portugal não pode garantir um desenvolvimento
>>firme
>>>>e sustentável, com elevada criação de riqueza, sem a
>>>>existência de uma indústria transformadora forte e
>>com
>>>>um perfil de especialização avançado e produções de
>>>>elevado valor acrescentado.
>>>>Hoje como ontem, sempre defendemos que à indústria
>>>>transformadora cabe um papel importante e
>>>>indispensável no desenvolvimento do país. Portugal
>>não
>>>>pode abdicar de uma forte capacidade de produção de
>>>>bens materiais transaccionáveis, se quer afirmar uma
>>>>base firme e sustentada de desenvolvimento, tal como
>>o
>>>>fazem os países mais desenvolvidos, não deixando
>>>>afunilar no sector dos serviços o desenvolvimento da
>>>>economia nacional.
>>>>Este tem sido um dos grandes erros da política de
>>>>direita dos últimos anos que, a reboque e sobre a
>>>>orientação dos grandes grupos económicos, mais
>>>>apostados em actividades de fácil retorno e sem
>>>>concorrência internacional, empurrou o país para um
>>>>perigoso processo de desindustrialização que
>>>>fragilizou a economia portuguesa, nos tornou mais
>>>>dependentes, agudizando todos os problemas
>nacionais.
>>>>Uma política que não só condenou e condena ao
>>>>definhamento e destruição dos sectores produtivos
>>>>nacionais, como deliberadamente fomentou e
>consolidou
>>>>um modelo de desenvolvimento assente nos baixos
>>>>salários, na precarização das relações laborais e na
>>>>fraca qualificação dos recursos humanos"
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